29 de outubro de 23 Autor: Maria Eloisa
Saiba a inspiração por trás das músicas do “1989”

Quando Taylor Swift lançou a versão original do 1989 quase uma década atrás, em 2014, a cantora fez sessões secretas com os fãs, que puderam ouvir o disco com antecedência. 

Durante as chamadas “secret sessions” – que tiveram áudio divulgado oficialmente pela iHeart Radio – a cantora deu detalhes por trás da inspiração das 13 músicas presentes na edição padrão projeto. 

Confira, abaixo, o que ela disse na época a respeito das canções: 

1- Welcome To New York 

“Eu queria começar o álbum com essa música porque Nova York tem sido um cenário e um local importante para a história da minha vida nos últimos anos. Eu sonhava em me mudar para Nova York. Eu estava obcecada pela ideia de me mudar para Nova York e então eu fiz isso. A inspiração que encontrei nessa cidade é meio difícil de descrever e difícil de comparar com qualquer outra força de inspiração que já experienciei em minha vida. Lidei com a mudança para lá com um empolgado otimismo e eu meio que via a cidade como um lugar de potencial e possibilidades infinitas. Você pode ouvir isso refletido na minha música e especialmente nesta primeira música.”

2- Blank Space 

“‘Blank Space’ é uma das únicas músicas que compus como totalmente uma brincadeira. Eu acho que, como compositor, você tem que estar bem ciente de quem você é como pessoa, mas acho que você também tem que estar de olho no que as pessoas pensam de você e na percepção geral que o mundo tem de você. E, nos últimos anos, percebi que houve uma ficcionalização bastante sensacionalista da minha vida pessoal. Você sabe, eles meio que se basearam no perfil de uma garota que namora muitas pessoas, viaja com todos os seus namorados e ela consegue conquistá-los, mas ela não consegue mantê-los porque ela é muito emotiva e carente. Ela fica com o coração partido porque eles vão embora, então ela vai para seu covil do mal e escreve canções sobre isso como vingança. É apenas um perfil muito complexo de uma pessoa. Comecei a pensar sobre isso e comecei a pensar no quão interessante esse personagem é. Se ela fosse uma pessoa real com todas essas qualidades e atributos, que música ela escreveria? E tenho certeza de que soaria um pouco assim.”

3- Style

“Style” é uma música que compus sobre observar tendências da moda e tendências culturais e ver como há certas coisas que são constantes. Você sabe, você pode não usar um vestidinho preto por um tempo, mas sempre vai voltar a usá-lo. Ninguém vai dizer: “oh, lábios vermelhos eram tão dois anos atrás’. E comecei a pensar nisso em termos de sentimento. Existem certos sentimentos como esse, existem certas pessoas que entram e saem da sua vida como uma espécie de tendência que continua voltando com estilo e nunca desaparece.”

4- Out of The Woods 

“Um dos objetivos que eu queria alcançar quando fiz esse álbum era ter certeza de que as músicas soassem exatamente como as emoções que eu sentia. Essa música é sobre a fragilidade e a natureza frágil de certos relacionamentos. Esse era um relacionamento em que se vivia dia por dia, imaginando para onde iria, se iria a algum lugar, se iria terminar no dia seguinte. Foi um relacionamento em que você nunca sente que está em um lugar seguro. E esse tipo de sentimento traz animação, mas também ansiedade extrema e uma sensação frenética de questionamento. Perguntas intermináveis. E essa música soa exatamente como aquele sentimento frenético de ansiedade e questionamento, mas mostra que, mesmo que um relacionamento seja terminável, frágil e cheio de ansiedade, não significa que não valha a pena, seja emocionante, bonito e todas as coisas que procuramos.”

5- All You Had To Do Was Stay

“Essa música foi inspirada em um sonho estranho que tive. Foi um daqueles sonhos em que você está passando vergonha e você não consegue parar porque está dormindo. Mas basicamente, nesse sonho eu estava tentando falar com alguém, uma pessoa muito importante para mim na época e tudo o que saía da minha boca, em vez de palavras normais, era um muito agudo: ‘fique’. Não importa o que eu estivesse tentando dizer, esse era o único som que saía da minha boca. Acordei incrivelmente estranha e decidi que iria colocar isso numa música. E eu já estava trabalhando nesse som, então acabou sendo o tipo perfeito de vocal estranho que realmente completou essa música da qual estou tão entusiasmada.”

6- Shake it Off

“Shake It Off” is a song that I wrote about having to deal with, on a every day basis, just kind of human beings treat each other. It’s not just me who has to deal with it, it’s everybody out there living their lives. The feeling of humiliation is the same when a girl has a rumour spread about her at school that isn’t true, it’s the same feeling I feel when I am checking out of the grocery store and I read some crazy headline about me. And I think that the way we have to deal with those issues is the same. You have to learn to have a sense of humour about things after a while, or else you’ll just live in an endless sea of resentment and bitterness and “Why are people doing this to me?” And rather than writing a song that was victmized in nature, I wanted to write a song that was joyful and gives people a way to cope with whatever ridiculousness life dulling out to them, but also makes you want to dance.

“‘Shake It Off’ é uma música que compus sobre ter que lidar, diariamente, com o jeito que as pessoas tratam as outras. Não sou só eu que tenho que lidar com isso, todo mundo passa por isso. O sentimento de humilhação de quando uma garota espalha um boato sobre ela na escola que não é verdade é o mesmo sentimento que sinto quando estou finalizando o pagamento no supermercado e leio alguma manchete maluca sobre mim. E penso que a forma como temos de lidar com essas questões é a mesma. Você tem que aprender a ter senso de humor sobre as coisas depois de um tempo, ou então você simplesmente viverá em um mar interminável de ressentimento e amargura e ‘por que as pessoas estão fazendo isso comigo?’. E em vez de escrever uma música do ponto de vista vitimista, eu queria escrever uma música que fosse alegre e desse às pessoas uma maneira de lidar com essas coisas ridículas, mas que também fizesse você querer dançar.”

