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O Herald Sun, jornal australiano, entrevistou Taylor Swift após seu show da RED Tour em Detroit, no Ford Field Stadium, para mais de 48 mil pessoas. Confira a matéria traduzida na íntegra:

Taylor Swift está contente em ser uma artista de términos

Taylor Swift sabe que horas são. E não é apenas hora do show, apesar de ela estar no palco na frente de milhares em Detroit como parte da sua gigante Red Tour.“50.000 pessoas optaram por me ouvir cantar sobre meus sentimentos por duas horas,” Swift conta para a plateia principalmente feminina. “Dizem que eu tenho muitos sentimentos…”. Mesmo com as brincadeiras, esses sentimentos são responsáveis por 26 milhões de vendas de álbuns e 75 milhões de downloads em sete anos –cada álbum seguido por uma tour que cresce de tamanho.

É brincando com seus fãs onde Swift fica mais confortável. Ela não pode ser mal citada por jornalistas abelhudos. E ela pode expressar seu senso de humor para deixar todo mundo saber que a compositora “conta-tudo” está firmemente com a piada.

“Você nunca mais fala com ele e daí você escreve um CD inteiro sobre ele”,  Swift diz em uma parte, com muita consciência que a audiência vai fazer diferentes suposições sobre quem “ele” é. E eles sabem que ela nunca vai falar.

Introduzindo Ours, um pedido de um fã, Swift diz “Eu imagino que seja difícil fazer um relacionamento durar. Eu não tenho como saber…”.

Ela fala de Stay Stay Stay orgulhosamente notando “Olhem, eles não vão embora sempre…” Entrevistar Taylor Swift é complicado. Ela é simultaneamente aberta e fechada. A habilidade dela de desviar para fora do contexto em uma calorosa anedota é similar ao de um político. Perguntas pessoais estão fora dos limites, do jeito mais educado possível.

Mas quando o Presidente Obama usa suas músicas de término como falas para atacar o seu adversário político, você sabe que ocupa um local raro na cultura pop.

“É maluco absorver o que aconteceu nos últimos anos,” Swift diz, habilmente evitando o referencial específico do Presidente. “Não tem como se acostumar com isso, não há nenhum jeito de compreender completamente sem ter que mudar sua percepção de si mesmo, o que eu nunca gostaria de fazer.”

“Como uma escritora é muito importante manter minha mente em dia, isso é a única coisa que me mantém aqui, o que sai de minha mente. Então eu passo muito tempo pensando em minha perspectiva, como olhar para a vida, como continuar feliz, mas ainda sentir coisas. Não me proteger demais, mas me defender de inseguranças e dores desnecessárias.” Swift bate em sua cabeça e brinca, “Você não vai querer entrar aqui, é muito complicado.”

Algumas das melhores letras de Swift são sobre as alegrias de se apaixonar desesperadamente (Treacherous, Love Story, Sparks Fly, Begin Again) mas para o mundo além de sua fã-base, ela é a amarga ex-namorada que obtém sucesso em músicas de vingança. 
Ela não se importa.

“Términos são difíceis,” Swift diz. “E você precisa de música para superá-los. Eu fico feliz em ser a sua primeira escolha como artista de términos. As pessoas gostam de música quando estão apaixonadas, mas não precisam tanto dela. Você precisa de música quando está sentindo falta de alguém ou ansiando por alguém ou esquecendo alguém ou tentando processar o que acabou de acontecer. Os despedaçados são um grupo especial de pessoas. Quando você está nesta situação, quando você está passando por isso, eu estarei lá para segurar sua mão.” 

Swift tem consciência que ela é alvo das lentes dos paparazzis e bloggers venenosos, mas termina aqui.

“Eu não leio nada,” ela insiste. “É perigoso ler coisas na internet sobre você mesma quando você sou eu. Ou quando você é qualquer pessoa pública. Você nunca consegue ser quem você realmente é no mundo que vivemos, onde há uma manchete e um ponto de exclamação por trás de tudo que você diz. Ele lhe pinta como um desenho, não importa o que.”

“Eu sou do tipo de pessoa que se eu leio um detalhe que está errado –nós não fomos a aquele restaurante, aquela pessoa só parou para dizer oi na mesa, nós não estávamos em um encontro- se eu leio algo factualmente incorreto me incomoda. As pessoas não sabem a verdade completa. O único jeito que eu posso interpretar o meu lado da história e não a filtrá-la é nas minhas músicas. Meus fãs sabem disso. Ou eu espero que eles entendam isso.” 

“Red” é a casa das músicas mais inesperadas de Swift até agora. Após ter escrito o último álbum Speak Now sozinha, Swift colaborou com pessoas fora do gênero country/pop. Ela se juntou com Ed Sheeran, seu par e parceiro de composição no novo single de Red “Everything Has Changed”. “Nós temos muitas outras coisas que trabalhamos juntos em cofres,” Swift diz.

Sheeran é o ato de abertura dela nos EUA e defendeu sua amiga ao desmentir rumores preguiçosos de o par estar namorando. 
“O rumor que ela namora muitas pessoas é um equívoco, porque no tempo que eu conheci ela, que faz quase dois anos, ela namorou duas pessoas. Fato,” Sheeran falou para a OK magazine. “E na vida inteira dela, eu acho que ela namorou cinco ou seis pessoas.” 

