Afinal, o que é e qual a importância dos “masters” (ou, simplesmente, originais) para um artista?

O assunto é um tanto quanto técnico e particular da indústria musical, mas caiu na boca de todos depois que Taylor publicou uma carta criticando a venda da sua antiga gravadora, Big Machine Records, para o empresário Scooter Braun.

O principal motivo disto seria o fato de Taylor não aprovar atitudes de Scooter no passado e, agora, ele ser o responsável pelos “masters” dos seus primeiros seis álbuns.

Obviamente, eles são alguma coisa importante. Mas que tipo de poder Scooter tem agora? Nós explicamos:

Durante décadas, as gravadoras se aproveitaram do poder de sedução que um contrato de dedicação integral à carreira musical pode ter para retirar direitos autorais de artistas. Hoje em dia, as coisas já mudaram. Não é mais necessário sacrificar o controle criativo ou propriedade para se ter uma carreira.

Em vários contratos tradicionais, um artista abre mão dos direitos dos seus originais — ou seja, os direitos das suas gravações — para uma gravadora por um intervalo determinado de tempo ou por toda a duração do direito autoral. Em contrapartida, a gravadora fornece um adiantamento para o artista que é pago com os royalties.

Isso pode parecer comum, e é até bom para muitos, mas neste método tradicional, o artista fica proibido de lançar gravações em outros lugares com outros parceiros, gravadoras ou até artistas, em alguns casos. E qualquer gravação feita pelo artista sob contrato é de propriedade da gravadora — possivelmente para sempre.

Algumas vezes, os artistas tem a oportunidade de comprar suas músicas, ou catálogo por um preço, mas se eles ainda não tiverem pago o seu adiantamento, os gastos podem chegar a preços exorbitantes.

Se você é dono do original das suas gravações, você tem o controle criativo e é livre para escolher onde quer lançar, a maneira com que você quer lançar e em quais canais você vai lançar as suas músicas. Para um artista, ser dono dos seus masters significa ter vantagem nas negociações com gravadoras, podendo obter os melhores termos e controles.

Ou seja, com o catálogo de Taylor em mãos, Scooter Braun pode utilizar as gravações, composições e vídeos da cantora desde seu primeiro álbum até o “Reputation” como quiser, restando para Taylor os direitos de publicação da música e os royalties que derivam deles. Além disso, Taylor não possui qualquer direito de tomada de decisão sobre o que ele venha fazer com o que ela criou até hoje. Scooter poderá incluir suas músicas em propagandas, anúncios e até relançar álbuns sem o aval de Taylor,  que não está impedida de cantar suas músicas em apresentações de shows ou gravá-las novamente (assim como fez a JoJo que passou por uma situação semelhante).

Resumindo: uma música tem dois tipos de direitos autorais atrelados. O dos masters, que é o arquivo original da gravação e para produzir cópias você precisa desta gravação original. A outra metade representa a composição da música: letras, melodias, estrutura e tudo o que diz respeito à concepção de uma canção. Para licenciar uma canção, é necessário da autorização das duas partes.

Fonte: AWAL





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