Taylor Swift foi eleita a Mulher do Ano pela famosa revista Billboard, e além de receber o prêmio ontem (2) em Nova York, a nova edição da revista é totalmente dedicada a ela, onde conta com uma entrevista inédita e várias matérias. Confira esta entrevista traduzida abaixo e logo em seguida todos os scans da revista:

Parabéns por ser a ‘Mulher do Ano’ pela Billboard.
Obrigada. Isso é bem legal.

Apenas há algumas semanas atrás foi o aniversário de cinco anos do seu primeiro álbum, lançado quando você tinha 16 anos. Agora você é a ‘Mulher do Ano’. Onde você se vê nessa escala de menina a mulher?
Crescer nesta posição, fazer música, escrever músicas e fazer com que todos ouçam o que estou passando desde que tinha uns 16 anos, agora estou com 21, prestes a fazer 22… Não haveria maneira melhor. Em uma escala de ser uma menina ou adolescente ou mulher, nunca tentei me rotular sobre qual dessas três eu era. Apenas tentei crescer pelo processo mais natural e gradual que pude e fazer escolhas que eu sinto que foram certas pra mim e pros meus fãs. Se sou uma mulher agora, ou o que quer que seja, cabe aos meus fãs decidirem, não a mim. Eu realmente ainda não senti a necessidade de fazer alguma declaração ousada de maturidade ou fazer o disco “dark”.

Com a honra de ‘Mulher do Ano’, quais são as mulheres que você considera ser os seus modelos, e por quê?
Eu tenho um vários modelos. Faith Hill é um grande modelo. Reese Witherspoon é um grande modelo, ela não está na música, mas eu amo tudo o que ela representa. Shawn Colvin é um modelo enorme para mim. Suas composições tem sido consistentemente ótimas, pensativas, melancólicas e belas. E também [ele] não uma mulher, mas Kris Kristofferson tem sido um modelo muito importante pra mim. Quando olho para as pessoas que eu sinto realmente viveram suas vidas e gravaram isso em forma de música tão lindamente, esses são meus modelos. Todos eles me ensinaram lições apenas por meio de seu exemplo.

Existem pessoas em que você se inspira ao lidar com isso?
O aspecto dos negócios é uma das coisas mais importantes sobre ter uma carreira musical, porque cada escolha que você faz em uma reunião afeta sua vida um ano e meio, a partir de lá. Eu sei exatamente onde vou estar no próximo ano neste exato momento. Isso acontece porque fico sentada em reuniões de gestão a cada semana agendando tudo e aprovando ou não aprovando as coisas, com base no que eu sinto que é certo pra a minha carreira neste momento. Do ponto de vista dos negócios, alguém que eu observo, [porque] ele chegou a um ponto onde é um dos únicos artistas fazendo shows em estádios, é o Kenny Chesney. Assistindo um show do Kenny Chesney ao vivo, você sabe aonde quer chegar. Você sabe que será uma festa todos os dias. Ele adora cantar sobre coisas que ele é apaixonado, e registra sua marca sem deixar parecer que está deixando sua marca. Eu amo o fato de que ele chegou a um ponto em que toca em grandes estádios, e mesmo quando supostamente deveria estar em um período de inatividade, ele continua tocando em estádios. Ele sempre foi um grande herói pra mim.

Eu assisti um show da Speak Now Tour em Des Moines, Iowa, em seguida te assisti no CMA Music Festival e depois vi um show novamente em Nashville. Mesmo que fosse uma produção que tinha que preservar algumas coisas do mesmo jeito, parecia que cada show tinha evoluído.
Obrigado. Uma das minhas coisas favoritas sobre esta turnê – apesar de ser um show muito teatral, e ele realmente me lembra muito das minhas produções favoritas de teatro musical em seu cenário, figurino e produção – há uma série de momentos no show que são bem espontâneas. A cada noite faço um cover diferente no palco B [do outro lado da arena], só eu e meu violão. Nesse momento posso escolher tocar qualquer coisa que meus fãs querem ouvir ou qualquer coisa que eu sinta que devo tocar. Tem sido muito divertido poder variar tanto a cada show, especialmente porque há pessoas que vem a mais de um show, então quero que elas tenham uma experiência diferente a cada vez que vierem.

Você lançou um DVD dessa turnê. O que te levou a tomar essa decisão? Por que foi importante documentar essa turnê?
Eu realmente queria fazer um DVD deste show, porque senti que este é um ano da minha vida que eu vou querer lembrar. Toda noite em que estou no palco parece que é a melhor noite de todas. Eles [os fãs] gritam tão alto, tão emocionados e apaixonados, estas multidões pra quem temos tocados esse ano tem sido diferente de qualquer outra turnê em que já tocamos, e esse show tem sido diferente de qualquer outra coisa que já fizemos antes. Quero poder olha pra trás e ver este ano, mostrá-lo aos meus filhos e meus netos.

Já houve algum ano qual você quis esquecê-lo?
Não um ano inteiro, mas um período de seis meses que eu queria esquecer – se você estiver falando sobre críticas ou um rompimento terrível ou qualquer trauma que estivesse passando. Cada um de nós tem alguns meses aqui ou ali que sentimos serem meses sombrios. Pra mim, o que me ajuda com momentos tristes, frustração ou rejeição é escrever músicas sobre cada uma dessas emoções, e por alguma razão, após isso eu fico orgulhosa da canção, as coisas fazem mais um pouco de sentido pra mim.

