De rascunhos até a mixagem final, o engenheiro de som Jonathan Low passou 2020 trabalhando nos álbuns folklore e evermore de Taylor Swift.

“Acho que o tema de vários trabalhos atualmente, e especialmente com esses dois álbuns, é que tudo está acontecendo ao mesmo tempo. Eu sempre tento deixar as músicas soarem como finalizadas ao máximo que elas podem ser. Obviamente isso é difícil quando você não tem certeza de quais elementos estarão presentes. As faixas se transformam o tempo inteiro, e ainda tudo está em constante movimento de alguma forma. Tudo deve soar divertido e como inspiração para ouvir o tempo todo”.

Quem falou essa frase foi Jonathan Low, e os álbuns que ele cita, são claro, os álbuns de 2020 da Taylor Swift, folklore e evermore. Os dois alcançaram o topo das paradas em Londres e nos Estados Unidos. O produtor principal de Taylor Swift e quem ajudou ela a compor os álbuns foi o Aaron Dessner. Low é o engenheiro, mixer e o braço direito do Long Pond Studios, onde ele e Dessner passaram boa parte de 2020 trabalhando em folklore e evermore, junto com Taylor Swift que estava em Los Angeles a maior parte do tempo.

“No começo não parecia real”, lembra Low. “Havia essa nova colaboração, e foi incrível o quão rápido Aaron fez os primeiros esboços instrumentais e Taylor escreveu as músicas e as melodias para os álbuns, que a princípio ela enviou para nós como gravações feitas do seu iPhone. Durante nossos jantares no lockdown, Aaron frequentemente pegava seu celular e dizia ‘ouça isso!’ e era mais um áudio de Taylor com uma linda música que ela havia escrito com base no esboço que o Aaron tinha enviado a ela, e tudo isso em questão de algumas horas. O ritmo que isso acontecia era insano. Havia sempre elevação, inspiração e vontade de seguir o ritmo”.

“Apesar de nenhuma das gravações originais enviadas por Taylor acabarem nos álbuns, elas nos guiaram muito com dicas inesperadas. Elas realmente tinha uma vontade própria, elas nos diziam as coisas. Taylor tem algumas frases e reflexões que sempre a gente retomava depois de algum tempo. Elas serviram como pontos de referência”.

Nas suas mixagens, Low comentou como foi trabalhar com a voz de Taylor. “Os elementos que me guiaram estavam nos vocais de Taylor. A primeira vez que eu recebi os arquivos com as gravações que ela tinha feito eu fiquei abismado. Seus vocais soaram muito bem, mesmo com pouca compressão. Eles não eram como eu estava acostumada a ouvir sua voz nas músicas pop. Nessas gravações mais cruas, eu ouvir muito mais intimismo e interação com a música. Foi maravilhoso ouvir sua voz cheia de detalhes e nuances: sua dicção, seu tom, ritmo… tudo muito bem distribuído. Nós queríamos manter isso. É mais emocional, e parece muito mais pessoal para mim. E aí então surgiu a música…”

Entrevista publicada pela Sound on Sound e traduzida pela Equipe TSBR.





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