7- I Wish You Would

“‘I Wish You Would’ é uma música que compus com Jack Antonoff e é a primeira música em que trabalhamos juntos. Eu acho que, para essa música, queríamos criar uma tipo de imagem visual do filme de John Huges, com o sentimento de saudade. Tem uma pessoa que sente falta da outra, mas é muito orgulhosa e não confessa isso, enquanto a outra pessoa também sente falta dela. Eles estão sentindo falta um do outro, mas não estão dizendo isso. Isso aconteceu na minha vida, então eu queria narrar a experiência de uma forma muito cinematográfica, como se você estivesse vendo duas cenas se desenrolando, e então, na ponte, você estivesse vendo a cena final, onde tudo se resolve. É sobre um tipo de amor dramático que nunca está exatamente onde precisa estar e a tensão que isso cria.”

8- Bad Blood

“‘Bad Blood’ é uma música que compus sobre um novo tipo de coração partido que experimentei recentemente, que foi quando alguém que eu queria desesperadamente ser amiga e pensei que era minha amiga acabou deixando bem óbvio que não era. Eu realmente admirava essa pessoa e realmente procurava pela aprovação dela, então foi meio devastador receber um golpe baixo desse alguém. E essa música foi a primeira vez em que me libertei sobre aquela relação, porque essa pessoa sempre foi a mais ousada e a mais barulhenta. Eu acho que é importante se defender e, se você realmente conseguir ter coragem de fazer isso em forma de música, então é assim que você deve fazer.”

9- Wildest Dreams

“‘Wildest Dreams’ é um bom exemplo de como minha visão sobre o amor mudou. Com o passar dos anos, eu acho que, à medida que você ganha mais experiência, à medida que fica decepcionado algumas vezes, você começa a pensar nas coisas em termos mais realistas. Não é como se você precisasse de alguém ou como se, se essa pessoa gosta de você e você gosta dela, vai ser com certeza para sempre. Eu realmente não vejo mais o amor assim. Acho que a maneira como vejo o amor é um pouco mais fatalista, o que significa, para mim, que quando conheço alguém e temos uma conexão, o primeiro pensamento que realmente tenho é: ‘quando isso acabar, espero que você tenha bons pensamentos sobre mim’. Então, essa música é sobre ter uma conexão imediata com alguém, e esses foram meus pensamentos vívidos quando o conheci.

10- How You Get The Girl

“‘How You Get The Girl’ é uma música que compus sobre como quando somos jovens, o que é o caso da maioria dos meus amigos, na maior parte do tempo, damos como garantido um relacionamento realmente bom e nós deixamos isso ir embora então percebemos que queremos isso de volta. Essa música é meio que um manual de instruções para um cara que terminou com a namorada e deixa passar seis meses e até tentar recuperá-la. Não vai ser tão simples quanto enviar uma mensagem de texto, um ‘e aí, sinto sua falta’ não vai funcionar. Ele precisará fazer todas as coisas dessa música.”

11- This Love

“This Love” é uma música que escrevi logo no início do processo e foi a primeira vez que realmente comecei a experimentar diferentes estilos de gravação vocal. Nesse caso, eu queria que soasse com uma pegada assombrada. E então, eu cantei essa música de forma diferente da maioria das minhas outras músicas, gravei de forma diferente, há vários tipos de vocais ao longo de toda a música. É sobre uma experiência que tive onde, se você realmente se preocupa com alguém e sabe que essa pessoa não está totalmente pronta para um relacionamento, você a deixará ir. E é uma pena ser aquela que tem que deixar algo ir embora e libertar alguém quando você não quer fazer isso, mas acho que você tem que ser altruísta nos relacionamentos quando sabe que esse não é o momento certo. E se você tomar essa decisão e essa pessoa deveria mesmo estar em sua vida, ela voltará. E foi assim que me senti quando isso voltou.

12 – I Know Places

“Compus ‘I Know Places” com Ryan Tedder e é a primeira música que escrevi com ele. Eu tinha tido uma ideia crua num piano e enviei a ele uma mensagem de voz de mim cantando o refrão e meio que balbuciando o verso e ele gostou e quis trabalhar nisso. É uma música sobre como outras pessoas vão realmente arruinar um relacionamento se tiverem a chance e como a melhor maneira de começar um relacionamento pode ser mantê-lo o mais secreto possível, porque é muito frágil. E eu acho que essa é uma música que compus sobre como teria que esconder esse relacionamento para que pudesse funcionar.” 

13- Clean

“‘Clean’ é a última música do álbum por vários motivos, mas principalmente porque mostrava a complicação desse processo emocional pelo qual venho passando nos últimos anos. Eu sinto que minha vida pessoal foi muito, muito discutida, criticada, debatida e comentada a tal ponto que me fez sentir quase manchada, de certa forma. E a discussão não era sobre música. Partiu meu coração o fato de eu ter feito um álbum do qual me orgulhava, e estar em turnê pelo mundo, tocando em estádios lotados, e ainda assim eles conseguiram só querer falar sobre minha vida pessoal. A certa altura senti uma mudança e foi no final da gravação desse álbum que comecei a sentir que a minha vida era minha novamente e a minha música estava em primeiro lugar novamente. Eu estava vivendo minha vida do meu próprio jeito e realmente não me importava mais com o que as pessoas diziam sobre mim. Foi quando comecei a ver as pessoas falando menos sobre coisas que não importavam.”





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