Taylor anunciou o seu 11° álbum de estúdio e, obviamente, estamos teorizando cada minucioso detalhe como se a nossa vida só dependesse disso pelos próximos meses.
Caso você ainda não tenha tido tempo de ler as teorias (ou criar a sua própria), fizemos um compilado com aquelas que achamos menos absurdas. Lembrando que a fonte de algumas são simplesmente vozes da nossa cabeça (e meu psiquiatra me falou que tudo bem).
Clara Bow
Clara Bow é título de uma das faixas do novo disco. Certamente, o nome veio da atriz Clara Bow, uma das maiores do cinema mudo e considerada a primeira “it girl” de Hollywood.
But Daddy I Love Him
“But Daddy I Love Him”, em português, “mas pai, eu o amo”, é uma frase presente na animação “A Pequena Sereia”, lançada em 1989 (ano em que Taylor nasceu), dita por Ariel. Inclusive, a cantora já se vestiu como a princesa no passado, na virada de 2018 para 2019! Um vídeo antigo ainda mostra a loirinha entoando a faixa “Part of Your World”, do longa, ao lado do amigo Todrick Hall.
Além disso, Swifties notaram que o colar de “Bejeweled” é parecido com o colar em que Ursula prende a voz de Ariel.
I Can Do It With a Broken Heart
Recentemente, em conversa com a Time, Taylor, de certa forma, referenciou o título. Na ocasião, ela comentava que, independentemente de como está se sentindo, sobe ao palco para fazer os shows marcados e não decepcionar os fãs, pois é sua obrigação.
Eu sei que preciso subir no palco mesmo estando doente, machucada, de coração partido, desconfortável ou estressada. Isso é parte da minha identidade como ser humano agora. Se alguém compra ingresso pro meu show, eu vou fazê-lo, a menos que temos algum tipo de força maior.
Fortnight feat Post Malone
A parceria com Post Malone não é exatamente uma surpresa. Em 2019, os dois protagonizaram um abraço no American Music Awards, enquanto, no Billboard Music Awards do mesmo ano, há um vídeo da loirinha o abordando no backstage e elogiando a faixa “Better Now” – o que, nas palavras do próprio artista, foi muito especial e significativo. Já em abril de 2022, o rapper passou a segui-la no TikTok. Por fim, nos últimos meses de 2023, ele comentou que havia saído com a cantora e a descreveu como “uma das pessoas mais gentis e atenciosas do mundo”.
So Long, London!
Londres é uma cidade presente na discografia de Taylor há muito tempo. No “Red (Taylor’s Version)”, ela cita o lugar em “Come Back… Be Here”, “Message In a Bottle”, além de, mais recentemente, “Beautiful Ghosts”, idealizada para o live-action de “Cats”. No entanto, a menção mais notável foi feita em “London Boy”, do “Lover” (2019), como uma dedição ao seu ex-namorado britânico Joe Alwyn. Em março de 2023, o jornal The Standart chegou a divulgar que a cantora queria comprar um imóvel no local, devido ao relacionamento – já que o antigo casal passava bastante tempo no Reino Unido. Por isso, os fãs acreditam que a faixa abordará o término entre eles.
Who’s Afraid of Little Old Me?
Como destacado pelo perfil sippingaugust, a faixa pode ser uma referência à peça “Quem tem medo de Virginia Woolf?”, na qual o relacionamento de um casal de meia-idade, prestes a acabar de maneiras terríveis, é examinado.
Ainda conforme a conta thinktayvis, Elizabeth Taylor e Richard Burton – mencionados em “Ready For It…?” – faziam parte do elenco.
loml
Provavelmente, loml é a abreviação de love of my life, em português, amor da minha vida. Claro que ainda não dá para saber qual temática a faixa abordará. Nesse caso, pode tanto ser a descoberta de uma nova paixão, visto o relacionamento da loirinha com Travis Kelce, ou o término com quem a cantora pensava ser sua verdadeira cara metade. Em faixas como “Lover”, “invisible string”, “All of The Girls You Loved Before”, “King of My Heart”, “Call It What You Want”, entre tantas outras, ela havia expressado a ideia de que achava ter encontrado sua alma gêmea.
