Nesta sexta-feira, 24, Taylor Swift finalmente lançou “Carolina”, canção escrita em 2020 que veio fazer parte da trilha sonora oficial do filme “Um Lugar Bem Longe Daqui”- que será lançado 1º de setembro nos cinemas brasileiros. Abaixo, separamos algumas considerações sobre a música, feita por três dos principais veículos de informação da indústria musical: Pitchfork, Rolling Stone e Billboard. Confira:

PITCHFORK

Há músicas da Taylor Swift que ficam eternamente na sua cabeça depois de ouvir apenas uma vez; há outros cujas letras são destinadas a serem citadas entre os fãs e gritadas de volta nos shows pela perpetuidade. Mas “Carolina”, sua contribuição discreta para o próximo filme Um Lugar Bem Longe Daqui, parece ter sido escrita com um propósito específico: para definir a cena. Swift canta sobre riachos e estradas secundárias, névoa e nuvens, lama e pinheiros. Trabalhando mais uma vez com o produtor Aaron Dessner, ela favorece instrumentos acústicos e acordes menores que evocam as mesmas imagens assombradas e naturalistas.

Como seus próprios álbuns sempre convidaram a interpretações autobiográficas – em um grau às vezes absurdo de superanálise – faz sentido que Swift abrace essas oportunidades escrevendo para filmes para testar novos cenários e humores, saindo de seu universo cuidadosamente construído e entrando no de outra pessoa. Em “Carolina”, ela constrói a partir dos cantos mais sombrios de seus lançamentos de 2020, folklore e evermore, principalmente abandonando a linguagem e a textura da música pop em favor de antigas canções folk americanas. Aprofundando e retardando sua entrega para combinar com o cenário de histórias de fantasmas, e deixando de lado suas letras de especificidade narrativa pela qual ela se tornou conhecida, é um desafio criativo que ela ainda consiga se manter. “Você não me viu aqui/Eles nunca me viram aqui”, ela canta no pré-refrão, pouco antes de um acorde maior espreitar como a luz do sol através de nuvens pesadas. Mesmo quando ela quer desaparecer, ela não consegue evitar deixar sua marca.

ROLLING STONE

Taylor Swift está assombrada pela solidão em sua etérea nova canção “Carolina”:

Aludindo ao cenário de interior do filme, a faixa evoca o tom elegíaco das baladas folclóricas dos Apalaches, enquanto a voz de Swift, sobrenatural e semelhante a uma sereia, é acentuada por arranjos de cordas arrebatadores e o suave dedilhar de uma guitarra. “E você não me viu aqui/Não, eles nunca me viram aqui”, ela canta, trazendo sua voz para um meio sussurro assustador.

Swift inspirou-se para a melodia emocionalmente forjada do enredo do filme, que segue Kya, a chamada “Marsh Girl” que se cria nos pântanos da Carolina do Norte. O colaborador frequente de Swift, Aaron Dessner, que trabalhou ao lado da vencedora do Grammy em seus álbuns de 2020 folklore e evermore, preencheu as tarefas de produção.

BILLBOARD

A espera finalmente acabou. Depois de provocar, mais de três meses atrás, que sua nova música “Carolina” estaria chegando “em breve”, Taylor Swift finalmente lançou a música original completa que ela escreveu para a trilha sonora do filme Um Lugar Bem Longe Daqui.

Antes de seu lançamento na sexta-feira (24 de junho), “Carolina” esteve lentamente chegando aos espectadores em pedaços espalhados por vários trailers do filme liderado por Daisy Edgar Jones. As letras inspiradas na natureza de Swift são emblemáticas da personagem de Jones, Kya, que aprende a viver sozinha nos pântanos da Carolina do Norte depois de ser abandonada por seus pais e mais tarde é acusada de assassinar um jovem com quem estava romanticamente envolvida.

“Dentro da névoa, dentro das nuvens”, a estrela pop de 32 anos canta em “Carolina”, seu registro mais baixo e ofegante flutuando sobre uma extensa rede de instrumentos acústicos. “Eu cerro meu punho, eu faço valer a pena”. “Há lugares que eu nunca irei”, ela canta mais tarde. “Coisas que só Carolina sabe.”

A canção já está disponível em todas as plataformas digitais.

Tradução e adaptação: Eduarda Altmann