Nada no clipe de “Look What You Made Me Do” é por acaso. Ele é recheado das mais diversas referências aos acontecimentos da carreira e da vida pessoal de Taylor até hoje.
Nós, com nosso olhar clínico, te levamos a uma viagem pela história “escondida” do clipe dissecando todos os cenários e os mínimos detalhes.
Confira:
Cemitério
Na imagem aérea, vemos que todas as lápides formam um “TS”, antecipando a ligação da locação com o que irá acontecer: tudo o que está ali enterrado já pertenceu a/está relacionado a Taylor Swift.
Na lápide principal, temos “Here lies Taylor Swift’s reputation” (“Aqui jaz a reputação de Taylor Swift”, como muitos falaram na época em que Kim a “expôs”) e, do fundo da terra, uma versão zumbi de Taylor brota usando um vestido que todos nós devemos conhecer do clipe de “Out of the Woods”, o responsável por “enterrar” a era 1989.
Enquanto Taylor vai jogando terra na cova de sua reputação, podemos ver que as outras lápides pertencem a nomes conhecidos, tipo Nils Sjöberg, o pseudônimo que Taylor utilizou para compor “This Is What You Came For”, a música produzida por Calvin Harris e cantada por Rihanna. O DJ, e ex-namorado de Taylor, ficou nervosinho quando todo mundo descobriu que Taylor era responsável pela composição e ela confirmou que Nils Sjöberg não passava de um pseudônimo.
Antes de deixarmos o cemitério, Taylor aparece “viva”, sendo enterrada vestindo o vestido de Oscar De la Renta que usou no MET Gala de 2014, no início da era 1989.
Banheira
Enquanto Taylor se banha em diamantes, há uma única nota de um dólar. É uma sutil referência ao fato de que Taylor foi processada por aquele que viria a ser condenado como seu agressor e assediador. Ele cobrava milhões dela, e ela recebeu uma indenização de somente um dólar.
Taylor, no Grammy PRO Session, já falou sobre a imagem que tinham dela de alguém que “chora as mágoas em uma banheira de diamantes”.
Trono
Na sala do trono, os “súditos” de Taylor são cobras que estão aos pés de sua “rainha”. Uma delas, inclusive, é quem a serve chá. “Tea” também é uma gíria usada para se referir a “fofocas”.
Nas pilastras e no braço do trono, temos as inscrições de “et tu brute”, ou seja, “até tu, Brutus?”. É uma expressão em latim que foi cunhada para definir quando uma traição é reconhecida: na peça Júlio César de Shakespeare, o Imperador é assassinado a facadas e reconhece o amigo Brutus como um de seus assassinos.
Acidente de carro
Pela caracterização de Taylor, é difícil não fazer a conexão com Katy Perry, até mesmo pelo leopardo (Roar? Alguém?) que está dentro do carro com Taylor usando um colar de ouro com um 13. A cantora e desafeto público de Taylor após “Bad Blood” decidiu só comentar o caso quando estava fazendo a promoção do seu mais novo álbum. Supostamente, o novo single de Perry seria uma resposta a Taylor.
O acidente, no final das contas, é só uma grande armação para os paparazzi que estavam esperando para fotografar.
Se Taylor queria ostentar, ela fez. Mostrou um de seus Grammys para todo mundo ver e, como todo mundo sabe, Grammy é uma coisa que Katy Perry não tem.
Dançarinos da Taylor aparecem como paparazzi nessa parte.
Se você não gosta da treta, dá pra pensar que depois de ganhar o Grammy de álbum do ano ano passado a vida da Taylor não teve mais paz, a batida de carro sendo uma analogia à derrocada dela, que foi acompanhada de perto por todos.
Coincidência ou não, o ex-namorado Calvin Harris também se meteu em uma batida de carro pra lá de suspeita e alguns dias depois os dois terminaram.
Quando voltamos para este cenário já quase no final do clipe, o carro explode enquanto Taylor e o leopardo deixam o local do acidente ilesos. Pode representar como ela escolheu “se retirar” de cena, frustrando quem estava sedento por mais capítulos da confusão.
Gaiola
Taylor aparece sozinha, vestida de laranja (a cor dos macacões de presos nos EUA), enclausurada e cercada por seguranças. Talvez seja em referência ao tempo que ela tirou da vida pública nos últimos meses. A gaiola também é uma prisão aberta, ou seja, mesmo presa ela ainda está sendo vigiada constantemente.
No banquete dela, além de uma lagosta, ela também pegou um rato em uma ratoeira. Além de cobras comerem ratos, a palavra “rat” também é usada para definir pessoas que são pouco confiáveis e dedo-duro.
Curiosidade: Taylor tem uma gaiola “humana” em seu apartamento de Nashville. Ela tem vista panorâmica para a sala do apartamento dela e, segundo ela mesma, é um lugar que já utilizou para compor canções. Sendo, inclusive, usado como inspiração para o frasco de seu primeiro perfume — o Wonderstruck.
Roubo
Taylor e sua quadrilha de gatinhos roubam uma companhia de streaming. Lembram quando ela comprou a briga contra as plataformas de streaming, tirando todo o seu catálogo porque eles não recompensavam todos envolvidos na criação de uma música de maneira devida?
Taylor queima dinheiro e sai com as malas cheias da grana. Ela não se esqueceu de quando a chamaram de mercenária.
