Nathan Chapman, produtor que ganhou o Grammy de Álbum do Ano por “Fearless” junto com Taylor Swift, deu uma entrevista para o MusicRadar contando como é a experiência de trabalhar com ela. Confira a tradução:
Quando Nathan Chapman ganhou o Grammy de Álbum do Ano em 2010 por co-produzir o disco multi-platinado “Fearless” de Taylor Swift, ele viu o feito não só como uma honra mas também um sinal de que era hora de continuar investindo na carreira.
“Foi legal de ter algo como isso acontecer tão cedo na minha carreira”, diz Chapman. “Me possibilitou ver quais são os limites. Mas ganhar o Grammy não apagou meus sonhos. Me deu mais objetivos para alcançar. Eu fiquei ‘OK, gostaria de fazer isso de novo algum dia'”.
Isso pode acontecer mais cedo do que ele pensa: Chapman co-produziu o álbum Red (2012) de Swift, o qual foi indicado para ambos Melhor Álbum Country e Álbum do Ano.
Chapman, de 36 anos, começou a trabalhar com Swift em 2004, quando ele era um guitarrista de sessões que tocava em demos e a futura estrela tinha 14 anos e aspirava ser cantora e compositora. Começando com o álbum auto intitulado de Taylor em 2006, Chapman co-produziu todos os seus álbuns, criando um novo paradigma para o som da mistura de country e pop (guitarras marcadas e definidas, violinos e violões de aço, grandes batidas e refrões que roubam a cena) e aumentando as vendas em exorbitantes dezenas de milhões.
Você começou fazendo sessões como guitarrista antes de entrar na produção?
Eu trabalhei bastante em estúdios quando era mais novo, mas me distanciei quando fui para a universidade, meio que precisava de um tempo. Quando voltei, percebi que poderia fazer ótimas demos para compositores. Minha esposa é compositora e estava trabalhando na mesma companhia na qual Liz Rose trabalhava. Liz e Taylor compuseram muitos dos primeiros hits juntas. Eu me tornei meio que o cara das demos para vários compositores. Quando Taylor e eu começamos a trabalhar juntos, ela tinha só 14 anos, e era só outra compositora no meu mundo de fazer demos.
Mas o que te marcou sobre ela? Ela era muito nova, mas obviamente tinha alguma coisa diferente sobre ela.
Eu achava a forma com que ela compunha brilhante, e eu estava rodeado pelos melhores compositores que podia estar naquela época como produtor. Estava perto de Liz Rose, minha esposa Stephanie Chapman, Lori McKenna, Brandy Clark. O grupo do qual eu fazia demos era simplesmente incrivel.
Taylor já era impressionante. Um de seus grandes hits do primeiro álbum chama-se “Our Song”, e ela escreveu sozinha. Se você analisa a letra do refrão – “Our song is a slamming screen door, sneakin’ out late, tapping on your window’ – é como, todos os sons do relacionamento fossem a música. Isso é super inteligente, coisa brilhante. Como um jovem produtor querendo trabalhar com as melhores canções que eu pudesse ter, eu era como “eu lido com isso”. Essa foi a primeira coisa que me marcou sobre a Taylor, a composição.
Sendo que você é um guitarrista, quando foi produzir para a Taylor, qual era a sua visão para o som das guitarras nas gravações?
Muitas vezes produtores acabam pegando o que o compositor escreveu e transformam em algo diferente porque pensam que precisa ser diferente. Alguns produtores são como: “Aqui está a canção, aqui está a produção”. Comigo, é só: “Essa é a canção”. Eu queria que a produção desaparecesse na visão dela do que a música deveria ser.
Eu só pensava que as músicas da Taylor precisavam ser mais grandiosas. A ideia era manter o coração e a alma das músicas e fazê-las maiores, adicionando baterias, baixos, overdubs, percurssões e harmonies, mas não fazê-las diferenes. Penso que o som daquelas duas ou três primeiras gravaçõess que fizemos juntos é a alma e o coração do que ela compôs e a versão grandiosa do que ela cantou para mim, só ela e seu violão. É o que ouvi em minha cabeça, mas tentei não fazer diferente do que ela sentiu enquanto escrevia.
Agora, sem dúvida nenhuma, você ensinou algumas coisas a Taylor enquanto trabalhavam juntos, mas estou curiosa: o que ela te ensinou?
A como compor uma música, basicamente. Mas uma das maiores coisas, foi algo bem interessante: Quando fizemos o Speak Now, existiam várias músicas de 5, 6 minutos no projeto. Em uma hora, aquilo parecia muito arriscado, porque você não quer que quem está ouvindo se sintam escutando a uma música comprida. Mas quando a vi ensaiano, e vi como ela construiu um show a partir daquelas músicas, eu fiquei tipo: “Ohh, agora eu entendi”. Ela tinha todo esse show em sua cabeça quando compôs as músicas. Ela tinha uma visão.
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