Para celebrar o lançamento de seu 12º disco de estúdio, “The Life of a Showgirl”, Taylor Swift promoveu um lançamento especial nos cinemas na última sexta-feira (3). Intitulada “The Official Release Party of a Showgirl”, a produção de 1h29 trouxe vários conteúdos inéditos a respeito do álbum, disponibilizado na mesma data.
“É uma combinação de uma coisa que eu costumava fazer chamadas secret sessions, em que eu convidava fãs para minha casa e tocava o álbum para eles antes de ser lançado. Eu explicava as inspirações por trás de diferentes partes das músicas ou o motivo de ter escrito certas coisas de determinada forma, antes de tocar cada faixa. É uma mistura disso com a estreia de um videoclipe. Eu estava gravando o clipe e dirigindo, e meu operador de câmera, Colin, disse: ‘É uma pena que isso não vá ser visto em uma tela grande, é uma produção tão grandiosa’. E eu só pensei: é, você tem razão! Então aproveitamos aquele momento… É uma oportunidade para os fãs se reunirem, ouvirem as novas músicas, me escutarem explicar sobre o que escrevi e, além disso, verem um videoclipe inédito e conteúdos dos bastidores de como o vídeo foi feito”, contou a cantora a respeito da ideia em entrevista à Magic Radio.
Só em sua estreia, o longa-metragem arrecadou U$15.8 milhões nos Estados Unidos. No Brasil, o esperado é que a produção chegue às telonas somente no dia 24 de outubro, mas ainda não há mais informações quanto às sessões.
De qualquer forma, se você já quer um spoiler, confira abaixo o que esperar de “The Official Release Party of a Showgirl”:
Taylor escolheu como lead single do disco a faixa “The Fate of Ophelia”, cujo clipe, dirigido pela própria cantora, sairá oficialmente neste domingo (5), no YouTube, às 20h. Mas, como um presente, os fãs que assistiram ao filme puderam conferir o vídeo em primeira mão, assim como os bastidores das gravações, que reuniram os dançarinos, backing vocals e banda da loirinha.
Os lyric videos das 12 canções de “The Life of a Showgirl” também serão liberados no YouTube neste domingo (5). Em antecipação, o filme contou com cada um dos vídeos, compostos pelas letras das faixas e imagens do photoshoot do disco.
Antes de cada lyric video, era exibida uma mensagem de Taylor a respeito da inspiração por trás de cada uma das canções. Como compartilhado no Reddit, as declarações foram as seguintes:
“Então, a primeira faixa se chama ‘The Fate of Ophelia’. Eu tenho um arquivo enorme de letras, cheio de fragmentos espelhados. São palavras que acho interessantes e é gigante. Deslizaria a tela por uns 20 minutos. É muito longo, muito estranho. Tem tanta coisa. Às vezes eu releio e penso: ‘Essa foi a frase mais idiota que já escrevi. Por que anotei isso?’. Mas, olha, muitas vezes eram três da manhã e surgiu algo que eu pensei na hora: ‘Ah, isso é bem interessante’. E quando estou numa sessão de composição, eu fico rolando esse arquivo. Tudo começou quando o Shellback criou uma progressão de acordes muito legal. Eu estava tipo cantando por cima. E, de repente, meus olhos passaram pela frase ‘The fate of Ophelia’, e eu fiquei tipo: ‘Isso é legal’.
Então, a Ofélia se afogou porque o Hamlet bagunçou tanto a cabeça dela que ela enlouqueceu e não aguentou mais. Todos aqueles homens estavam só manipulando e fazendo gaslighting nela até que ela se afogou. E aí pensei: ‘E se o refrão fosse algo como you saved my heart from the fate of Ophelia?’. Como se, basicamente, você é o motivo pelo qual eu não acabei como essa heroína trágica e poética que… morreu. Num mundo fictício, claro. Eu também amo — que coisa óbvia de se dizer — eu amo Shakespeare. Obviamente amo. E, olha, o que ele escreveu continua bom! Na verdade, não é superestimado, e eu simplesmente adoro essas tragédias. Me apaixono tanto por esses personagens que dói saber que eles morrem. Essa já é a segunda música em que eu penso ‘E se eles tivessem se casado, em vez de morrer?’.
Então agora eu estou meio que dando esse toque romântico ao fato de que a Ofélia enlouqueceu. Eles a enlouqueceram, mas não a mim. E é disso que a música fala.”
