Para divulgar o seu décimo segundo álbum de estúdio “The Life of a Showgirl”, lançado nesta sexta-feira (3), Taylor Swift concedeu uma série de entrevistas a rádios britânicas. Publicados ao longo das últimas horas, os bate-papos contemplaram, principalmente, as inspirações por trás do disco.

Veja um resumo de cada uma das seis conversas disponibilizadas até o momento abaixo:

Capital Fm

Para a Capital Fm, a cantora descreveu o disco como “muito fiel à minha experiência de vida atual” e aproveitou para detalhar a inspiração por trás do lead single “The Fate of Ophelia”: “É meio que uma brincadeira com Ofélia, de Hamlet, que acabou enlouquecida pelo amor. Por causa disso, ela acaba se afogando. A ideia é: ‘Você me salvou desse destino, você me resgatou’. É sobre encontrar alguém que te tirou daquele caminho em que sua vida poderia ter seguido. Então é tudo muito dramático, obviamente, porque sou eu. Às vezes, na composição, eu uso uma linguagem específica baseada na história que estou contando, nos personagens sobre os quais estou cantando ou no tema em questão. Quando você está lidando com Shakespeare, é meio divertido dizer coisas como: ‘Eu poderia ter permanecido no purgatório’. Ou usar uma referência como: ‘Você me envolve como uma corrente, uma coroa, uma videira’. Mas então misturar essa linguagem com uma gíria mais moderna, como: ‘Jurar lealdade às suas mãos, ao seu time, às suas energias’. Isso já é muito mais atual. E então a ponte é meio que eu improvisando a partir de diferentes falas de Hamlet.”

Na conversa, a artista também relembrou a experiência de estar em turnê, citou “Wi$h Li$t” como sua provável canção preferida e explicou como a faixa “Opalite” surgiu e acabou virando a favorita de seu noivo e jogador Travis Kelce : “Eu tenho palavras e frases favoritas, coisas que coloco em um arquivo interminável de letras ao qual estou sempre recorrendo e escolhendo trechos quando estou escrevendo. E eu tinha anotado a palavra Opalite, porque descobri que na verdade é uma opala criada pelo homem. A opala pode ser feita artificialmente, assim como os diamantes. A pedra de nascimento do Travis é a opala, então eu sempre fiquei fixada nisso, e sempre amei essa pedra. E pensei que era uma metáfora bem legal — que a opala feita pelo homem e a felicidade também podem ser criadas pelo homem. Então é meio que sobre isso que a música fala, sobre essa justaposição entre as duas coisas.”

Magic Radio

Já para a Magic Radio, logo no início, Swift revelou por que decidiu trazer o lançamento de “The Life of a Showgirl” aos cinemas: “É uma combinação de uma coisa que eu costumava fazer chamadas secret sessions, em que eu convidava fãs para minha casa e tocava o álbum para eles antes de ser lançado. Eu explicava as inspirações por trás de diferentes partes das músicas ou o motivo de ter escrito certas coisas de determinada forma, antes de tocar cada faixa. É uma mistura disso com a estreia de um videoclipe. Eu estava gravando o clipe e dirigindo, e meu operador de câmera, Colin, disse: ‘É uma pena que isso não vá ser visto em uma tela grande, é uma produção tão grandiosa’. E eu só pensei: é, você tem razão! Então aproveitamos aquele momento… É uma oportunidade para os fãs se reunirem, ouvirem as novas músicas, me escutarem explicar sobre o que escrevi e, além disso, verem um videoclipe inédito e conteúdos dos bastidores de como o vídeo foi feito.”

Em seguida, contou que “Wi$h Li$t” foi a última canção feita para o TS12 e acrescentou a respeito do conceito: “Com este álbum, eu tinha essa visão de que ele deveria ser curto, conciso. Quase como se, na minha mente, eu tivesse a ideia do álbum perfeito. A perfeição é inatingível, sabemos que, conceitualmente, é problemático pensar em algo perfeito. Mas eu quis dizer perfeito no sentido de que cada música tem o seu lugar, não pode ser substituída por outra, tudo se encaixa perfeitamente. Então, foi nesse momento que eu percebi que tínhamos feito, na minha visão, o álbum perfeito para este momento da minha vida: foi quando escrevemos Wi$h Li$t, porque essa música realmente me toca, é muito emocional e representa de forma muito precisa onde estou na minha vida e veio junto com a sensação de ‘agora terminamos’.”

Outro tópico abordado foi a inspiração por trás de “The Life of a Showgirl”, ligada diretamente à “The Eras Tour”: “Há alguns versos na música que são, de fato, o manifesto de como eu precisei agir dentro desta indústria. É uma música sobre conhecer um dos seus ídolos e, em vez de ele ser aquilo que você imaginava, ele te alerta para não seguir os mesmos passos, porque só quer ser honesto sobre o quão difícil é essa indústria e mesmo assim você segue em frente. Acho que esse é o manifesto de como eu encarei a ‘The Eras Tour’. Não existia a opção de: ‘se eu estiver doente, não vou subir no palco’. Não existia a opção de: ‘estou me sentindo péssima, não vou fazer o show hoje’. Então, cada um de nós nessa turnê atuava a partir dessa mentalidade de que o público é o seu rei.”

