“Miss Americana” – que traça a ambiciosa ascensão musical de Taylor Swift – é igualmente sobre sua evolução de uma popstar neutra e viciada em aprovação para uma artista aliada a causas sociais e confiante. Ao longo do caminho, Taylor também encontra paz e felicidade em sua vida pessoal. É um retrato totalmente satisfatório e honesto de uma jovem artista no auge de seus poderes.

1. Taylor Swift revelou que tinha distúrbio alimentar.

Depois de passar por uma enorme multidão de fãs e paparazzi do lado de fora de seu apartamento em Tribeca para entrar em uma limusine – “meu jardim da frente”, Swift chama – ela fala sobre ser fotografada. “Não é bom para mim ver fotos minhas todos os dias”, diz.

E continua: “Tenho tendência a ser desencadeada por alguma coisa, seja uma foto minha onde sinto que minha barriga estava muito grande, ou alguém disse que eu parecia grávida ou algo assim. Isso vai me fazer…”, ela faz uma pausa, “morrer de fome um pouco. Apenas parar de comer.”

Ela lutou contra esses sentimentos e está determinada a comer bem e ser forte: “Estou muito mais feliz com quem sou. Não me importo tanto se alguém apontar que ganhei peso. É apenas algo que torna minha vida melhor.”

Para a Variety, em sua capa de dezembro de 2019, Taylor disse: “Eu não sabia se me sentiria confortável em falar sobre imagem corporal e sobre as coisas pelas quais passei em termos de como isso tem sido prejudicial para mim – minha relação com a comida ao longo dos anos.”

“Lembro-me de que, aos 18 anos, foi a primeira vez que fui capa de uma revista”, diz ela. “E a manchete era tipo ‘Grávida aos 18 anos?’ E foi porque eu tinha usado algo que fazia com que minha barriga não parecesse plana. Então eu apenas registrei isso como uma punição. E então eu entrava em uma sessão de fotos e estava no camarim e alguém que trabalhava em uma revista dizia: ‘Nossa, isso é tão incrível que você pode caber nos tamanhos das amostras. Normalmente temos que fazer alterações nos vestidos, mas podemos tirá-los da passarela e colocá-los em você!’ E eu olhei para isso como um tapinha na cabeça. Você registra isso várias vezes e começa a acomodar tudo em termos de elogios e punições, incluindo seu próprio corpo.”

2. Taylor fala sobre sua batalha judicial e política

Taylor Swift alegou que em 2013 um DJ do Colorado colocou a mão sob a saia dela durante uma sessão fotográfica; em 2015, ele a processou por fazer com que ele fosse demitido. Taylor o processou por US$ 1, e o júri acabou ficando do lado dela. Mas ela achou a experiência angustiante – e mudou sua vida.

“Eu realmente não conseguia parar de pensar nisso. E pensei comigo mesma: ‘Da próxima vez que houver alguma oportunidade de mudar alguma coisa, é melhor você saber o que defende e o que quer dizer.’”

Contra a vontade de sua equipe – especialmente de seu pai, que teme por sua segurança – Swift postou o agora famoso post do Instagram antes das eleições de 2018, nas quais ela apoiou os candidatos democratas que concorriam ao Senado e ao Congresso no Tennessee.

Nessa conversa, Swift diz ao pai que está triste por não ter se manifestado contra Donald Trump em 2016. “Não posso mudar isso. Preciso estar do lado certo da história dessa vez. Pai, preciso que você me perdoe por fazer isso, porque estou fazendo isso”, diz Swift. 

“Quando eu não falava sobre política, era aplaudida por isso”, diz ela. “Foi insano. Eu disse uma vez: ‘Sou uma garota de 22 anos – as pessoas não querem ouvir o que tenho a dizer sobre política’. E as pessoas falaram,  ‘Simmm!’”

3. A situação de 2016 e 2009

No vídeo que Kim Kardashian editou e postou em 2016, você pode ouvir Taylor, que gostava de agradar as pessoas, agradecendo-lhe timidamente por avisá-la sobre a frase “Eu e Taylor ainda podemos fazer sexo. Por quê? Eu tornei aquela vadia famosa.”

Essa é uma referência ao momento em que Kanye West a interrompeu e roubou seus holofotes no VMAs de 2009, seis anos antes, quando ela estava no meio de um discurso de aceitação. Na época, ela chegou a achar que a plateia estava vaiando ela, e não Kanye.