“A música ‘Elizabeth Taylor’ é meio que… quase uma mistura de interpretar e de cantar a partir da sua própria perspectiva, sabe? Ela fala sobre fama, atenção, amor, notoriedade, ansiedade. Sobre o fato de que isso não vai durar pra sempre e o quão de coração partido você ficaria quando acabar. E a primeira linha que me veio foi: ‘I cry my eyes violet, Elizabeth Taylor’. E, a partir daí, eu só pensei: ‘Meu Deus, estou obcecada por essa música’.
Eu queria meio que… contar uma história que fizesse referência a algumas coisas legais da vida dela, mas que também fossem paralelas à minha. Eu uso detalhes da vida dela, mas os sentimentos que a música transmite são coisas que eu absolutamente já vivi várias e várias vezes.
E nós realmente nos dedicamos muito a essa faixa, a produção dela é algo de que tenho muito orgulho, porque é ao mesmo tempo luxuosa e feminina, e depois fica bem intensa e poderosa no refrão. Enfim, é simplesmente uma das minhas músicas favoritas.”
“‘Opalite’ é uma música em que… essa palavra era algo que eu tinha anotado só porque achei bonita, e voltei a ela quando estávamos escrevendo sobre uma faixa muito cativante, com um refrão bem marcante. ‘Opalite’ é uma opala feita pelo homem. Eu sempre amei opalas, minha mãe também sempre amou, era meio que a nossa coisa. Uma das nossas várias coisas. E eu adorei a metáfora de uma opala criada pelo homem: você também precisa criar a sua própria felicidade na vida. Precisa se conduzir por tempos difíceis para chegar a esse lugar positivo, aqui e agora.
Eu realmente amei essa ideia, a de uma joia ou pedra preciosa criada artificialmente também servir como metáfora para escolher o próprio caminho para a felicidade, para construí-la você mesmo. Foi feito à mão. Não aconteceu com você por acaso. Você teve que lutar por isso, teve que trabalhar por isso.”
“‘Father Figure’ é uma música que eu amo demais. Ela tem uma interpolação de uma linha parcial de uma música do George Michael. E eu sempre adorei aliterações, que são duas palavras começando com a mesma letra. Mas eu também sempre amei essa música e essa linha especificamente, porque sempre achei que, no contexto da música do George Michael, essa frase é romântica. É sobre estar apaixonado por alguém, mas também sobre, sabe, essa pessoa te ver como um mentor, ou seja, aquele tipo de relacionamento de figura paterna.
Sempre pensei que seria legal usar a frase ‘I’ll be your father figure’ como um ponto de partida criativo e transformá-la em uma história sobre poder, sobre uma jovem ingênua e seu mentor, e como esse relacionamento pode mudar com o tempo, sobre traição, sagacidade, inteligência, estratégia, e, essencialmente, terminar numa situação de ‘quem vai ganhar?’, ‘quem vai superar o outro?’, ‘quem vai enganar o outro?’.
Eu amo essa música porque consigo me relacionar com ambos os personagens em certas partes da canção. Então, foi incrível entrar em contato com o espólio do George Michael. Falamos com um amigo próximo da família dele e com a própria família, e garantimos que tudo estivesse certo antes de fazermos qualquer coisa. Foi maravilhoso ter essa aprovação e mantê-los informados sobre tudo o que estava acontecendo, porque eu sei o quanto escrever uma música é sagrado, e é muito importante garantir que você honre isso quando alguém escreveu algo tão brilhante.”
“A faixa 5 é uma música chamada ‘Eldest Daughter’, que é um conceito pelo qual sempre fui fascinada. Eu sou a filha mais velha da minha família. Sabe, quando você conversa com outras filhas mais velhas de suas famílias, de algum jeito, geralmente você acaba tendo experiências muito semelhantes com o mundo, com o medo, com a sensação de que precisa fazer tudo, e esses tipos de questões com a constante busca pela perfeição. Quase ao ponto de atrapalhar a si mesma.
Sempre amei a ideia de: como é formado esse caráter? E, ao mesmo tempo, também sou muito fascinada pela cultura em que vivemos, como as pessoas sempre quiseram parecer legais, sempre quiseram parecer sexy, poderosas, despreocupadas, ocupadas, e… como se não precisassem ou quisessem de nada, sabe?