Hits Radio UK

Mais uma vez, agora para a Hits Radio Uk, Taylor ressaltou como “The Life of a Showgirl” reflete o momento atual de sua vida: “Existe um intervalo entre o momento em que faço um disco e o momento em que ele chega ao mundo. Muitas vezes, sua vida pode mudar drasticamente entre um ponto e outro. Por exemplo, meu último álbum, ‘The Tortured Poets Department’, quando foi lançado, eu já estava em um momento completamente diferente da minha vida. A parte mais legal desse álbum é que ele representa exatamente o lugar em que ainda estou na minha vida. A música combina com o momento que estou vivendo. É muito mais fácil vir aqui e falar sobre músicas que refletem de forma completamente precisa o que está acontecendo na minha vida. Então isso é muito divertido. Eu diria que este álbum é um retrato completo e fiel de como minha vida está agora.”

Mudando o assunto, a loirinha revelou que, cada vez mais, tem passado menos tempo nas redes sociais sob a seguinte justificativa: “Eu não tenho aplicativos no meu celular, porque eles funcionam muito bem, sabem exatamente o que eu quero ver e vão me mostrar isso. Vivemos em um momento de muito rage-baiting, e conseguir atenção agora gera monetização. Então, você precisa entender em que mundo vivemos e escolher em qual realidade você quer estar. Eu tenho muitos hobbies, e não tinha tantos quando passava muito tempo rolando a tela.”

Ainda, comentou a respeito da amizade com Ed Sheeran: “Essa é a parte divertida da nossa amizade: nós dois amamos nos apresentar, amamos escrever e cantar. Nós amamos o que fazemos, amamos subir no palco — na verdade, não é nada difícil convencer qualquer um de nós a se apresentar em qualquer lugar.”

Por fim, sobrou espaço para explicar o significado de “Opalite”: “Quando passamos por algo que não dá certo, muitas vezes enxergamos isso como um grande retrocesso. Como se tivéssemos dado um passo para trás, mas eu percebi que muitas dessas situações na minha vida podem, na verdade, te impulsionar para frente, no sentido de crescimento, sabedoria, perspectiva. Então, ‘Opalite’ é uma música sobre perdoar a si mesmo por ter passado por algo que não saiu do jeito que você queria. Porque ela diz, sabe, que todos os casais perfeitos olhariam para você e diriam: ‘quando você sabe, você sabe; e quando não sabe, não sabe’. É dar a si mesmo a permissão de não ter tudo resolvido, ou de não se casar com a primeira pessoa com quem você namorou. Eu só estou feliz que essa música exista, e aquele refrão… eu simplesmente estou empolgada com o quão absolutamente contagiante e quase viciante ele é.”

BBC Radio 1

À BBC, Taylor, inicialmente, explicou por que decidiu anunciar o “The Life of a Showgirl” no podcast New Heights, apresentado por Travis e pelo irmão Jason Kelce: “Estou sempre tentando surpreender as pessoas com a forma como anuncio meus álbuns. Já fiz alguns anúncios de álbuns em premiações, então, quando você faz algo uma vez, as pessoas pensam: ‘Eu sei o que ela vai fazer em seguida. Ela vai fazer a mesma coisa que fez antes.’ Então, eu pensei: ‘O que as pessoas não esperam que eu faça?’ É participar de um podcast sobre futebol americano e anunciar um álbum. É muito… eu adoro o tipo de polaridade entre o masculino e o feminino ali.”

O fato de compor enquanto está feliz surgiu consequentemente na conversa: “Eu costumava ter esse medo sombrio de que, se algum dia eu fosse realmente feliz e livre, sendo eu mesma e nutrida por um relacionamento, o que aconteceria se a escrita simplesmente secasse?”

Taylor também descartou a possibilidade de fazer uma turnê por agora, dizendo que sente-se “muito cansada quando penso em fazer isso de novo”, e confirmou que a capa do TS12 é uma referência direta à pintura “Ofélia”, de John Everett Millais: “Obrigada por perceber que a capa do álbum é uma referência à famosa pintura de Ofélia, que depois também acaba sendo referenciada no videoclipe. Há ainda mais referências a essa pintura.”

