Nathan Hubbard – chefe da área comercial do Twitter e ex-CEO do TicketMaster – escreveu um artigo em forma de retrospectiva analisando como o ano de 2015 colocou Taylor Swift como uma das maiores popstars da atualidade.
Para Nathan, neste ano Taylor entrou de vez para a história como um dos maiores nomes da indústria musical de todos os tempos.
Leia o artigo abaixo:
Taylor Swift acabou de ter o melhor ano de todos os tempos?
Taylor assume seu lugar ao lado de Elvis, os Beatles, e Michael Jackson no templo das conquistas de artistas musicais em um ano de calendário.
Nos esportes, a comparação entre gerações dos grandes nomes históricos sustenta infinitas discussões familiares, podcasts, discussões em rádios e nas mídias sociais, brigas de bar, e briga generalizada entre os fãs jovens e velhos. Por quê? Porque apesar de nossa obsessão moderna com métricas, não há verdade definitiva nessas comparações. Brady vs Montana? Serena vs Graf? LeBron vs Magiac? Enquanto as estatísticas podem ser medidas através de eras, o jogo muda. Os seres humanos evoluem. Apesar de conhecermos grandeza quando a vemos, estamos perpetuamente contrastando a grandeza diante de nós com uma grandeza que veio antes, secretamente sabendo que raramente há uma resposta indiscutível. Nós usamos essas conversas para se conectar uns com os outros. Há espaço para todos no argumento, e aprendemos uns com os outros pela forma como defendemos nossa análise.
Mas na música, nós realmente não temos métricas para usar para comparar estrelas através das gerações. As vendas de álbuns? Não, graças a Shawn Fanning e o Napster. Grammys? Milli Vanilli ganhou uma vez o de ‘Best New Artist’. Venda de ingressos? Há estrelas country que você nunca ouviu falar que cantaram para mais pessoas no ano passado que a maioria das estrelas pop. Mas, como nos esportes, sabemos que um artista no auge de sua grandeza quando a vemos. E quem estava prestando atenção em 2015 reconhece que Taylor Swift acaba de apresentar um dos quatro maiores anos de qualquer artista musical na história.
O 2015 de Taylor Swift
Em 2015 Taylor redefiniu o que significa ser uma estrela. Ela completou sua transição musical do country para o pop, teve o álbum mais falado desta geração, e fez uma turnê pelo mundo em estádios desde Tampa Bay até Xangai. Ela se tornou uma força tão grande que quase todas as noites, outros artistas e personalidades utilizaram seu palco para elevar suas próprias carreiras através de aparições como convidados. Sua plataforma se tornou maior que a da Oprah. Houve algo mais estranho do que Chris Rock desfilando em uma passarela para uma platéia cheia de mães e filhas? E mesmo assim, fez sentido — sua passarela era para todos.
O queridinho do indie-rock, Ryan Adams, não ironicamente fez cover do ‘1989’ inteiro e os lançou, rejuvenescendo a carreira dele no processo. Ela lançou o clipe de ‘Bad Blood’, um filme de ação de cinco minutos com mais participações especiais de pessoas bonitas do que qualquer outro vídeo desde ‘Freedom’ de George Michael nos anos 90 (Cindy Crawford esteve em ambos). O vídeo foi assistido no YouTube mais de 681 milhões de vezes e repercutiu a mensagem sobre o poder e a força do círculo de amigas de Taylor; multi-talentosas, diferentes e unidas. Foi uma cutucada não-tão-sutil em sua rival pop, Katy Perry, se vingando pelo roubo de um dançarino, e uma mensagem clara: não pise em mim.
Ela nos ensinou sobre o perdão, o arrependimento e a compaixão. Ela se reconciliou publicamente com Kanye West — que a desrespeitou ao vivo na televisão há alguns anos e a deixou em lágrimas — enquanto se desculpava pública e seriamente com Nicki Minaj por um desentendimento no Twitter. Ela falou abertamente sobre o diagnóstico de câncer de sua mãe para ajudar seus fãs que passam por lutas similares reforçando suas próprias decisões, contribuindo para suas campanhas no GoFundMe e os conhecendo nos bastidores.
O ar rarefeito no topo onde ecoam os artistas que foram construindo suas longas carreiras durante décadas é respirado por aqueles que mantém o gênio criativo ativo enquanto administram suas próprias marcas como CEOs. Bono é assim. Mick Jagger é assim. Madonna e Shawn Carter comandam companhias que vão bem mais longe do que sua arte. E Taylor Swift tem o melhor instinto para negócios de sua geração. Seu artigo no Wall Street Journal em defesa de seu álbum foi um presságio de uma luta contra os serviços de streamings gratuitos e em apoio aos artistas pequenos que substancialmente foram tirados da industria quase que de um dia para o outro. Sua carta aberta em protesto à Apple – a maior companhia do planeta – imediatamente mudou a politica da companhia, que fez a vontade [de Taylor] ao pagar os royalties mesmo no período de três meses de teste do serviço de streaming da Apple. O sucesso dela engatilhou algo similar quanto aos outros dois grandes lançamentos do ano: Adele e Coldplay, dessa maneira eles usaram este impulso para vender mais álbuns na primeira semana de lançamento do que qualquer outro artista na história da indústria.
O uso engenhoso de Taylor do Twitter, Instagram, Tumblr e YouTube também tem sido bem documentado. Mas seu corpo de trabalho como um todo nas mídias sociais em 2015 foi bem mais do que apenas selfies com fãs (embora ela certamente estabeleceu um recorde). Ela redefiniu completamente a relação artista-fã, habilmente andando na linha entre controlar a mensagem e empoderar sua legião de fãs para falar com sua voz. Seus fãs inventaram a expressão “Taylurking” referindo-se a seus aleatórios likes/retweets/reposts/respostas aos fãs que postam sobre ela online. Ela embrulhou e entregou presentes de final de ano a grupos de fãs. Ela apareceu em um chá de panela. Convidou fãs para suas casas para uma listening party. Ela restabeleceu a norma para as nossas expectativas em torno do acesso aos artistas que amamos.
Num contexto histórico, existem apenas três anos que podem rivalizar com o que vimos Taylor fazer em 2015: o 1956 de Elvis Presley, os Beatles em 1964, e o 1989 de Michael Jackson.
E a partir de agora?
Então é dessa forma que Taylor Swift se mantém à medida que entramos em 2016. Talvez a questão mais interessante agora é saber como ela vai possivelmente superar que acabou de fazer. O que mais resta? E se, como Jack Nicholson disse uma vez, melhor do que isso é impossível? Há boas notícias a este respeito: a partir de um vértice semelhante, todos os seus comparadores nesta análise entregaram destaques criativos e culturais que vivem até hoje. Mas cada artista teve tropeços pessoais e profissionais também. Elvis engordou, os Beatles se separaram, e MJ ficou simplesmente estranho. Há um custo para a grandeza; o impacto de tal conquista global e fama pesa sobre o psicológico humano. Talvez o mais impressionante sobre a Taylor de 2015 foi que, apesar de sua ascensão, ela conseguiu manter-se indiscutivelmente humana. Lembrem disto. É esse lado humano que irá a fortalecer para os tropeços ocasionais inevitáveis que sua vida trará a partir daqui. Se ela poderá enfrentá-los como eles vierem, poderemos talvez olhar para trás e ver estas conquistas como as maiores de todas.
Fonte: Medium.com
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