É quase como se o oposto disso fosse ser sincera na internet, porque isso seria parecer carente, e ninguém quer parecer carente na internet. Não é um lugar para isso. Então, eu meio que combinei todas essas ideias e as coloquei em uma música que meio que desmascara todas as fachadas que colocamos na frente de nós mesmas, e simplesmente diz: ‘sim, eu não sou todas essas coisas que aspiramos culturalmente, e que nos dizem que precisamos ser para encontrar amor, que é que você tem que agir como se nunca quisesse isso em primeiro lugar’. É sobre como ser vulnerável, permitir-se ser vulnerável e sincera, e permitir-se admitir que, na verdade, talvez você realmente precise de alguém.”
“A música ‘Ruin the Friendship’ é uma faixa que escrevi sobre relembrar o ensino médio. No ensino médio, obviamente eu escrevia sobre essa fase o tempo todo. Já faz muito tempo que não escrevo sobre isso. Mas às vezes eu volto a isso, como no ‘folklore’, em que eu digo: ‘Ah, sabe aquela sensação de agosto, quando você encontra alguém atrás do shopping e cancela seus planos?’. Eu adoro entrar nesse clima.
Agora, anos se passaram desde aquela experiência e eu tive um pensamento muito específico. Nessa época, você acha que tudo é tão intenso, que qualquer passo em falso poderia arruinar tudo, certo? E você não quer contar à pessoa que tem sentimentos por ela, porque isso poderia arruinar a amizade e Deus sabe como seria se isso acontecesse. E eu fiquei pensando: Não teria sido um problema. Não teria sido um problema arriscar, mesmo que eu não tenha arriscado. Nunca vou saber. Talvez tivesse sido horrível. Talvez nada disso teria acontecido, mas eu sempre fui tão disciplinada com as coisas no ensino médio, e eu acho que essa música é uma exploração do ‘e se você tivesse simplesmente contado à pessoa, que você era apenas amiga dela, que você tinha um interesse?. O que teria acontecido?’ E pelo menos você saberia. Então ela explora essa ideia: ‘será que teria sido algo tão sério?’
Teria sido tão louco se você fosse mais jovem e tivesse arriscado algumas coisas que não arriscou? Isso acabou inspirando a história da música, baseada em várias pessoas diferentes que conheci no ensino médio, que passaram por situações assim, de ambos os lados. Foi uma fusão de diferentes personagens que eu observei ao longo da vida. E eu tenho muito orgulho dela. É muito melancólica. É muito nostálgica.“
“A música ‘Actually Romantic’ é uma espécie de carta de amor para alguém que te odeia. Às vezes você não sabe que faz parte da história de outra pessoa, mas você faz. Então meio que pode ter esse momento que você percebe isso por meio de atitudes muito evidentes dessa pessoa. Quando eu fiquei mais velha, eu comecei a dizer: ‘ah, meu Deus, você dá tanta atenção para isso, é lisonjeiro, eu não te odeio e não penso sobre isso, mas obrigada por dar tanta atenção para isso, é muito gentil da sua parte pensar tanto em mim, mesmo que seja negativo’. No meu meio, atenção é carinho e você me dá muito isso, então…”
“A música Wi$h Li$t é uma que eu amo demais porque é realmente romântica. Ela tem muitas imagens muito vívidas sobre os diferentes desejos que as pessoas têm relacionados a como querem que suas vidas sejam, como querem que se sintam, como querem que pareçam. E ela é muito acolhedora com todos esses desejos, tipo, seja lá o que alguém queira para a própria vida! E aí, no refrão, digo: ‘isso é o que eu quero’. Espero que eles consigam o que querem, isso é o que eu quero. Essa é a minha lista de desejos. E eu simplesmente amo essa música. Ela me faz sentir como se estivesse voando pelas nuvens.”
“‘Wood’ é uma música sobre superstições, superstições que são populares, tipo bater na madeira, gato preto, pisar numa rachadura e coisas desse tipo…”
“A música ‘Cancelled’ é uma faixa que aborda, de forma meio irônica, a indignação social que todo mundo enfrenta hoje em dia. Não é só se você é uma figura pública ou algo assim: são as pessoas fofocando sobre você na sua cidade, os comentários negativos que você lê no Instagram. Você literalmente pode se sentir cancelado por qualquer tipo de reação social que receba. E eu já passei por muitas discussões sobre tudo o que acontece na minha vida, tudo o que faço e tudo o que digo.
