18 de outubro de 12 Autor: Airton Vieira
Taylor Swift fala sobre ‘Red’ ao USA Today

O USA Today se encontrou com nossa loirinha para ouvir o que ela tinha a dizer sobre seu novo álbum, Red, que será lançado no próximo dia 22. Na matéria abaixo, Taylor fala sobre as mudanças visíveis nessa nova fase de sua música, trabalhar com novas pessoas, e as inspirações para escrever as músicas, confira:

NASHVILLE – Apenas fora do centro, Taylor Swift está se preparando para uma apresentação, cantando com sua banda We Are Never Ever Getting Back Together em uma sala de ensaios local. Com todos os instrumentos elétricos rodando direto de uma mesa de som e fones de ouvido para os músicos, as únicas coisas audíveis são as vozes de Swift e suas backing vocals, violão e bateria.

Dessa forma despojada, privada de toda produção extra que trouxe para o single com a dupla sueca Max Martin e Shellback, “Never Ever” soa mais como uma música folk do que a mistura espumosa que teve o maior número de vendas digitais da semana  de uma música feita por uma mulher  segundo dados da Nielsen SoundScan. Ela ainda mantém a sua qualidade melódica essencial, porém, com uma batida que fica na sua cabeça e se recusa a sair.

Isso é exatamente o que Swift tinha em mente.

Mais tarde, em uma sala, a cantora de rabo de cavalo chama Never Ever  de “um retrato definitivo de como eu me sentia quando eu finalmente parei de me importar com o que meu ex pensava de mim.” Mas Swift ainda tinha a vingança reservada para o cara que “me fez sentir como se eu não fosse tão boa ou tão relevante como essas bandas modernas que ele ouvia.”

“Então eu fiz uma música que eu sabia que iria levá-lo à loucura quando ele ouvisse no rádio. Apenas não esperaria que a toucassem muito,  por isso que ele tem que ouvi-la, mas é o oposto do tipo de música que ele estava tentando me fazer sentir inferior. ”

E por que Swift quer fazer um single projetado especificamente para atormentar alguém?

“Porque é divertido.”

Além de agir impulsivamente para conduzir os ex-namorados à uma loucura auditiva, Swift continua a fazer avanços artísticos dramáticos em “Red”, o quarto álbum de estúdio da cantora de 22 anos, será lançado na segunda-feira. Suas letras são menos propensas a assumir um tom petulante, ela está menos apta para brincar com a vítima, mais disposta a possuir até um papel como participante voluntária nos relacionamentos, mesmo os que não são saudáveis.

Red também mostra Swift expandindo seu vocabulário musical. Ela gravou duetos com o cantor/compositor britânico Ed Sheeran e Gary Lightbody do  Snow Patrol. Depois de gravar seus três primeiros álbuns em Nashville com Nathan Chapman, ela trabalhou com sete conjuntos de produtores, incluindo Chapman, em 16 faixas do Red.

“Foi quase como um aprendizado”, diz ela.

Esse impulso de colaboração cresceu nela durante 2011-2012 na Speak Now World Tour, em que ela fez covers de diferentes músicas em quase todas as cidades e convidou artistas como Justin Bieber, Nicki Minaj, Usher e James Taylor para cantar no palco com ela.

“Nós nos divertimos tanto trazendo outros artistas e deixando passar seus estilos para nossas performances, cantando suas músicas tornando-as uma espécie de dueto,” Swift diz. “(Então) É apenas um sentimento natural querer que este seja um álbum feito em grupo.”

“Escrever Speak Now foi uma experiência muito solitária. Ele acabou sendo algo que eu estava tão orgulhosa, mas foi uma dinâmica muito diferente do que receber mensagens de texto de 12 pessoas quando algo de bom acontece.”

Antes da turnê em março, Swift já tinha parte do material do álbum pronto. Apenas cerca de metade dessas gravações feitas estão na versão final de Red.

“Durante o Speak Now, quando eu fui (ao cabeça da gravadora) Scott Borchetta e disse, ‘álbum acabado,’ ele disse, ‘Não, não está. Você precisa continuar escrevendo.’ Com Red, ele veio a mim em janeiro e disse: ‘Eu acho que o álbum está terminado.” Desta vez, eu disse, ‘Não, não está. Eu preciso continuar escrevendo.”

Nesse ponto, ela foi até Chapman, com quem ela tinha vendido 16 milhões de álbuns, e disse-lhe que queria trabalhar com outros produtores também.

“Eu a encorajei a sair e testar a si mesma em outras situações”, diz Chapman, que co-produziu metade das canções de Red. “Seu trabalho artístico é tão forte que eu não estava preocupado se ela trabalharia com outras pessoas que ela iria diversificar seu som. Estava mais animado por outras pessoas terem o som de Taylor em suas coisas.”

Swift acabou escrevendo e produzindo canções não só com Martin e Shellback, mas também com Jeff Bhasker (Fun, Kanye West) e Dan Wilson (Adele, The Dixie Chicks). Butch Walker, que já fez cover de You Belong With Me, produziu Everything Has Changed, dueto de Swift com Sheeran, enquanto o  produtor do  Snow Patrol, Jacknife Lee produziu The Last Time, seu dueto com Lightbody. Dann Huff, que já produziu Keith Urban e Rascal Flatts, trabalhou com Swift e Chapman em três canções.