Sheeran ajudou Swift no processo de Red, depois que ela finalizou duas inesperadas músicas com os reis do pop Max Martin e Shellback – “We Are Never Ever Getting Back Together” e “I Knew You Were Trouble”.

“Eu estava obcecada com… Trouble. As pessoas tiveram que me convencer sobre Never Ever,” Swift diz. “Eu pensei que a música era só eu falando raivosamente. Eu não sabia que as pessoas iam gostar. Eu lembro que eu a toquei para o Ed e ele disse ‘Esse é o seu primeiro single, continue no mesmo humor que você estava quando escreveu a música”. 

“I Knew You Were Trouble” fez com que Swift introduzisse o dubstep a sua audiência country.

“Nós tivemos um momento no estúdio ‘Será que podemos fazer isso? Será que é permitido?’ mas seguimos em frente,” Swift lembra.

A música teve uma repercussão pequena em alguns círculos countrys, mas também fez com Swift ganhasse uma nova audiência. 
“Eu só estou tão feliz que eu posso experimentar”, ela diz. “A maioria dos meus fãs, se você for olhar em seus iPods, você verá todo tipo de gênero de música representado em alguma capacidade.”

Trouble também virou uma sensação online quando os gritos de Swift foram substituídos por uma cabra.

“Foi incrível,” Swift diz. “Quando aquilo saiu eu não fazia ideia do quão grande seria. Eu só sei que achei hilário. Mas aparentemente todo mundo também amou. Eu conversava com as pessoas nos ensaios com o vídeo preparado e todo mundo ficava ‘Nós já vimos isso’ Foi assim que eu percebi que tinha se tornado um viral.”

Um dos momentos chave do álbum –e e da turnê- é “The Lucky One”. É um conto da fama dando errado e aparentemente uma mensagem de Swift para ela mesma.

As letras detalham uma artista que ficou famosa, que tinha seus “segredos espalhados na primeira página” e depois de ser “usada” pegou “o dinheiro e a dignidade e deu o fora”. Swift canta “demorou um pouco, mas eu entendo agora.”

“É sobre três ou quatro artistas diferentes, eu nunca vou dizer quem, mas eu passo muito tempo olhando para a carreira de outras pessoas e observando eles e anotando tudo,” Swift diz. “Quando há uma recaída –e você odeia ver recaídas- mas quando há geralmente elas vem de uma perda de perspectiva. Se cercar com as pessoas erradas. Uma queda em espiral em inseguranças e auto-obsessão baseada em pensar que todo mundo está te observando toda hora.” 

Esse é um tópico que Swift, que rapidamente se chama de “super-pensadora”, passou muito tempo contemplando.

“Tem algumas coisas que eu tento me lembrar de,” ela diz. “As pessoas tem vidas corridas. Elas não realmente se importam com todos os passos que eu dou. Mesmo que eu fosse me pesquisar no Google e houvessem novas postagens a cada 15 segundos, as pessoas não se importam tanto. Eu só estou feliz que elas querem me ver em turnê e me ouvir em seus carros ou em casa. Eu não preciso me preocupar muito com o que as pessoas acham de mim porque não é muito meu problema. Eu acho que você começa a fizer auto-obcecado se você deixa suas inseguranças se tornarem algo maiores do que elas deveriam ser.” 

A jovem de 23 anos também está consciente dos aspectos negativos do emprego.

“Mesmo que eu não gostaria de estar fazendo qualquer outra coisa, existem aspectos ruins. Na minha cabeça eu sei disso, mas às vezes eu penso ‘Wow, eu realmente fiz algo tão ruim? Por que eu sinto que estou encrencada por alguma coisa? Às vezes você é sugada em um vácuo de pensamento que o mundo está te observando e esperando para você estragar tudo e eu não posso viver assim. Eu quero me divertir. Você não consegue se divertir se você pensar que todo mundo está esperando para você tropeçar e cair.” 

Após uma longa pausa, Swift escolhe Carly Simon como uma artista cuja carreira ela admira. PS- Simon também gosta de deixar suas letras sobre homens um mistério.

“Carly Simon sempre foi conhecida por sua composição e honestidade. Ela é conhecida como uma pessoa emocional, mas forte. Eu me espelho muito, muito nisso. Eu a admiro. Eu acho que ela sempre foi bonita e natural e parece que ela faz tudo sem esforços. Não há nada mais atraente do que alguém que pareça viver sem esforços.” 

Swift está no ciclo turnê/álbum/turnê por quase dez anos; pergunto se ela se vê enrolando para baixo ou fazendo uma pausa e isso toca em um nervo fresco.

“Oh, eu penso muito no futuro,” ela diz. “É aí que eu começo a ficar muito confusa. Essencialmente, você não pode fazer grandes decisões como ‘Quando que eu vou fazer uma pausa? Quando que eu vou começar a pisar no freio? Quando que meu cabelo vai começar a ficar cinza? Será que vou pintá-lo ou eu vou mantê-lo cinza? Como que eu vou lidar com rugas?’ Você não pode fazer essas decisões até estar naquela posição. Eu gosto de pensar que em todos os aspectos da minha vida eu vou saber quando sair da festa. Mas você não consegue saber quando sair da festa até estar no cômodo.”





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