12 de maio de 13 Autor: Erika Barros
Dominic Harvey: Meu encontro com Taylor Swift

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O apresentador do programa de rádio neozelandês The Edge, Dominic Harvey, foi até a cidade americana de Detroit entrevistar Taylor Swift, que tinha acabado de anunciar datas da Red Tour na Oceania, e assistir ao show da cantora. A entrevista foi postada anteriormente em nosso site, e abaixo você confere o relato de Dominic sobre o encontro com Taylor:

Quando perguntaram se eu gostaria de voar até Detroit para entrevistar Taylor Swift e assistir ao seu show, eu pensei sobre isso por menos de 3 segundos antes de dizer sim.

Minha motivação era a viagem de graça ao exterior. Toda a parte envolvendo Taylor Swift era simplesmente o trabalho que eu tinha que fazer para ganhar esse feriado e 2 horas de Taylor parece ser um pequeno preço a pagar.

Eu seria um terrível mentiroso se dissesse ser um fã antes de ver o funcionamento interno do espetáculo Red. Verdade seja dita, eu a achava absolutamente irritante.

Sendo um homem de 40 anos, sua letra “we are never ever getting back together, like ever (nós nunca vamos voltar a ficar juntos, tipo nunca)” é tão relacionável para mim quanto uma conversa sobre chapinha e alisadores de cabelo.

Mas agora, eu entendo. Swift se conecta com seus fãs de uma maneira que eu nunca vi outro artista fazer antes. Os fãs – Swifties, como eles não-tão-espertamente se chamam – a amam e ela genuinamente parece retribuir esse amor. Eu saí com um sentimento de que, se fosse possível, ela conheceria cada uma das pessoas da audiência.

Eu tive uma entrevista de 20 minutos (da qual poderá ser assistida amanhã de manhã no The Edge) marcada para acontecer nos bastidores do Ford Field em Detroit no dia anterior a sua primeira data de estádio a céu aberto – uma data esgotada para 50 mil pessoas.

Com um artista que é grande, é bem comum que algumas perguntas ou tópicos sejam fora de cogitação – geralmente coisas que todo mundo quer saber. Hoje, não só alguns tópicos estavam fora dos limites, mas todas as perguntas tiveram que ser pré-aprovadas, o que é um pouco ridículo.

A entrevista não foi agitada, assim como todas as suas entrevistas. Ela não é conhecida por dar declarações que se tornarão uma manchete. Tipo, nunca. Ela me atinge por ser super focada e uma jovem mulher madura, afirmativa, com uma visão clara do que ela é e no que ela acredita. Ela mantém um nível quase assustador de contato visual. Ela pode cuidar de si mesma, o que tornou a regra de pré-aprovar as perguntas ainda mais desnecessária. Meu palpite é que será apenas uma questão de tempo antes que ela coloque os pés no chão e diga para as pessoas tomarem um comprimido para relaxar (ou seja lá o que esses jovens maneiros dizem atualmente).

Logo após nossa entrevista, Taylor está no palco para um ensaio longo, o qual eu pude assistir com o empresário da turnê Robert Allen, um homem britânico que agora chama a América de sua casa. Ele já foi empresário do Def Leppard.

Quando ele me diz que seu irmão Rick é o baterista, é preciso cada grama de auto-controle para não dizer a frase da música Bloodhound Gang: “The drummer from Def Leppard’s only got one arm. (O baterista do Def Leppard só tem um braço.)”

Allen me diz que ele costumava sair em turnê com o Black Sabbath e os notáveis metaleiros de cabelos longos do Motley Crue nos anos 80. O trabalho dele deve ser bem menos estressante agora. Eu duvido que ele receba tantas ligações a 4 da manhã sobre a senhora Swift arremessando televisores em piscinas.

Sábado é dia de show e o estádio está 90% cheio na hora que o ato de abertura, Ed Sheeran, sobe no palco. Sheeran não é grande coisa nos Estados Unidos. Ainda não, em todo caso. Mas os fãs se animam porque Taylor gosta dele e diz que ele é bom, e o que Taylor diz significa muito.

Antes dela subir ao palco, os telões gigantes mostram vídeos de fãs fazendo covers de suas músicas. Misturado, é claro, com propagandas – estrelando ela mesma – para Diet Coke e o perfume Wondestruck.

