31 de julho de 20 Autor: Maria Eloisa
“Mad Woman” é a continuação de “The Man”

Se há uma coisa recorrente percebida no trabalho de Taylor Swift, é que o inferno não tem a fúria de uma Taylor desprezada. E “Mad Woman”, do seu oitavo álbum de estúdio, folklore, orgulhosamente (mesmo que cínica) continua essa tradição.

Numa primeira ouvida, a música parece ser uma referência à sua briga com o executivo Scooter Braun, cujos detalhes foram muito discutidos pela mídia (incluindo a gravadora envolvida) e a própria Swift. A ira de Swift se deu pelo seguinte: a cantora e compositora expressou indignação publicamente no ano passado quando Braun, que teria cometido bullying com ela, segundo a cantora, comprou os direitos de seus masters quando ele adquiriu sua antiga gravadora, a Big Machine Records (Swift desde então lançou dois álbuns sob um novo contrato com o Universal Music Group). Swift mais tarde prometeu regravar suas músicas anteriores para voltar a ter o controle delas.

Em “Mad Woman”, ela canta: “O que você achou que eu diria sobre isso / Um escorpião fere quando revida / Eles atacam para matar, e você sabe que eu também / Você sabe que eu também”. Essas primeiras linhas parecem uma referência aos incidentes públicos envolvendo Braun, e “O que você achou que eu diria sobre isso” parece especificamente uma referência à oferta que Swift disse que recebeu: “volte a Big Machine Records e ‘ganhe’ um álbum de cada vez, um para cada novo álbum que eu lançar”. A frase em “Mad Woman” que diz “Estou levando meu tempo, levando meu tempo / Porque você tirou tudo de mim” certamente parece ser uma referência aos seus antigos masters.

E as possíveis referências não param por aí. Mais tarde na música, ela canta: “Agora eu cuspo fogo toda vez que falo / Meus canhões estão atirando no seu iate / Eles dizem para seguir em frente, mas você sabe que não vou”. É difícil ouvir sobre um magnata da música frequentando iates, mas coincidentemente Braun é conhecido por fazer exatamente isso. E os problemas deles com o uso da música antiga de Swift continuaram até o outono do ano passado, o que explicaria a parte da letra sobre “seguir em frente”.

Também é bem provável que a música seja uma crítica sobre as mulheres serem conhecidas como manipuladoras. Especificamente, parece que Swift está indo contra ao fato de que, se uma mulher está emocional ou com raiva, ela é taxada como “louca”. E de fato, com versos como “E não há nada como uma mulher insana / Que pena que ela enlouqueceu / Ninguém gosta de uma mulher insana / Você a deixou assim”, fica claro que pelo menos partes da música são sobre isso.

Independentemente disso, “Mad Woman” é meio que próxima (de forma mais sombria) das ideias trazidas por Swift no ano passado em “The Man”, no seu sétimo álbum, Lover. A música e seu videoclipe inteligente (que grita o nome de Braun) são muito mais diretos, com Swift pensando em como sua carreira seria diferente se ela fosse um homem. “Eles diriam que eu me esforcei/ foquei no trabalho/ eles não balançariam suas cabeças e questionariam quanto disso eu mereço / o que eu estava vestindo, se eu fui grossa / tudo poderia ser separado das minhas boas ideias e dos meus atos destemidos”, ela canta.

As duas músicas falam sobre as maneiras que as mulheres são definidas.”The Man” é mais ampla em suas queixas, enquanto “Mad Woman” é mais específica. “The Man” é atrevida, “Mad Woman” é sombria, cínica e brava. Na ponte de “The Man”, Swift fala como é se gabar de sua riqueza e dormir com várias mulheres. Ela conclui que, para os homens, está tudo bem em serem “ruins” nesses aspectos e é aceitável que eles fiquem com raiva. E no verso seguinte, ela se dá permissão para ficar brava: “Se eu estivesse esbanjando meus dólares, me chamariam de vadia, não de fodão / eles me colocariam como malvada / então está tudo bem que eu estou brava”.

Então, com “Mad Woman”, Swift parece insana e brava, já que, anteriormente, ela se permitiu se sentir assim. De fato, ela está desse jeito. “Toda vez que você me chama de louca, eu fico mais louca. O que acha disso” ela canta.

Matéria publicada pelo EW e traduzida pela Equipe TSBR.





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