O Hits Daily Double é um site especializado em música. Os fãs mais assíduos já sabem que a sigle “HDD” significa dados do mundo da música com credibilidade. O site, que veio alimentando as projeções de vendas do 1989 durante a semana passada, publicou hoje uma entrevista com Taylor. Lá, eles falam sobre o produtor Max Martin, como Taylor tomou a decisão de fazer um álbum pop e muito mais. Confira:
Taylor fala a verdade
Quando Taylor Swift foi a internet para contar para o mundo que o 1989 era o seu “primeiro álbum pop oficial e documentado”, o medo foi generalizado. Mas o único choque verdadeiro foi que a ganhadora de diversos Grammys estava diposta a abrir mão de algumas indicações extras a prêmios (através das premiações country) para honrar a honestidade musical. Mas então, não é exatamente este o modus operandi de Taylor Swift? Seus instintos parecem estar afiados mais uma vez, já que o novo álbum está acumulando grandes vendas para os padrões de qualquer época, assim como a resposta critica mais positiva de toda a sua carreira.
Trabalhando com o produtor executivo Max Martin, Swift juntou um círculo social de músicos confiáveis e começou a criar um álbum que, na verdade, se recusava a abraçar qualquer sub-gênero, e não só o country. Jon Caramanica, do The New York Times, escreveu que “ao fazer pop quase sem nenhuma referência contemporânea, Swift está mirando ainda mais longe, um tipo de intemporalidade que apenas algumas verdadeiras estrelas do pop se preocupam em alcançar”.
Em algumas maneiras, Swift quer crescer, ou ir além do que as pessoas esperam. Uma artista altamente criativa, com 10 anos de carreira, ela amarra a sua rede com a seca, e quase funk de “Style 2.6”, o estilo leve de líderes de torcida do seu grande sucesso “Shake It Off” e com a parte que tira sarro de si mesma com truculência em “Blank Space” em uma coleção que é puramente divertida e cheia de emoção, enquanto ainda encorpora o sentido de imaginação que impede que ela seja vista como amarga ou cinica. Ela acaba se saindo da mesma maneira em uma conversa, como vocês descobrirão.
Como se parece estar no começo de seu primeiro álbum pop declarado? Você está com medo ao ter feito esta afirmação, ter uma outra escala de julgamento?
Estou alegre, emocionada e cheia de tanta energia que nem sei o que fazer com ela! Existe uma coisa tão elétrica em poder fazer o álbum que você quer, exatamente como você quer.
Este é um álbum que eu levei todas as músicas para o lugar exato que elas precisavam estar, e nós não pensamos em nada exceto isso. Não tiveram outras considerações além da música — e isso foi ótimo.
Você ficou surpresa com as respostas para o seu anúncio? Algumas das reclamações sobre você deixar um formato pareceram perder o objetivo.
Não acho que as pessoas ficaram surpresas que eu fiz um álbum pop. Eu acho que elas ficaram surpresas que eu fui honesta quanto a isso.
Honestidade é uma das suas características.
Certo, eu sei. Mas quem te diz que o que eles estão fazendo e são honestos? Mesmo que eu não tenha feito um álbum centrado em nashville, eu queria respeitar Nashville e todos os compositores — e falar a verdade sobre o que eu estava fazendo. “I Knew You Were Trouble” foi obviamente pop, mas eu não tinha ousado em fazer um álbum assim.
Você pode pintar uma parede de verde e falar que é azul, mas claramente não é azul. Isso acabaria mal, porque as pessoas sabem. Então, pareceu importante contar para as pessoas o que o 1989 era. Quando as pessoas confiam em você, acreditam que você está investindo neles com um pedaço da sua vida — e a vida deles em troca, então você quer manter esta confiança a todo custo.
Você nunca foi de meias palavras, mas a honestidade sobre a sua música possibilitou esse nível ainda mais alto de confiança?
Escutar a minha música é uma maneira precisa de dizer como a minha vida tem estado ultimamente. Tem sempre foi um objetivo meu de nunca deixar que a ideia de ser uma “celebridade” matasse a força das minhas letras e a honestidade das minhas histórias. Ser verdadeira e aberta é o que me trouxe aqui, então eu não vou começar a escrever músicas que poderiam ser sobre qualquer coisa ou qualquer um. Meu nível de confiança é diferente todos os dias, e nunca será constante para qualquer um de nós, mas neste momento eu realmente amo como a minha vida é. Eu acho que isso acaba se revelando na música, mesmo que seja um tema bem sutil. Eu não quis escrever nenhuma música que fosse um manifesto de “Sou uma mulher forte e independente!”, porque eu penso que a força pode ser muito mais graciosa e discreta do que isso. Se você sabe que é feliz, forte e livre, é tão bom viver a sua vida neste lugar do que ficar gritando sobre isso.
