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O portal brasileiro G1 também ouviu o “1989”, novo álbum da Taylor Swift, e resolveu fazer uma review, confira abaixo o que eles pensaram a respeito:

Quem ouve rádio, vê clipe no YouTube e se interessa minimamente por música pop sabe bem. O showbizz é um ovo: batidas se repetem e produtores têm listas gigantes de pupilos. É “featuring” que não acaba mais. Hoje, ninguém é de ninguém.

Taylor Swift sempre tentou ser um pouco diferente de suas rivais. Canta sobre o amor nos tempos do Tinder com desenvoltura, não arma duetos com gente do rap ou R&B. Aos 24 anos, parece estar mais pronta do que outras divas menos novinhas. Em “1989”, quinto disco da carreira, pela segunda vez tem auxílio de um supertime de produtores.

Com ou sem eles, as letras continuam tendo historinhas bem contadas sobre a fama de pegadora (“Blank space”) ou o deslumbre com sua mudança de endereço (“Welcome to New York”). O jornal britânico “Guardian” ousou dizer: as narrativas têm um quê de Bruce Springsteen. Exagero, mas faz certo sentido. A jovem estrela (cada vez menos) country pop não investe tanto em metáforas bobinhas, rimas banais ou discursos feministas forçados.

Sete das treze músicas de “1989” são feitas com dois dos mais requisitados produtores suecos: Max Martin (Britney, Katy Perry, boy bands em geral) e Shellback (Pink, Maroon 5, Avril Lavigne) acertam em “Style”, com ecos de anos 80. É tudo tão pueril, que o jeito é cantarolar. “Eu digo: ‘Ouvi dizer que você esteve fora com outra garota’ / E ele diz: ‘O que você ouviu é verdade, mas não consigo parar de pensar em você’. E eu digo: ‘Eu fiz isso também, algumas vezes'”.

“1989” desce bem já na primeira audição, mas tem ao menos duas derrapadas. A coisa desanda quando ela se junta a Jack Antonoff, guitarrista do grupo Fun, em “Out of the Woods”. Ela é soturna, não harmoniza com o restante do disco. “This love” é um country meloso com sussurros sobre um amor que “é como um fantasma”. Seria melhor se o produtor Nathan Chapman tivesse dado a canção para Shania Twain ou Lady Antebellum.

Autoajuda e autozoação. Ryan Tedder (Beyoncé) faz Taylor se aproximar do R&B na genérica “I know places”. Mas, no geral, a menina Taylor vai melhor que isso. “How you get the girl” é responsável pela proeza de misturar autoajuda adolescente com Ace of Base e ser excelente. Produzida por Greg Kurstin (Lily Allen), “I wish you would” é quase épica. “Gostaria que a gente pudesse voltar/ E se lembrar do motivo de estarmos brigando”, canta ela, pensativa.

“Shake it off” mostra que vai muito além do clipe bocó. Todo mundo precisa entender o valor de um bom pop dançante com levada de saxofone… “Tenho uma longa lista de ex-amantes / Eles vão dizer que eu sou louca / Mas eu tenho um espaço em branco, baby / E eu vou escrever seu nome”, avisa Taylor, na sensacional “Blank space”. Cantoras pop precisam de mais autozoação. E de menos Auto-Tune.

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