Pode chamar de: história de Taylor e a cobra má.
Taylor Swift, a cantora pop dominante da última década, fez o primeiro de dois shows esgotados na sexta-feira no Soldier Field acompanhada de uma legião de dançarinos, cantores e músicos e um monte de cobras. Elas eram digitais e infláveis, mas tinha um número suficiente delas para dar pesadelos a qualquer um que sofreu com o filme clássico “Anaconda”.
O tema da cobra, que serviu como fio condutor do show de 6 atos e 105 minutos, foi a ideia de vingança de Swift.A primeira aparição dos répteis foi como pano de fundo para um palco torto, não muito diferente daquele de seu rival e carrasco, Kanye West, na turnê anterior dele. A mulher de West, Kim Kardashian, chamou Swift de cobra no meio de sua última treta, e Swift voltou armada, ao som da deliciosa “Look What You Made Me Do”.
A música contém uma aparição em vídeo da comediante Tiffany Haddish, que interpreta uma secretária convincente: “I’m sorry, the old Taylor cantt come to the phone right now”, ela diz. “Why? Because shes dead.”.
Mas Swift já estava assassinando seus antigos eus em uma série de álbuns em que continua se reinventando: estrelinha country, pop-rock e, mais recentemente, uma mistura de EDM e hip-hop. Todas essas iterações estavam à mostra em uma apresentação perfeitamente profissional que nunca desviou muito do script. Mesmo os dois monólogos da cantora pareceram um pouco enlatados, e o show se passou com eficiência. Há muito se foi a adolescente estranha com o violão na mão desabafando diretamente do diário sobre amores da escola e timidez. Em seu lugar, existe uma artista segura de mira fria e mortal em qualquer um que a faça mal.
O show começou com uma declaração desanimadora no meio da superioridade de “I Did Something Bad”: “This is how the world works”.
A música e a coreografia combinavam com a mensagem: com direito a fogos de artifício, capuz coberto de lantejoulas e botas na altura do joelho, e coreografia vibrante. Ah, e eu mencionei a encenação de uma bruxa ardendo na fogueira, sendo Swift o sacrifício? Sem dúvida, a velha Taylor está morta e não volta mais, ao menos esta noite.
Para ser justo, também houve momentos de celebração, particularmente a animação de “You Belong With Me” e uma versão empolgante de “Shake It Off” com a participação das artistas de abertura Charli XCX e Camila Cabello nos vocais.
Mas cobras e vingança sempre voltavam à tona, até mesmo no último ato, exibindo harmonias vocais ao mandar embora um amante desafortunado em “We Are Never Ever Getting Back Together”.
Apesar de ser claro o foco no trabalho mais recente de Swift, houve lembretes da vulnerabilidade e da transparência que abriram caminho para milhões de álbuns vendidos quando ela era adolescente. No piano ela misturou o hino nostálgico “Long Live” com um de seus melhores e mais íntimos trabalhos recentes, “New Year’s Day”.
“Hold on to the memories, they will hold on to you”, cantou Swift. Mas aquele tom melancólico era uma raridade nesta noite. Agora Swift está procurando memórias mais duras, e tem as músicas e a nova atitude para isso.
Fonte: Chicago Tribune
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