The Bolter
Antes de Taylor divulgar a tracklist oficial do álbum, uma conta a vazou nas redes sociais. Surpreendentemente, a lista de faixas estava correta, contendo, ainda, uma canção não anunciada: “The Bolter”. A teoria é de que ela apareça em alguma versão deluxe/Target e que tenha sido inspirada pelo livro de mesmo nome, sobre a aristocrata Lady Idina Sackville.
Dear Reader
Curiosamente, Swift finaliza a versão padrão de “Midnights” (2022), seu mais recente álbum de estúdio, com a música “Dear Reader”. A canção funciona como uma carta aberta para o “querido leitor” que está em contato com a letra – o que entra na temática literária do próximo disco. Ainda, para completar, diz em certo momento: “nunca aceite conselhos de quem está desmoronando”. Uma pista do novo disco pode ter sido deixada no prólogo do “Speak Now (Taylor’s Version)”, lançado no ano passado. Mais uma vez, ela usou a expressão “querido leitor”.
the lakes
Anteriormente, Taylor já havia feito referências poéticas em sua discografia. Durante “the lakes”, faixa bônus do “folklore” (2020), a cantora menciona diretamente William Wordsworth, poeta que viveu em Lake District, região na Inglaterra. “Fui para Lake District, na Inglaterra, alguns anos atrás. No século 19, muitos poetas, como William Wordsworth e John Keats, passavam tempo lá. Tinha um bairro de poetas. Esses que se mudaram para lá meio que foram ridicularizados por serem excêntricos e decidiram se mudar para lá”, contou a artista durante o especial “folklore: long pond studio sessions”
The Tortured Man Club
Os fãs apontaram que o título “The Tortured Poets Department” parece ter ligação com o “The Tortured Man Club”, nome do grupo em que os atores Paul Mescal e Joe Alwyn, seu ex-namorado, faziam parte no Whatsapp.
Sociedade dos Poetas Mortos
O título disco também parece uma homenagem ao clássico filme “Dead Poets Society” (ou, em português, “Sociedade dos Poetas Mortos”), lançado no ano em que Swift nasceu, 1989.
Ligação de Taylor com a poesia
Taylor não escreve somente letras de música: a cantora tem uma profunda ligação com a poesia. Quando estava no 4º ano escolar, ganhou um concurso nacional com um poema chamado “Monster In My Closet”. Também escreveu dois poemas para as revistas “reputation” (2017): “Why She Disappeared” e “If You’re Anything Like Me”.
“Ao escrever, você pode transmitir um pensamento ou uma história ou descrever completamente um personagem ou situação por meio de palavras e todo o processo de editar, reeditar, repensar e imaginar. Eu acho que é por isso que eu amo escrever um romance e é por isso que eu amo poesia e compor músicas”, explicou durante entrevista em 2013.
Como expressou para a Delta Magazine em 2012, poesia e música apresentam semelhanças em sua opinião.
“Poesia e letras de música são muito semelhantes. Fazem as palavras saltarem para fora da página. Eu gosto de qualquer coisa que conta um pouco da história. E no final, a última frase muda tudo para você. Ou te choca.”
A conta @tweetsricochet também escreveu uma análise que está viralizando noX nos últimos dias. Confira abaixo a tradução da thread.
Vamos começar com o título. “The Tortured Poets Department” (“O Departamento de Poetas Torturados”) é uma alusão ao papel de Taylor enquanto artista aos olhos do público. O título encapsula tanto o lado bom quando a “tortura” devastadora de sangrar sua vida em páginas de sua poesia.