O que seus fãs te dizem sobre como a sua música os afetou?
Porque a minha música vem de um lugar vulnerável, meus fãs normalmente me dizem confissões igualmente honestas e brutas sobre suas vidas. Uma coisa que eu tenho escutado muito ultimamente deles é que nós crescemos juntos. Eu lancei meu primeiro álbum há quase 10 anos, então é como se essas pessoas estivessem lendo o meu diário pela metade da minha vida. E como eles me ouviram cantar sobre mágoas, insegurança, humiliação, perda, alegria ou paixão eles não se sentem sozinhos ao experienciar essas coisas nas vidas deles. Nós desejamos nos sentir compreendidos, o sentimento que temos quando alguém diz “Eu também, sei exatamente como você se sente”, e a música tem a habilidade de criar este conforto.
Então é uma questão simples de falar, “OK, estou fazendo um álbum?
Com quase um ano neste processo, eu comecei a saber o que o álbum é. Trabalho em um álbum por dois anos, e eu normalmente acabo me distanciando de um pouco dele, mas eu me foco. Mas a decisão de fazer esse álbum foi muito natural para mim. Eu me encontrei indo de encontro daquilo que parecia certo para mim. Enquanto ele evoluia, não fazer isso não seria certo.
Então foi uma decisão consciente.
Durante os anos, eu fiz a decisão consciente de procurar novas maneiras de produzir uma letra, ou uma hist´roia, de encontrar novas maneiras de montar uma música. Estou conscientemente tentando contar a verdade — ou de olhar para a vida nas músicas, mas de maneiras diferente. Eu nunca quero ir para o estúdio só para fazer as pessoas dançarem.
Então com este álbum, o objetivo era se inspirar no pop dos anos 80? Porque, honestamente, isso se parece muito com o que tocava na rádio naquela época. Você era nascida?
Foi algo que eu descobri quando era pequena! [Risadas] Eu assistia muito ao Pop Up Videos quando era criança e eles fizeram um bom trabalho em educar a minha geração nesse tipo de pop dos anos 80. Tinha esse sentimento de potencial infinito. As pessoas usavam cores vibrantes, eles faziam afirmações corajosas, era brilhante e feliz. Você não consegue escutar aquilo e não se sentir bem.
E enquanto você trabalhou com vários produtores, mais notavelmente com o Max Martin, isso acaba sendo quase que uma formação do que uma lista de colaboradores. É isso que você está dizendo?
Sim. Eu trabalhei com muita gente boa. Como eu disse, eu consegui criar exatamente as músicas que eu queria escrever, e então fazer álbuns exatamente da maneira que eu pensava que eles precisavam ser. Mas enquanto eu trabalhava nele, eu fiquei surpresa com a maneira que ele se estruturou. Dessa vez, foi um grupo pequeno de colaboradores, diferentemente do Red, que foi cheio de experiências, um projeto de longo-prazo que me permitiu ir a diferentes caminhos e explorar. Dessa vez, foi mais focado. Penso que a grande diferença foi que todo mundo entendia onde queriamos chegar, e todos trabalhamos pela mesma coisa. Fiz cinco com Max Martin e Shellback… bem, uma só com o Max. Foram duas com o Ryan Tedder, uma com o Nathan Chapman, duas com o Jack Antonoff e uma com a Imogen Heap.
Bem incrível.
É a imagem dos meus sonhos. E cada um deles trouxe algo de especial. E ter o Max como produtor executivo me permitiu ter tudo isso, e também ter um álbum que fosse sonoramente coesivo. Isso é o que eu penso que faz com que este álbum também tenha um lugar que o diferencie dos meus outro álbuns.
Bem, vamos começar com Max Martin.
Minhas sessões com ele sempre são divertidas. EU sei que vamos terminar uma melodia, e eu vou para um canto e começar a compor a letra o mais rápido o possível. Ele inspira isso em mim. Eu me preparo para ele, junto dúzias de ideia de refrões, pedaços de versos e melodias. Alguma coisa acontece com ele, que não é só acompanhá-lo, mas sim literalmente superar . E eu amo isso.
