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No primeiro show da Red Tour em Newark houve complicações técnicas na performance de “Everything Has Changed“: o retorno de som não estava funcionando muito bem. Taylor Swift lidou com a situação de maneira profissional, e virou notícia na mídia. Confira a review traduzida do NY Times:

Perdendo seu áudio, mas nunca sua coragem.
Newark – Um show em uma arena, por mais planejado que seja, ainda é uma corda bamba de se andar – não há para onde se esconder depois que as luzes se ligam. Então quando as coisas começaram a ir mal para Taylor Swift mais ou menos na metade de seu show no Prudencial Center aqui, a pergunta não era se ela iria suar, e sim se iria mostrar.
Ela tinha acabado de iniciar a performance de “Everything Has Changed” com o cantor e compositor britânico atrevido Ed Sheeran, que também é um de seus atos de abertura, quando o som começou a se desfazer lentamente: Srta. Swift foi para uma direção, enquanto Sr. Sheeran para outra e a banda foi para o lado da arena, em uma terceira direção. Tecnologicamente, o aparelho que permite que eles ouçam uns aos outros em um ambiente barulhento estava falhando.
Para esta parte, Sr. Sheeran parecia desanimado, distraído, como o Dunga. Srta. Swift não estava assim de jeito algum. Ela inclinou-se à ele, sussurrando palavras de encorajamento ou direção ou ambos, e firmou o desempenho, mantendo-se à tona em meio dos problemas até a música terminar, onde Sr. Sheeran saiu com um encolher de ombros.
Foi um erro que você não vê constantemente em shows dessa escala, coreografados até o último confete. Mas foi reconfortante saber que Taylor Swift fora do script é muito parecida com Taylor Swift dentro do script: não apenas o cérebro de operação, mas também os músculos, a força inabalável que garante um pouso seguro.
Ela tem 23 anos no momento, e não faz mais a coisa da mão-na-boca ofegante que ela fazia toda vez que uma sala com várias pessoas a aplaudia. Ela absorve sua adulação mais honestamente, como fez no inicio e no final do show de duas horas com as pequenas meninas com os cartazes feitos em casa, de LED piscando, ou com as meninas maiores, com a confiança florescendo (e também todos os pais) com admiração, mas também certeza, parecendo acenar contente mesmo quando sua cabeça estava completamente imóvel.
Ela está em turnê para promover seu CD “Red” (Big Machine), seu quarto álbum, que vendeu 1.2 milhões de cópias na semana de lançamento outubro passado, e que já foi certificado quatro vezes platina. É um CD forte, mas também disperso, com a mais ampla gama de humores.
No registro, a gama foi dispersa, mas em um espetáculo king-size as justaposições têm poder, um cenário teatral após o outro. Visualmente, os temas ainda são retirados da fantasia de uma jovem: figuras musicais próximas à vida, um bando de percursionistas flutuantes que sugerem um “Cirque Du Taylor” e o Chapeleiro Maluco de “Alice no País das Maravilhas”.
Durante todo o show, os bailarinos foram muitas vezes atrás dela, mas apenas mal a tocando quando se encontravam. Ela não retornava suas afeições. Ela ainda não é uma figura de libido proativa.
Como em suas canções, ela é reativa. “Sou a Taylor”, ela disse no início da noite. “Eu escrevo canções sobre os meus sentimentos.” Em “Red”, esses sentimentos são quentes: Uma atração perigosa em “Treacherous”, feliz ressentimento em “We Are Never Ever Getting Back Together”, uma faísca de otimismo nova em “Begin Again”. Todas essas canções se destacam, assim como “22”, sobre jogar suas precauções ao vento. (Apenas um punhado de canções foram defasadas, como “The Lucky One” e “Starlight”).
A voz de Srta. Swift está mais forte do que nunca, e mais resistente: os deslizes vocais de antes quase desapareceram. Ao longo do show ela tocou guitarra elétrica, violão, um violão de 12 cordas, banjo, piano e um tambor. Mas para alguém que sabe fazer muito, pode ser surpreendente saber para quão poucos lugares ela pode ir. Ela fica no topo de um pico de erros potenciais em cada direção. Como uma jovem mulher fazendo principalmente músicas para meninas jovens, a Srta. Swift tem que encontrar maneiras de crescer e não deixar aqueles que a seguem cambaleando.
Ela utiliza gêneros como um catalisador. Ela refez “You Belong With Me”, um de seus hits mais antigos, em uma harmonia de grupo de meninas dos anos 60. No final de “Stay Stay Stay”, ela cantou um pedaço de “Ho Hey”, do grupo folk-pop The Lumineers. Como Sr. Sheeran, The Lumineers são frutos maduros do pop-rock. Mas também, além de Mean, uma música bluegrass sobre modéstia que se tornou um de seus hits principais, Srta. Swift não está tentando soar orgânica.
Ainda assim, é quase certo que ela não se tornará uma Madonna ou uma Katy Perry. Provavelmente ela vai florescer como uma Natalie Maines, uma Alanis Morissette, uma Patty Griffin, uma Kathleen Hanna. Srta. Swift ainda não está pronta para escolher –ela ainda tem arenas para lotar, e ansiedades próprias para controlar. Isso ficou claro a partir de algumas músicas no fim da noite, ambas assassinatos a laser de meninos nada do bem.
Primeiro foi “I Knew You Were Trouble”, uma das melhores canções pop dos últimos meses, e a declaração mais flagrante da Srta. Swift sobre seu relacionamento cada vez mais evanescente com a música country. É uma música feroz que já fez mais para a introdução do dubstep para novos ouvidos do que todos os Electric Daisy Carnivals juntos.
Isso foi seguido, na transição mais esperta da noite, por “All Too Well”, que Srta. Swift cantou vividamente no piano, canalizando sua Carole King interna. Seu rosto estava estampado em uma grande tela, e mostrou uma emoção obscura muito crível. Quando ela se lembrou de um ex, “You tell me about your past/Thinking your future was me,”, ela escarneceu visivelmente.
Foi o momento em que a criança moldou seu interior macio para se tornar uma adulta. Sem lágrimas. Sem suor.

Tradução e Adaptação: Lívia Corrêa – Equipe TSBR





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