A revolta emocional de seus amores e perdas são a grande inspiração para sua música – a razão pela qual ela se tornou a poetisa de nossa geração. Ela não seria a força cultural que é hoje sem abraçar sua vulnerabilidade e sua introspecção afiada de forma destemida.
Mas embora ela possa encontrar sucesso, significado e validação ao compartilhar suas experiencias com outras pessoas, aceitar e abraçar sua verdade crua e emocional sob os olhos do público também é um processo incrivelmente vulnerável e algo de deixar a alma exposta – algo que perpetua a dor pela qual ela já passou.
Não importa o quão longe ela já chegou desde a dor que a fez compor, uma parte dela tem que reviver essa dor toda vez que canta All Too Well, Cornelia Street, ou I Don’t Wanna Live Forever. Ela se prendeu em uma tortura que nunca acaba.
Todo artista, em algum nível, é um membro do Departamento dos Poetas Torturados. Todo compositor sacrifica uma fatia de sua vida interna e secreta para seu público. Mas Taylor Swift é a rainha da composição confessional. Ela é a verdadeira presidente do Departamento.
O álbum vai focar em seu papel como sendo o farol da auto exposição? Ou vai também explorar seu relacionamento com a indústria que lucra em cima de cada lágrima que ela derruba? Com os poetas com quem ela carrega armas ao lado? Ou o público amoroso que torce a faca a cada soluço ou alegria?
“Então eu entro em evidência, meu brasão manchado”. Toda canção que ela escreve entra em “evidência” da percepção do público. Ela tenta contar seu lado da história de cada relacionamento, mostrar sua própria versão da narrativa que é escrita em seu lugar todos os dias.
Por um lado, seu “brasão manchado” representa sua defesa em sua própria reputação manchada. Em todo álbum, ela tenta defender tudo aquilo que acredita – seus princípios, seu senso de si, suas verdadeiras intenções. Ela luta para arrumar toda narrativa que foi tecida.
Mas um “brasão” também pode representar família, amigos e relacionamentos que são importantes para você. Ela retrata a “mancha” desses tais relacionamentos – a evolução, o renascimento e a morte lenta de cada amor que para ela é importante está esparramado através das páginas de cada livreto com as letras de música.
Suas “musas” são “adquiridas como hematomas”, seus “talismãs e amuletos”. Cada amor que fracassou em sua vida a atinge como um caminhão repetidamente – desde a primeira dor particular da separação até a última apresentação pública, arrancada das trincheiras de seu coração dilacerado.
Mas, novamente, essas palavras falam com a dualidade de sua experiência. Suas musas criam um ciclo sem fim de dor auto infligida, mas elas também a fazem ascender em um patamar ainda maior de sucesso. Ela aperta cada decepção bem forte em seu peito, transformando-as em amuletos da sorte para seu futuro.
Cada experiência com um ex-namorado soa em seu ouvido como um “tic tac tic tac de bombas do amor”. Esse duplo sentido faz referências ao “love-bombing” – aquelas expressões de afeto exageradas que a levou à amores antes dos inevitáveis corações partidos. Mas cada música também é uma “bomba de amor”.
Cada canção é uma cápsula do tempo de fortes emoções, uma explosão de antigas dores ou prazeres. Eles fazem “tic tac” no tempo de um amor para o próximo, a fazendo lembrar o quanto ela mudou enquanto também destaca os modos como sua busca esperançosa pelo amor sempre permaneceu a mesma.
Em suas veias, sempre vai correr sangue com “tinta preta como o breu”, porque o maior amor de sua vida sempre será seu amor pela composição. Isso a carregará através de todas as formas de grande euforia e dores mais profundas. Isso se tornou o sangue de sua vida. Ela nasceu para sangrar tinta em cada página.
Alguns podem criticar sua vulnerabilidade excessiva. Outros podem reclamar que ela sempre será uma narradora não-confiável de sua própria vida. Mas ela conquistou o direito de contar sua própria história, porque “vale tudo no amor e na poesia”. E quem escreve, ganha o direito de persistir.
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