“Eu escolhi os artistas e os produtores porque eu gosto do estilo deles.”, diz Swift. “Eu não os escolhi porque eu queria forçar meu estilo com o deles, escolhi porque eu queria aprender com eles, então eles são colaboradores de verdade, não é apenas alguém cantando uma das minhas músicas que soa como uma das minhas músicas. É uma verdadeira mistura das duas influências. ”

No álbum resultante, Swift parece menos a cantora country/pop de músicas como Our Song e Mean e mais como a mulher jovem uma vez obcecada com Dashboard Confessional, que agora anda ao lado de Selena Gomez e Hot Chelle Rae. Swift sempre teve uma carta de coração na manga com a melodia punk-pop executada apenas sob os sons de guitarras e banjos, mas mostra isso com mais destaque em Red.

Red começa e termina em notas romanticamente esperançosas como State of Grace e Begin Again, respectivamente. “This is the golden age of something good and right and real”, ela canta em State of Grace. Mas a história de Swift com os homens sendo o que são, as coisas vão para o sul rapidamente.

Cronologicamente, o álbum começou com All Too Well, uma canção que ela escreveu há quase dois anos com Liz Rose, uma de suas primeiras e mais regular co-autora. A música veio depois de uma seca de seis meses sem escrever que se seguiu de uma relação particularmente tóxica.

“Há uma tipo de sentimento que se torna tão insuportável que nem se consegue até escrever sobre isso”, ela diz sobre esse tempo. “Quando você sente a dor  de um passado disfuncional tão longe, que te deixa com tantas emoções que você não consegue filtrá-las em uma simples emoção de escrever, é quando você sabe que você realmente precisa sair disso.”

Outra faixa, Treacherous, escrita com Wilson, é uma das músicas mais abertamente sexuais já escritas por Swift e inclui o trecho: “I’ll do anything you say if you say it with your hands.”

“Essa música era sobre uma pessoa que eu sabia, desde o minuto em que eu o vi, que iria terminar em destroços, queimando em ruínas.” diz ela. “Há algo sobre essa atração magnética que realmente não tem como resistir. Você vai para lá de qualquer maneira.”

Após uma sequência de maus relacionamentos, Swift diz: “Eu posso dizer que eu honestamente prefiro ser feliz do que ter 30, 40 músicas que eu escrevi sobre estas emocionantes, excitantes, horríveis, momentos infelizes. Conheço as bandeiras vermelhas, e eu afasto-me delas, porque eu tenho uma prioridade em ser feliz.”

“Em algum momento, você cresce e deixa de ser atraído por aquela chama que queima você de novo, e de novo. Felizmente, eu ainda não tinha aprendido essa lição quando escrevi essa música.”

Como de costume, Swift evita discutir identidades quando se trata de assuntos do novo material. Perguntado sobre a relação dela com, Conor Kennedy, de 18 anos de idade,  filho de Robert F. Kennedy Jr., ela fica praticamente sem palavras.

“Eu gosto da maneira como as histórias de meus relacionamentos soam nas música mais do que a forma como eles o imprimem, em colunas de fofocas ou em me fazer falar sobre eles em entrevistas”, diz ela. “Eu acho que é a melhor maneira de contar as histórias.”

Além disso,  Swift declina em discutir o relacionamento atual, ela acredita que os fãs vão entender a história eventualmente.

“Meus fãs, não me sinto como se eu escondesse alguma coisa deles”, diz ela. “Eles sabem o que eu estou passando agora, eles vão ouvir sobre isso em uma música algum dia. Eles vão ouvir a história real. Com um pouco de atraso de tempo. Elas [as músicas] não são tão instantâneas como ir em um blog de fofocas. Mas são muito mais precisas. ”

Além de We Are Never Ever Getting Back Together, Swift já lançou quatro outras músicas para o iTunes: Red, State of Grace, Begin Again e I Knew You Were Trouble. Juntas, elas descrevem o álbum, musicalmente e tematicamente, deixando várias surpresas para o lançamento do álbum. No entanto, ao você ouvi-las, verá que não há muito country.

Fãs de Swift, que também gostam de música country podem amar Red, mas os fãs de música country que também gostam de Swift poderão não achá-lo tão atraente. A mistura country de We Are Never Ever Getting Back Together, ficou no nº16 no chart das paradas country do USA Today logo após seu lançamento. (Está em 3° no Top40 do chart da USA Today agora)

“Seu single não foi recebido com muito carinho por nosso público”, diz Gregg Swedberg, diretor de programa do country na  estação KEEY-FM em Minneapolis. “Eu honestamente acredito que este álbum é tão bom ou melhor do que o última era. Isso não significa que ele esteja tão bom para o country como o último foi.”

Para os fãs de Swift, no entanto, ele tem praticamente seu próprio formato. Ela já vendeu mais de 3,8 milhões de downloads de Red, e a expectativa para o lançamento do álbum mostra uma vontade por parte de seu público para ouvir mais de seus novos rumos.

“Eu cresci no sentido que eu permiti  que minhas influências se infiltrassem mais em minha música”, diz Swift. “Ir para o estúdio com produtores que eu nunca tinha trabalhado antes foi definitivamente uma maneira de me esticar musicalmente. Eu sabia que não poderia fazer a mesmo gravação duas vezes. Quer dizer, eu poderia, mas eu não quero. Com os meus fãs, eu tenho estabelecido um nível de confiança, e parte do que confiança é que eu realmente não posso decepcioná-los. “

Fonte: USA Today
Tradução e adaptação: Louise – Equipe TSBR





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