Neste sábado (11), o Festival de Cinema de Tribeca organizou uma conversa especial com Taylor Swift sobre o curta-metragem de “All Too Well”. O evento, mediado pelo cineasta Mike Mills, contou ainda com exibição do filme, presença de Blake Lively e Ryan Reynolds, participação de Sadie Sink e Dylan O’Brien e até performance da versão de 10 minutos do hino. 

Separamos abaixo os principais pontos do bate-papo e um vídeo da apresentação, confira:

Taylor sobre a juventude: “Eu sou muito fascinada e sempre fui por essa fase de me tornar jovem, onde você está nessa idade muito frágil e vulnerável. Eu acho que 19/20 anos é realmente uma idade muito interessante para as mulheres, pois você ainda tem um pé na infância enquanto a sociedade está dizendo ‘não, você é uma adulta’. O que eu queria fazer era um filme sobre uma jovem efervescente e curiosa que acaba completamente fora de si. Sabe quando você está andando no oceano? É divertida a ideia de estar tão longe que seus pés não tocam o chão, mas você também pode ser arrastado. Eu queria mostrar aquilo extremamente intenso que pode acontecer quando você sai para o mundo e é tão curioso”. 

Taylor sobre o amor dos fãs pela versão de 10 minutos de “All Too Well”: “Lancei tantos álbuns, fiz tantas turnês, fiz tudo o que pude para seguir em frente depois do Red e não importa o que rolava, se fosse uma live, um show, ou um meet and greet, vocês ficavam ‘QUANDO VOCÊ VAI LANÇAR A VERSÃO DE DEZ MINUTOS DE ALL TOO WELL?’”.

Taylor sobre ser diretora: “Eu saí do que costumo fazer, que é escrever músicas e cantá-las… é realmente um momento vulnerável quando você está à beira de tentar algo novo (…) Tive a sorte de poder estar em sets de videoclipes por anos. Tenho absorvido e aprendido, passei a me aventurar na edição e a… me intrometer (..) Estou extremamente ciente do meu privilégio como diretora pois consegui financiar esse curta sozinha. Tenho que estar sempre ciente de que, por mais que seja um desafio constante para mim fazer algo novo, ainda é extremamente difícil para as mulheres fazerem filmes e estou sempre atenta a essa realidade”.

Taylor sobre ter perdido os masters de seus álbuns: “Estou nessa posição, sentada nesse palco falando sobre um curta que eu fiz porque perdi meu trabalho. Eu não podia ter o meu trabalho e queria isso desde que me lembro. Foi um período difícil para mim. Muitos dos meus momentos mais difíceis e de extrema dor ou perda transformaram minha vida no que ela é agora. E estou muito feliz com onde minha vida está agora”.

Taylor sobre o tipo de filmagem: “Eu queria mostrar a proximidade do casal filmando com a câmera na mão. Eu queria estar tão perto que pudéssemos contar as sardas no rosto. E então, à medida que as coisas acontecem e desmoronam, eu queria que a filmagem refletisse o distanciamento, esse isolamento desesperado que ela sente porque seu mundo se abriu para esse amor incrível, grande, apaixonado e intenso, e então, de repente, durante a noite, tudo virou nada. O chão caiu”.

Taylor sobre a atuação de Sadie Sink: “Na maior parte do tempo eu estava assistindo Sadie atuar pelo monitor com o coração apertado. Especialmente na cena em que ela está chorando”.

Taylor sobre a construção dos personagens e a cena final: “Quando a personagem de Sadie pergunta ‘Você é de verdade? Sinto que inventei você’, ela adianta o fato de que um dia escreverá um livro e o transformará em um personagem em seu romance. Se você olhar de perto, aparece essa máquina de escrever vermelha quando conhecemos o personagem de Dylan pela primeira vez. Nós presumimos que ele deu a máquina de escrever vermelha para ela. Ele tirou muito dela no decorrer da história, mas também lhe deu algo. Ele deu a ela esse sonho e espera que ela seja uma escritora. Na verdade, a sua experiência com ele é o que estimulou isso em sua vida e carreira. Eu sinto de muitas maneiras que os dois personagens são protagonistas, porque eu passei muito tempo pensando o porquê eles são como são, porque eles se apaixonaram, porque eles se separaram. Na cena final, quando ele está olhando pela janela, é para mim onde ele se torna totalmente protagonista. Eu não queria que víssemos o rosto dele quando se afastasse porque eu queria que nos perguntássemos: ele estava feliz em vê-la bem? Ele estava prestes a surtar? Ou ele estava feliz o suficiente sozinho?“

Taylor sobre o clipe de “The Man”: “Na verdade, eu saí de roteirista e virei diretora quando estava me preparando para fazer o clipe de ‘The Man’. Eu queria uma diretora, mas todas as minhas diretoras favoritas estavam ocupadas. O que é ótimo! Adoramos isso! Quando assumi a direção, achei o processo incrivelmente gratificante”. 

Taylor sobre estar no Tribeca Festival: “É muito especial para mim estar no festival de cinema de Tribeca porque filmamos muito do curta em Tribeca”.

Taylor sobre o relacionamento mostrado no curta: “A personagem de Sadie é tão idealista e essa é uma das coisas que une os dois personagens. Eu queria que eles se apaixonando fosse inevitável e que, então, eles desmoronando também fosse igualmente inevitável”. 

Taylor sobre o curta “I Am Easy to Find” do The National: “O curta ‘I Am Easy to Find’ foi uma das coisas que eu assisti que mais me influenciou. Realmente me inspirou de maneiras que não consigo explicar, assisti muitas vezes e todas as vezes em que assisti, eu passei por todos os tipos intensos de emoção”. 

Taylor sobre dirigir um filme maior: “Seria tão fantástico escrever e dirigir algo… um longa. Mas não me vejo fazendo algo maior, em termos de escala. Adorei fazer um filme tão íntimo com um grupo pequeno e sólido de pessoas em quem eu confiava”.  

Dylan sobre sua primeira conversa com Taylor a respeito do personagem: “Eu nunca vou esquecer, você disse: ‘Precisamos que esse cara seja amável, mesmo que ele vá fazer coisas realmente desagradáveis’. É uma perspectiva tão sutil que Taylor tem. Ele não é um monstro. Ele é apenas uma criança narcisista e egomaníaca”. 

Vídeo da performance:





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