Então, eu tendo, primeiro de tudo, a ser a pessoa para quem os outros recorrem quando recebem críticas. É muito engraçado, porque normalmente digo: ‘Ah, ok, alguém me disse que você se meteu em problema por aquela piada. Ei, tudo bem? Vai ficar tudo bem. Quer almoçar? Tá tudo certo.’
Não sei, eu meio que queria escrever uma música sobre como você pode se tornar mais sábio por isso, e mais perspicaz. Definitivamente, eu julgo as pessoas muito menos agora que estou sob os holofotes há tanto tempo. Eu apenas julgo as pessoas com base em quem eu sei que elas realmente são, pelas suas ações. Não pelo consenso geral, quando as pessoas dizem: ‘se afasta, eles são tóxicos’. Eu simplesmente não faço isso. Só faço se alguém provar que não é uma boa pessoa.“
“‘Honey’ é uma das primeiras músicas que fizemos para este álbum, e foi quando percebemos que estávamos realmente entrando em um território novo, porque ela simplesmente soa diferente das coisas que já tínhamos feito antes. Foi a primeira música que nos fez sentir: ‘ah, este é um álbum completamente novo, sim, vamos seguir por esse caminho!’
A ideia da letra veio do fato de que, na minha vida, as vezes que fui chamada de querida foram geralmente em contextos tipo: ‘Você não consegue fazer isso, querida. Eu não tentaria isso, querida’. Foi dito de uma forma meio passivo-agressiva, crítica e até maldosa às vezes.
Mas se alguém te chama de querida de forma sincera, é incrível e faz você se sentir muito bem. Então eu pego muitos desses apelidos que, na cultura, às vezes acabam sendo forjados. Ouvir um ‘isso não é uma boa ideia, amor’ é bem diferente de alguém realmente te chamar de sweetheart de forma carinhosa e gentil.
A música é meio sobre ter passado por experiências no passado que eram cínicas, frias e cruéis, e então alguém entrar na sua vida e reaproveitar exatamente aquelas mesmas palavras, transformando-as em algo doce, e o quão bom isso faz você se sentir.”
“‘The Life of a Showgirl’ é a faixa que fecha o álbum e segue a história de uma personagem fictícia, uma showgirl chamada Kitty, que minha personagem foi ver se apresentar. Ela era tão absolutamente hipnotizante que me deu vontade de fazer o mesmo. Então eu a conheço, entrego um buquê de flores, e ela, em vez de apenas ser superficial, tem um momento de sinceridade comigo, dizendo: ‘Você não quer fazer isso. Isso é realmente difícil. É muito pesado. As pessoas vão se aproveitar de você. Você não deveria, você parece tão doce. Faça outra coisa.’
E, sabe, muitas pessoas já tentaram me dar esse aviso. Qualquer um que tenha conseguido se firmar na música já recebeu esse tipo de alerta. É algo bem comum: pessoas tentando avisar que não é só flores e magia, que há muita coisa que você precisa aguentar. A música conta a história de ser inspirada por alguém e, ao mesmo tempo, receber um aviso dessa pessoa. E aí, você escolhe seguir esse conselho ou não?
Uma das minhas coisas favoritas sobre a música é que, enquanto a estávamos escrevendo, quando terminamos, eu pensei: ‘Eu quero tanto que a Sabrina cante’, porque ela é uma amiga e uma das minhas artistas favoritas. Ela abriu shows da ‘The Eras Tour’ e também está muito bem preparada para a carreira. Ela é ótima em lidar com críticas, com pessoas sendo injustas ou tentando desmerecê-la; ela tem o temperamento de transformar isso em combustível. Então, como era sobre isso que a música falava, pensei: ‘Quero ver se ela topa, porque sinto que ela tem a mesma mentalidade que essa música transmite’, que é sobre ter amor pelo que faz e uma paixão pelo jogo que supera o quão difícil tudo pode ser.
E ela respondeu tipo: ‘Você está brincando? Estou muito feliz com esse convite. Claro que aceito! Estava esperando, achei que você nunca ia pedir”, com uma resposta imediata maravilhosa. Depois, quando ela estava em turnê na Suécia, aproveitou seus dias de folga para ir gravar, e isso é uma verdadeira showgirl para você.”
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