24 de julho de 20 Autor: Julia Cardoso
Review: Taylor Swift é a melhor compositora de sua geração

Review feita pela revista Attitude e traduzida pela Equipe TSBR.

De um pop do tamanho de um estádio para canções introspectivas, a estrela está no auge de seu poder de composição em seu oitavo álbum surpresa. A quarentena parece ter trazido o melhor de Taylor Swift, pois ela produz, muito possivelmente, seu melhor trabalho até hoje.

O álbum surpresa Folklore, que foi lançado na sexta-feira (24 de julho) com menos de 24 horas de antecedência desde seu anunciamento, renuncia o pop do tamanho de um estádio por algo mais calmo e rico que penetra raízes profundas.

Andando de mãos dadas com a arte de Swift vagando pela floresta, o disco se encontra entre música folclórica, indie e eletrônica, aproveitando colaborações com Bon Iver e Aaron Dessner, do The National.

Um caso muito mais íntimo, silencioso e escasso do que Lover de 2019, a mais recente obra de Swift ilumina os diferentes tons de suas habilidades de composição de canções, como se fossem parte de um diário.

The 1′ é uma mensagem para aqueles que foram embora: “Mas nós éramos alguma coisa, você não acha? / Anos vinte ruidosos, jogando centavos na piscina / E se meus desejos se tornassem realidade, eles seriam você”

Passamos perfeitamente para ‘Cardigan’, inspirada, pelo que parece, pelo namorado, Joe Alwyn. A música é impulsionada por notas no piano e cordas arrebatadoras. “Quando me senti como um cardigã velho debaixo da cama de alguém / você me vestiu e disse que eu era a sua favorita”, ela canta. Uma viagem mais amarga pela memória é percorrida em ‘Exile’, o dueto melancólico de Swift com Bon Iver, também conhecido como Justin Vernon, sobre dois ex-amantes que se viram depois de um rompimento: “Eu posso ver você olhando, querida / Como se ele estivesse te substituindo / Como se você tivesse suas juntas sangrentas.”

Enquanto isso, a assustadora ‘My Tears Ricochet’ –  reflete sobre uma figura atormentada do passado. “Se eu estou morta para você, por que você está no meu caminho?”, ela reflete. “Você teve que me matar, mas isso te matou da mesma forma.”

Explicando seu álbum, Taylor observa que as “linhas entre fantasia e realidade se confundem”. Swift também se apresenta como amante em ‘Illicit Affairs’ e em um acompanhamento mais sutil do ano passado ‘The Man’, ela protesta em ‘Mad Woman’. Os fãs LGBTQ do ícone pop também estão intrigados com ‘Betty’, que fala: “Se você me beijar, será como eu sonhei? Será que vai consertar suas asas quebradas? Tenho apenas 17 anos, não sei de nada, mas sei que sinto sua falta.” E tem riffs de gaita. Como não gostar? Sim, o álbum é um pouco longo demais, mas Swift fornece mais uma prova de que ela é a mais talentosa compositora da música.

Avaliação: 9/10





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