Você disse anteriormente que já sabe onde estará daqui a um ano. Dolly Parton falou sobre o mapeamento da vida em sete anos planos. Quão longe no futuro você consegue enxergar? Tem alguma idéia de onde você quer estar em 2018?
Eu amo essa visão da Dolly Parton de dividir a vida em sete planos. Acho isso brilhante. Há tantas coisas sobre Dolly Parton que cada cantora deve olhar, quer seja lendo suas citações, ou lendo suas entrevistas, ou indo a um de seus shows. Ela é um exemplo incrível para cada compositora. Quanto aos próximos sete anos, vou estar com 28 ou 29 anos, então não sei. Depende apenas de quem irei conhecer. Mas sempre esperei continuar compondo músicas pelo resto da minha vida, e o mais claro que vejo no futuro é sempre o meu próximo álbum, porque sempre fico obcecada com cada última música que escrevo, minha mais nova ideia sobre a mais nova coisa para o meu mais novo álbum. Essa tem sido minha obsessão nos últimos seis meses a um ano.

Na música country as mulheres eram muitas vezes marginalizadas, nos anos 50, Roy Acuff disse a Kitty Wells a famosa frase de que “uma mulher jamais poderia comandar uma turnê”. É claro que você já provou que ele estava errado. Você sente essas barreiras sendo quebradas? Ou ainda há mais trabalho para as mulheres fazerem no mundo dos negócios?
Pra mim, nunca realmente pensei em homens contra mulheres. Nunca pensei sobre qualquer tipo de preconceito para com as mulheres na música country, porque nunca senti que isso me afetou. Tive a sorte de vir em um tempo em que não senti isso de forma alguma, e sempre tive a teoria de que se você quer estar no mesmo patamar que os garotos, você tem que trabalhar duro como eles. Sempre toquei a mesma quantidade de shows que eles e nos mesmos shows que eles. Eu estava disposta a pagar minhas dívidas sendo um ato de abertura, tocando em clubes, em bares e em locais pequenos. Os novos artistas do sexo masculino estavam fazendo a mesma coisa, então nunca vi um problema nisso.

Você tem dezenas de fãs adolescentes, e muitos deles olham para você como uma líder e modelo. Você se sente como um modelo? Como lida com a ideia de que suas palavras ou ações podem influenciar os outros?
Assim que você opta por um caminho em sua carreira torna-se muito claro o que essa carreira vai exigir de você. Uma das grandes coisas sobre fazer música e apresentá-la para o mundo é entender que agora você tem um papel na vida da próxima geração. E você pode aceitar esse papel ou não, ignorá-lo e dizer que é trabalho dos pais criar seus filhos. Mas a realidade é que até o que você veste importa. Se você é um cantor e está na TV da sala de estar de alguma menina de 12 anos, ela está vendo o que você está vestindo, dizendo e fazendo.

Pra mim, quando Faith Hill se apresentava em uma premiação, tudo importava, tudo o que ela dissesse, fizesse, usava e tentei copiá-la. Isso é o que as meninas fazem, por isso há uma grande responsabilidade e eu levo isso muito a sério.

Scott Borchetta, fundador da Big Machine Records disse que quando você estava começando, você pegava seu violão e tocava em todos os lugares para que todos pudessem ouvir e atrair a atenção. Agora, há tanta demanda que poderia lhe sufocar. Houve um momento em que você percebeu que tinha cruzado essa linha?
Eu sempre tive um grande objetivo de nunca me tornar uma daquelas pessoas cautelosas, semi-paranóicas por privacidade, por causa das pessoas obcecadas por celebridades. Não me sinto confortável perto de pessoas que sempre acham que alguém está tentando ganhar alguma coisa. Gosto de ter amigos, e gosto de ter muitos amigos. Você acaba com um grupo muito pequeno de pessoas que podem estar perto de você se você estiver muito cuidadosa, por isso eu gosto de abraçar meus fãs e falar com eles sobre suas separações e problemas, assim como eu fiz quando tinha 16 anos. Muita coisa mudou desde então, mas muita coisa já não está tão bem. Eu não quero ser uma daquelas pessoas que não confia em ninguém. Como as pessoas supostamente confiarão em você se você não confiar em ninguém?

Você é conhecida como uma das usuárias mais experientes dos meios de comunicação social, particularmente na música country, e tem dias em que você twitta algumas vezes e outras não. Há muitas pessoas que twittam mais do que você, ao que parece as mensagens que você envia são bastante eficazes. Na sua opinião, quantas vezes um artista deve twitar, e o sobre o que eles [os tweets] precisam ser?
Não quero que minha página no Twitter se transforme em algo controlado por outras pessoas, e não quero nunca ser como “Aos fãs Team Taylor, atenção! Isso vai acontecer,” de algum tipo de webmaster. Às vezes sinto que as páginas do Twitter podem se tornar muito promocionais em sua natureza, e eu não quero isso. Eu só quero que seja onde posso lhes dizer: “Muito obrigado pela nomeação [American Music Award] “, ou dizer-lhes o que eu estou vendo na TV naquele momento. Eu gosto que ele seja um pouco aleatório e espontâneo. Quero que ele seja o mais humano possível, porque é apenas eu sentada ali com o meu celular decidindo o que twittar.

Se você pudesse voltar a 2006 para lhe dar algum conselho, o que seria?
Eu não me daria nenhum conselho, porque eu amo a forma como tudo aconteceu.

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