Taylor reconhece o quão formativos ambos os incidentes foram em sua vida, para o bem e para o mal. “Quando era uma adolescente que só estava na música country, participando da minha primeira premiação pop alguém se levantou e me mandou a mensagem: ‘Você não é respeitada aqui. Você não deveria estar aqui neste palco.’ Essa mensagem foi recebida e penetrou em minha psique mais do que qualquer um poderia imaginar… Isso pode levar você a uma de duas maneiras: eu poderia simplesmente ter me enrolado e decidido que nunca mais iria a um desses eventos ou poderia trabalhar mais do que qualquer um espera, e tentar coisas que ninguém esperava, e lutar por esse respeito – e esperar que um dia consiga.”

“Mas então, quando aquela pessoa que despertou todos esses sentimentos volta à sua vida, como fez em 2015, e eu senti que finalmente consegui esse respeito (de West), logo percebi que para ele era sobre ele criar alguma história revisionista onde ele estava certo o tempo todo, e era correto e decente ele se levantar e fazer isso com uma adolescente…”

4. A luta de sua mãe, Andrea, contra o câncer

Taylor Swift já havia abordado a incerteza dessa luta em uma música angustiante no álbum “Lover”, “Soon You’ll Get Better”. Muitos que assistiram “Miss Americana” procuraram sinais de como sua mãe estava. O assunto surge em uma cena do filme que inclui um momento relativamente alegre em que é mostrado que uma das maneiras de Andrea dizer “dane-se” ao câncer foi adotar um canino – sua “cachorra do câncer”- em uma família famosa por ser amiga dos felinos.

Para a Variety, Taylor disse que um dos motivos pelos quais a Lover Fest – turnê cancelada do álbum “Lover” – foi marcada para apenas alguns shows e festivais no verão de 2020, foi a preocupação com a saúde de sua mãe. “Quer dizer, não sabemos o que vai acontecer. Não sabemos que tratamento vamos escolher. Foi apenas a decisão a tomar pelo que está acontecendo.”

No caso dela, é como se sua empresária tivesse adoecido gravemente, assim como a pessoa de quem ela sempre foi mais próxima, de uma só vez. “Todo mundo ama sua mãe; todo mundo acha sua mãe importante. Mas para mim, ela é realmente a força orientadora. Quase todas as decisões que tomo, falo primeiro com ela sobre isso. Então, obviamente, foi muito importante falar sobre a doença dela.” Durante as filmagens, quando o câncer de Andrea voltou pela segunda vez, “ela estava passando por quimioterapia, e isso já é algo bastante difícil para uma pessoa passar”. Depois ficou mais difícil. Swift revelou calmamente, em 2019: “Enquanto ela estava em tratamento, eles encontraram um tumor cerebral. E os sintomas pelos quais uma pessoa passa quando tem um tumor cerebral não são nada parecidos com os que já passamos com o câncer antes. Então tem sido um momento muito difícil para nós como família.”

5. Suas revelações sobre como é difícil ser uma artista feminina na indústria musical

Taylor Swift descreve ser mulher como “torcer-se como um pretzel de hora em hora”. “As artistas mulheres que eu conheço se reinventaram 20 vezes mais do que os artistas homens. Elas precisam fazer isso, ou então você fica desempregada.”

“Essa é provavelmente uma das minhas últimas oportunidades como artista de atingir aquele tipo de sucesso. Então, como estou completando 30 anos, quero trabalhar duro enquanto a sociedade ainda tolera que eu seja bem sucedida”, diz Taylor em uma das últimas cenas no documentário. Com os olhos lacrimejando, ela comenta sobre estar envelhecendo e acreditar que isso seja um dos motivos pelos quais inúmeras artistas femininas acabam por perder os olhares da mídia.

Taylor também expressa o desejo de abraçar tanto sua feminilidade quanto suas ideias feministas. “Quero amar glitter e também defender os padrões duplos que existem em nossa sociedade”, declara ela. “Quero usar rosa e dizer como me sinto em relação à política. E não acho que essas coisas devam se anular.”

Além disso, sua honestidade com a a necessidade de se alimentar de aplausos é surpreendente e Swift lida com isso desde muito cedo e com frequência. Refletindo sobre seus diários de adolescente de 2003, ela admite: “Eu precisava ser considerada boa e fazer a coisa certa”. Ela se esforçou para receber aqueles tapinhas de aprovação em sua cabeça e sabe que sua imagem como uma estrela de Nashville com cabelos cacheados e uma expressão boazinha ajudou em sua ascensão. Ainda assim, sua empolgação ao se ouvir no rádio era genuína.





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