Heart Radio

Novamente, para a Heart Radio, Taylor elegeu “Wi$h Li$t” como sua canção favorita do disco: “É uma música que, na verdade, foi a última que fizemos para o álbum. Foi a música em que, depois de terminá-la, eu pensei: ‘Ah, acabou. Estamos bem, terminamos com isso, esta é a peça final.’ É uma música realmente sonhadora. É uma música muito romântica. É sobre… ela detalha todas essas coisas diferentes que as pessoas aspiram ter na vida e todos os desejos que estão sendo feitos ao redor do mundo, a respeito do estilo de vida delas, coisas que querem comprar ou lugares que querem conhecer. Então, no refrão, ela fala sobre o que seria o meu desejo. Eu realmente gosto muito dessa música.”

Entrando no campo pessoal, a cantora destacou como seu atual relacionamento está entrelaçado com sua composição: “Escrever músicas é uma das minhas coisas favoritas. No início da minha carreira, eu nutria um medo de que, se algum dia eu não estivesse realmente infeliz na minha vida pessoal, eu conseguiria escrever? Acho que esse é um dos motivos pelos quais eu amo tanto este álbum: estávamos capturando um momento único toda vez que escrevíamos músicas para este disco. Eu realmente acredito que alguém na sua vida pode te inspirar. Todo mundo na minha vida diz: ‘você nunca foi tão você’, o que é curioso, porque você sempre foi você a vida toda, mas existem diferentes tonalidades de nós mesmos e diferentes níveis de intensidade. E essa pessoa entrou na minha vida, e todo mundo dizia: ‘sim, você nunca foi tão você’. Acho que isso transparece na música. Pessoas que te inspiram alimentam todas as partes de você, fazem você andar com mais confiança, te tornam mais presente de maneira vibrante e, espero, isso também se reflita na música.”

Por fim, revelou que pretende fazer mais videoclipes para essa era: “Agora eu tenho tempo para fazer coisas assim”.

Elvis Duran Show

Ao Elvis Duran Show, em uma entrevista feita à distância, Taylor logo expressou as razões pelas quais tornou “The Fate of Ophelia” o lead single do disco: “Assim que a escrevemos, eu tive a sensação de que seria a que escolheríamos primeiro, e a que eu teria a chance de fazer um videoclipe, porque é tão visual e, além disso, tão contagiante.”

Depois, contou como “Elizabeth Taylor” é não só inspirada pela atriz de mesmo nome, mas por sua própria vida: “Há uma música chamada Elizabeth Taylor, que é mais ou menos sobre minhas emoções e meus problemas, através da perspectiva dela, da vida de Elizabeth Taylor, meio que misturando as duas experiências, porque ela sempre foi alguém que admirei por ser extremamente glamourosa, muito amada, mas, por algum motivo, uma figura polarizadora e eu me vi nesse mesmo lugar também. Ela era divertida, ela era hilária, mas, acima de tudo, divertida. E eu acho que ela é simplesmente um modelo fabuloso e uma pessoa que espero que meus fãs pesquisem e vejam o quanto ela passou e como ela continuava criando sua melhor arte, mesmo no meio da indignação das pessoas sobre algo na vida dela. Ela continuava no auge do seu talento em termos de produção artística.”

Também veio à tona os prováveis easter eggs do trabalho encontrados pelos fãs: “Definitivamente, existem algumas teorias que não têm absolutamente nada a ver com a realidade. Mas sabe de uma coisa? Há algumas que são muito divertidas quando as pessoas descobrem. Tipo, ontem mesmo alguém percebeu que, se você alinhar os títulos das faixas deste álbum na ordem certa e colocá-los no centro do quadro, o formato da tracklist forma o mesmo formato do palco da Eras Tour. Então, esse foi um verdadeiro easter egg. Esse demorou um pouco para eles descobrirem, e quando finalmente perceberam, foi muito divertido. Mas também existem algumas em que as pessoas pensaram que, de alguma forma, o pão de fermentação natural fazia parte de tudo, quando na verdade… eu faço pão, adoro cozinhar. Isso não tem nada a ver com minha música. É apenas um hobby pelo qual sou obcecada. Mas tem sido muito engraçado ver o quanto as pessoas se importam, sabe? Porque, no fim das contas, easter eggs sempre levam a mais arte.”

Ainda, a loirinha detalhou como funcionaram as gravações do projeto: “Este álbum começou a nascer na Europa, durante a ‘The Eras Tour’, no último verão, e foi em um momento da turnê em que eu estava tão fisicamente exausta que meus pés doíam, minhas pernas doíam. Minhas costas, meu pescoço, tudo estava sempre dolorido. E também já era quase dois anos de turnê, então eu estava começando a desenvolver memória muscular. Eu já conseguia fazer o show sem pensar muito. Então eu sabia que precisava estimular meu cérebro e minha criatividade, encontrar uma forma de me empolgar todo dia. Então eu fazia três shows, voava para a Suécia para gravar, fazia mais três shows, voava de volta para a Suécia. E foi justamente essa estimulação do processo criativo, de fazer este disco, que me permitiu terminar a turnê sem, tipo, bater em um limite físico ou mental.”





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