E então evoluiu para produção executiva?
Quando eu estava pensando no que eu queria, eu fui até ele. Eu disse “vamos fazer isso sonoramente coesivo”. Max gravou todos os vocais, exceto na música da Imogen Heap — porque naquela foi uma coisa de momento, nós nunca iriamos igualar.
Você vê a produção como uma extensão de composição?
Vejo produção como uma ferramente importante para demonstrar emoção. Como você faz o álbum tem muito a ver com a maneira como as músicas são percebidas. Eu queria que as músicas soassem exatamente como as emoções foram sentidas.
Tipo o nervosismo em “Out of the Woods”?
Sim! [Risadas]
Me conte sobre isso.
Bem, foi escrita sobre um acidente bem especifico. Quando Jack e eu nós encontramos, eu tive uma ideia. Mas realmente, eu queria capturar como aquilo sentia, o nervosismo de “estamos fora de perigo? Isso já terminou?” Porque este sentimento é mais do que palavras. Nós continuamos construindo e construindo.
Me conte sobre trabalhar com a Imogen Heap.
Eu queria trabalhar com a Imogen desde que eu ouvi às músicas dela no ensino médio e me apaixonei pela execentricidade. Eu mencionei ela em algumas entrevistas há uns 7 anos, e nunca ouvi nada até que eu recebi um e-mail aleatório esse ano enquanto eu estava em Londres. Era dos empresários de Imogen, dizendo que ela estava na Inglaterra e que adoraria escrever se eu estivesse interessada. Certamente, eu estava morrendo para escrever com ela e estava no meio de compor para o 1989, então o timing não podera ser mais perfeito. Eu criei esta ideia para levar para ela chamada “Clean”. Era sobre passar por uma mágoa e depois se sentir manchada, de como você tem que experienciar a dor para superá-la. Minha frase favorita é “When I was drowning, that’s when I could finally breathe”.
Eu fui para a casa de Imogen, onde ela tem um estúdio no porão e vi ela criar o instrumental com um instrumento por vez. E vários instrumentos estranhos que eu nunca tinha visto antes. Ela é um gênio musical. A ver produzir aquela música é algo que eu nunca vou esquecer. Não tinha ninguém a auxiliando, ninguém computadorizando os vocais para ela. Percebi naquele dia que o motivo pelo qual a Imogen é tão única é a Imogen.
Como uma menina e uma mulher emergente, o quanto a experiência de compor e fazer música é diferente? Você pensa que a autenticidade da sua voz — especialmente como compositora — pesa no empoderamento das suas músicas?
A verdade é que eu não seria uma cantora se não fosse compositora. Eu não acharia isso interessante e não seria capaz de transmitir as músicas com a convicção se eu não tivesse experienciado o que as inspirou, e então simplificado minhas complicadas emoções em um pensamento simples de três minutos e meio. Porque eu sou a compitora, eu sinto total controle de todos os aspectos da direção criativa e comercial. Todos os aspectos da minha carreira são consequência de uma letra que eu escrevi, o título de um álbum que eu criei no meio de uma noite, um novo som que eu tenho feito experimentos, e então nós criamos uma campanha dessas peças de quebra-cabeça.
Crescer em público é dificil?
Tendo 24 anos, eu fico cheia de diferentes emoções quando olho para as minhas fotos antigas, fases e as lições que eu aprendi com o mundo todo assistindo. Mas o motivo pelo qual eu não me arrependo é que tudo que eu coloquei como minha criação nunca foi a ideia de lagum executivo da gravadora do que uma menina de 16 anos deveria cantar. Até os meus erros foram feitos a partir das minhas decisões.
Você pensa que músicas dão poder a meninas — e até mulheres de 30, 40 anos?
Eu penso que minhas músicas vão para o mundo e se tornando uma coisa diferente para cada pessoa que as escuta, e isso é uma das coisas mais legais disso. Algumas pessoas vem até mim e me agradecem por escrever “Shake it Off”, porque as ajudou com bullying extremo que elas enfrentavam na escola, enquanto algumas pessoas dizem que a ajudou a se livrar da dor que eles sentiam depois de perder alguém que amavam.
E então eu tenho muita gente que me diz que eles se divertiram pra caramba enquanto dançavam a ela bêbados em um casamento. No final das contas, a música dá poder àqueles que querem se sentir empoderados e confortam àqueles que buscam por conforto… e para os outros, é só divertido de dançar.
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