Motos
As cenas das motos parecem ser uma referência ao processo da Blue Sphere contra Taylor pelo uso da expressão “lucky 13”, mesmo nome de uma de suas marcas de roupa, em camisetas dela. O estilo da Lucky 13 é mais rockabilly/biker, por isso esse visual. [Essa nós demoramos pra pegar, mas há alguns posts no Tumblr falando sobre a referência, que ajudaram a ter certeza!]
Mais tarde, as motos que Taylor levanta se desfazem em dinheiro. O processo terminou em um acordo entre as duas partes, mas foi supostamente por causa dele que Taylor começou a registrar expressões que queria usar em merchandising — mais um motivo pelo qual alguns a chamaram de “mercenária”.
Reunião
Taylor, em uma posição de ditadora (que pode ser uma referência às vezes em que foi chamada de “nazista”, ou apenas à fama de controladora), reúne todo o seu squad de “plastificadas”. Todo mundo se veste igual e parecem robôs. Foi dessa maneira que muitos criticaram as amizades de Taylor nos últimos anos: todas modelos, iguais e sem personalidade.
No telão, aparecem o nome “squad”, o número 13 e um gato muito parecido com Olivia Benson.
No final, o quartel-general delas aparece destruído e algumas “bonecas” caídas e desmontadas, dando a entender que o “squad” também já é coisa do passado.
Sala
Taylor entra com o pé na porta, o que faz com que todos os “funcionários” saiam atrás dela. O fato de que Taylor comanda toda a sua carreira algumas vezes não é bem recebido, falam que ela é uma pessoa “calculista e controladora”.
Todos os oito “funcionários”/dançarinos (que provavelmente simbolizam os oito “ex” mais públicos: Joe, Taylor, John, Jake, Conor, Harry, Calvin, Tom) usam tops com a inscrição de “I <3 TS”. Assim como a camiseta que Tom Hiddleston usou na praia, para o mundo todo ver, durante o feriado de 4 de julho no ano passado — que disseram que Taylor teria o obrigado a usar.
Avião
Taylor aparece destruindo um avião. Lembremos que virou moda entre alguns fãs que tem a sanidade mental questionável a prática de vigiar para onde os jatinhos de Taylor iam enquanto ela namorava Calvin Harris e Tom Hiddleston.
Os aviões dela viraram até um símbolo central de debates nas páginas de fofoca a respeito de sua vida pessoal, já que o assunto era amplamente divulgado entre tais fãs. Pode ser interpretado, também, como “a garota que arruína tudo”, pois eram comuns rumores de que ela mandava buscar os namorados onde quer que estivessem em seu avião particular.
Pirâmide de Taylors
Vemos uma Taylor caracterizada com os dizeres “rep”, em clara referência ao novo álbum. Essa Taylor está no topo, ereta e quando a imagem abre, vemos diversas “versões” da Taylor do passado rastejando e brigando entre si abaixo dela (por exemplo: usando a caracterização do clipe de “We Are Never Ever Getting Back Together”, o look utilizado no The X Factor em 2014, a roupa de “Bad Blood” da 1989 World Tour e a cheerleader do clipe de “Shake It Off”). É uma simbologia de como esta nova Taylor seria superior e mais forte do que as outras versões.
Pátio do avião
A Taylor que aparece fazendo a pichação no jatinho é uma versão que ainda não tínhamos visto. Ela aparece separadas das versões do passado de Taylor. Provavelmente, é a Taylor da era “reputation” cuidando da destruição das outras e preparando a nova era.
Quer saber o que uma Taylor fala pra outra? São todas referências a coisas que já disseram sobre ela (a cara de surpresa, o fato de ser boazinha e se fazer de vítima o tempo todo) e que aconteceram com ela — ser chamada de “bitch” em Famous do Kanye West e o fato de não gostar disso, o episódio do VMA de 2009 e quando Kim Kardashian divulgou os “receipts” (que não, não são boletos, é uma gíria utilizada para ver as “notas fiscais”, ou seja, as provas) e Katy Perry falou dos mesmos em Swish Swish. Aí vai:
YBWM (surpresa): “Gente!”
OOTW/zumbi: “Pare de fazer essa cara de surpresa. É tão irritante.”
SIO: “É, você não pode estar tão surpresa o tempo todo.”
Dark!Taylor: “Qual é a dessa vadia?”
OOTW/zumbi: “Não me chame disso!”
Fearless (com sotaque caipira): “Gente…”
WANEGBT: “Pare de fingir que você é boazinha, você é tão falsa.”
Moto!Taylor: “Lá vai ela, se fazendo de vítima. De novo.”
MET!Taylor: “O que você tá fazendo?”
Acidente!Taylor: “Pegando provas (“receipts”). Vou editar tudo isso depois.”
VMA!Taylor: “Eu queria muito ser excluída dessa narrativa.”
Curiosidade: a camiseta do Junior Jewels original (do clipe de “You Belong With Me”) era da ex-violista de Taylor, Caitlin Evanson. Nesta nova versão, ao invés das assinaturas que originalmente estampavam a camiseta, vemos a de amigos atuais da Taylor (os que, provavelmente, ela considera “verdadeiros”) os nomes que são possíveis de identificar: Selena (Gomez), Blake (Lively) & Ryan (Reynolds), Martha (Hunt), Este, Alana e Danielle (Haim), Gigi (Hadid), Lena (Dunham), Lily (Aldridge), Abigail, Ed (Sheeran), Claire (Winter), Todrick (Hall) e Patrick (que só Deus e Taylor devem saber quem é, nós ainda não deciframos essa)
Gostou das teorias? Tem teorias próprias e quer montar? As capturas do clipe já estão disponíveis na nossa galeria!