O show em si é muito bom. Tão bom quanto qualquer coisa que eu já vi, na verdade. É grande, com várias trocas de roupas, 15 dançarinos, banda firme, fogos de artíficio, canhões de confete, e algumas das melhores exibições no telão que você verá.

Swift brinca no território do dubstep com um remix de Trouble que lembra o som de Skrillex. E You Belong With Me é reformulada para uma sonoridade que lembra Motown.

Ela vai de guitarra, para banjo, para violino e comanda em total silêncio quando se senta num pequeno piano de cauda, para um momento mais lento: uma música para um garoto que a tratou mal, é claro, como eles sempre fazem.

Nem mesmo o cara na minha frente com uma camiseta do Nine Inch Nails, que parece estar em missão como acompanhante, não parece estar odiando tanto assim.

Eu odeio usar a palavra sadio porque soa como um elogio indireto, mesmo este show é uma diversão limpa. Ela mantém suas calças o tempo todo e nunca fala palavrão.

É uma mudança refrescante de Lady Gaga, Rihanna e Ke$ha, que parecem estar em uma competição para ver quem veste menos. E a brincadeira com seus fãs entre as músicas, ao mesmo tempo que um pouco longa e, em partes, enfadonha, é muito boa – lidando com pessoas más, se apaixonado, se separando.

Se você é pai de uma adolescente angustiada, você pode ter certeza de que seus filhos estão em boas mãos com Swift. Ela é um bom modelo e é claro que a conexão com seu público é baseada na aspiração: os fãs gostam dela e querem ser como ela.

Os pais dela, Scott e Andrea, estão lá para ver sua filha performar. Mãe viaja com Taylor e o pai tenta ficar junto sempre que pode ficar longe de seu trabalho como corretor (durante bate-papo nos bastidores, ele me perguntou se eu tenho ações da Telecom New Zealand – ele tem o equivalente a 35 milhões de doláres de seus clientes que investiram na telco).

Andrea se tornou uma estrela. Os fãs sabem seu nome e alguns até mesmo levam cartazes com seu nome – uma manobra astuta para tentar obter um convite para os bastidores, conhecida como Club Red.

A mãe de Taylor passa a maior parte do show da sua filha trabalhando na grande sala cheia. Esta noite, ela assiste ao show de uma pequena área cercada na parte de trás da pista do estádio. A barreira envolve um pequeno palco onde Taylor vai para cantar algumas músicas acústicas.

Ela mantém um olho aberto procurando as pessoas para trazer para essa seção exclusiva – principalmente os pais com muitos jovens que estão lutando para ver muito de seus assentos. Sem alarde ou barulho, sem sorteio ou bilhetes da sorte. Apenas uma mãe querendo ser uma boa anfitriã. Eu tive uma ligeira sensação de sua vida vicariamente através de sua filha, um pouco como um daqueles pais concurso de beleza. Mas sendo honesto com ela, qualquer pai seria um pouco animado, se tivesse uma filha como Taylor.

Antes e depois do show, Swift se encontra e se mistura com os fãs que tiveram a sorte de ter sido convidados aos bastidores para entrar no Club Red.

Podem ser estranhos, esses encontros. Clínicos, breves e, mais frequentemente do que não, frios. A Red Room é configurada como o tipo de lugar onde as meninas podem ter uma festa do pijama com suas melhores amigas. Há fotos de Swift ao redor das paredes, uma cabine de fotos, pizza, picolés e mais de Diet Coke. Os 30 ou mais fãs arrancados da multidão se misturaram e esperaram até Taylor chegar.

Vinte minutos depois de terminar no palco ela vira-se para trabalhar na sala por 40 minutos com energia e paixão que é impossível de fingir, conversando com os fãs, posando para fotos e assinando coisas. Cada fã sai com uma história. Estas são as pessoas que vão continuar a comprar seus álbuns por 10 ou 20 anos a partir de agora, quando ela não for mais a novidade do momento.

É claro Swift recebe plenamente as necessidades de seus fãs. É tudo sobre dar a seus clientes uma experiência, se conectar com eles e dar-lhes o que eles querem. Imagino que daqui a 30 anos, quando ela tiver a idade de Madonna, ela ainda estará cantando 22 e os Swifties de hoje ainda vão querer ouvi-la.

Fonte: Nnzherald.co.nz
Tradução e Adaptação: Eduardo Kurylo – Equipe TSBR





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