25 de outubro de 14 Autor: Taylor Swift Brasil
The Guardian elogia o 1989

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Continuando com a leva de análises e críticas ao mais novo álbum de Taylor, o aclamado jornal inglês The Guardian publicou o seu ponto de vista. Na opinião de seu escritor, Taylor se destaca das demais artistas do cenário pop atual. Confira o que mais foi dito:

Léguas na frente da concorrência

Por que as pessoas levam Taylor Swift muito mais a sério do que os seus colegas? Ótimas músicas, mudanças inteligentes de frases e uma falta marcante das banalidades vazias do pop ajudam.

Aos 24 anos, Taylor Swift habita algo como que uma posição única dentro do firmamento do pop adolescente. Não é somente o fato da sua imensa popularidade, mesmo que a completa devoção de seus fãs possa te assustar um pouco: mais cedo nessa semana, quando Swift lançou uma faixa que consistia de oito segundos de som estático no iTunes – o resultado de um problema, e não um direcionamento radical para os novos power-eletrics influenciada pelo Right to Kill-era White House e o Genocide Organ – seus fãs no Canadá compraram em quantidade suficiente para que se tornasse número 1. É mais do que isso que faz com que a música de Swift atraia o tipo sério de atenção critica que não é dedicada a quase nenhum de seus colegas. Você não vê muitos artigos sábios no The New Yorker sobre o trabalho musical da inimiga mortal de Swift, Katy Perry. Nenhum novelista consagrado se sentiu estimulado a pegar as páginas do Salon para defender o fato de que ele não gosta da Jessie J, o que Rich Moody fez depois de expressar o seu desgosto por Swift.

Em um nível, isso foi irrelevante. Com o que a vasta maioria dos fãs de Swift – os jovens no Instagram a quem Swift, de acordo com a medonha biografia fornecida por sua gravadora, representa “uma amiga leal, feroz protetora dos corações e uma das grandes embaixadoras do poder de ser você mesmo” – se importam se os seus gostos foram ungidos pelo The New Yorker? Mas, por outro lado, é intrigante: o que existe na música de Swift que faz com que seja um caso a parte desta maneira?

A primeira vista, sua quinto álbum não oferece nenhuma resposta óbvia. 1989 foi largamente promovido como sendo o primeiro disco puramente pop de Swift, o disco em que ela finalmente se livra dos últimos vestígios remanescentes de suas raízes como uma jovem estrela de Nashville. Mas isso não diz muito, sendo que você precisaria de um microscópio eletrônico para detectar algum vestigio remanescente em seu antecessor, Red. Muito se diz de Swift como uma cantora e compositora autossuficiente, mas dessa vez os créditos se parecem como os créditos de qualquer álbum pop: representantes da máquina produtora de sucesso Escandinava (Max Martin, Shellback), de clandestino um membro de uma banda de indie-rock que é proeminente (Jack Antonoff do fun.), um produtor de EDM se arriscando no mundo do pop (Ali Payami), o onipresente Greg Kurstin, dos sucessos de Lily Allen, Lana Del Rey, Ellie Goulding e Kylie Minogue.

Dado os atores, você esperaria que o 1989 fosse um produto extremamente polido, o que sem dúvidas é. Até mesmo as faixas menos interessantes se parecem com hits, o que é para isso que pagam Max Martin: ao seu melhor, o 1989 cresce nas melodias inegáveis e em refrões grandes e perfeitamente construídos e em poderosos ganchos. Seu som é uma releitura do tipo de pop-rock que tocava MTV no final dos anos 80, exemplificado por “Rush Hour” de Jane Wiedlin. É ousado o suficiente em sua homenagem para pegar um som vintage até então evitado pelos revivalistas dos anos 80 – o efeverscente som cativante que preenche estádios que todos os artistas eram legalmente obrigados a usar na última metade da década faz uma reapariçõ em I Wish You Would – mas não é tão escrava que impede todo o resto: I Know Places é poderosa pelas interrupções influênciadas por batidas e baixos. O single, Shake it Off, apresenta uma batida parecida com de My Sharona colocada contra sintetizadores de hip-hop. As batidas eletrônicas alternadas e pulsantes de Style e Clean marcam o 1989 como um álbum feito no resultado de Random Access Memories e a trilha sonora de Drive, por Cliff Martinez.

Mas o que realmente chama atenção sobre o 1989 é como Taylor Swift completamente domina o álbum: Martin, Kurstin e todos fazem álbuns polidos de pop para adolescentes todos os anos, mas eles raramente são tão espertos ou afiados ou tão perfeitamente afinados como aqui, o que sugere que essas qualidades foram trazidas ao projeto pela mulher que leva o nome na capa. Como compositora, Swift tem uma consciência sagaz de sua audiência e da história do pop. Ela evita as banalidades vazias normais sobre apoderamento e tolices sem sentidos sobre a área VIP numa balada ao invés das narrativas inspiradas em Springsteen sobre escapadas e a forma de fatalismo do romance condenado do qual os grupos de meninas dos anos 60 se preocupavam: os protagonistas de I Knew Places não terminam sendo tirados sem vida de um acidente de carro, como teriam se diferentes Shangri-Las estivessem encarregados do processo, mas eles parecem que podem ser, a qualquer momento.

Ela também tem uma habilidade em mudar clichês até que eles soem originais. Shake It Off tem como assunto a grande peste do pop de todos os tempos, os haters, mas ela evita a frase comum – a frágil insistência de que a sua presença de alguma maneira contribuiu para a força interna do artista – em favor de sugerir que você apenas os ignore. Se você for do tipo de pessoa que descreve as músicas pop como “meta”, você poderia aplicar o termo a How You Get the Girl, uma esperta lista de tarefas do tipo de banalidades de canções de amor que os colegas de Swift podem facilmente colocar de lado sem mais nem menos. Se Wildest Dreams tem um toque de Lana Del Rey, existe algo extremamente animador sobre a maneira com que Swift transforma a personalidade do apêndice femino patético que choraminga sobre o seu namorado bad-boy. Aumentando o melodrama  com batidas inspiradas em Be My Baby, Wildest Dreams coloca o homem como a vitima, condenado a passar o resto de sua vida assombrado pelo o que ele descuidadosamente perdeu.

“A seca foi o pior”, ela canta no começo de Clean. Não é só que essa é uma frase um tanto quanto chocante para começar uma música pop, é que você não consegue imaginar nenhum dos concorrentes de Taylor Swift revelando alguma coisa que chegue perto disto. Seja porque eles não poderiam se incomodar – você teria que ter muita má vontade de não ouvir o distinto, e depressivo, ar de “isso vai bastar?” que atualmente atravessa a música pop – ou porque eles não conseguiriam, é debatível. De qualquer maneira, no 1989 os motivos pelos quais ela recebe o tipo de respeito que é negado aos seus colegas são abundantemente óbvios.

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