Seu novo álbum é o maior mistério do mundo musical no momento. Aqui estão os questionamentos que nos deixarão acordados até ele finalmente chegar, em outubro.

Taylor Swift chocou o mundo, contando um segredinho no Video Music Awards da MTV, no domingo à noite. “Eu achei que seria um momento divertido para dizer que o meu álbum novo saíra no dia 21 de outubro”, disse Swift. “E eu falarei mais sobre à meia-noite”. Alguns minutos depois, ela postou sua nota sobre “Midnights”, juntamente a uma foto sua com as mãos na cabeça, um telefone antigo, uma agenda telefônica e dois cinzeiros vazios.

Então, durante toda a semana, o tempo não passará – é como se estivéssemos hipnotizados. “Midnights” é o maior mistério do mundo musical no momento, e tudo que os fãs podem fazer é indagar. Foi muito tolo pensarmos que a Dra. Swift deixaria agosto passar como uma garrafa de vinho. Em vez disso, ela bebeu esse verão cruel em um gole, e quebrou a garrafa em seus pés. Ela cronometrou sua nova revelação para quase exatamente cinco anos depois do anúncio do “Reputation” – cinco anos atrás, ou “Seis álbuns #1 atrás”, no tempo Taylor.

Todos seguiram em frente. Eu continuei aqui. Então, aqui estão algumas das perguntas ardentes rodeando o “Midnights”. Todos os dias, ela continua polvilhando dicas e pistas como sombra brilhante. E todos os dias, os fãs folclóricos vão mais longe como Swift-ólogos para tentar decifrá-los, como se estivéssemos todos passando bilhetes em segredo. Mas ninguém sabe de nada até 21 de outubro, quando Swift descerá do topo da montanha com o novo Tay-stamento.

Então, aqui vão 13 dos maiores questionamentos que nos deixarão acordados pelas próximas sete semanas. Me encontre no “Midnights”.

  1. Por que, Taylor? Por quê?

Sempre a pergunta chave com a Taylor. Por que ela faz isso conosco? Ela não precisa trabalhar tão duro para desencadear o caos nas nossas cabeças. Ela simplesmente ama o jogo.

Taylor saiu do radar esse ano, enquanto fazia o “Midnights”. Porém, fez uma aparição pública rara em junho no “Tribeca Film Festival”, para apresentar seu curta-metragem de “All Too Well”. Ela riu muito quando admitiu, “as pessoas normalmente subestimam muito o quanto eu me dou ao trabalho para provar um ponto”.

Palavras verdadeiras, Taylor. E nunca subestime o quanto ela dará trabalho ao mundo por um dramazinho de álbum.

  1. Sobre o que é o “Midnights”?

Taylor resumiu na sua carta. “Nós deitamos acordados com amor e medo, no tumulto e em lágrimas”, ela escreveu. “Nós encaramos as paredes e bebemos até elas falarem conosco. Torcemo-nos nas jaulas feitas por nós mesmos e rezamos para não estarmos – nesse exato minuto – prestes a cometer um erro que custará nosso destino. Essa é uma coleção de músicas escritas no meio da noite, uma jornada através de terrores e doces sonhos. Os caminhos em que andamos e os demônios que enfrentamos. Para todos nós que jogamos, viramos e decidimos manter as lanternas acesas para irmos numa busca – na esperança de que talvez, quando o relógio bater às 12… nós nos encontraremos.”

“‘Midnights’, as histórias de 13 noites sem dormir espalhadas ao longo da minha vida, será lançado dia 21 de outubro. Me encontre à meia-noite.”

Tantas perguntas, do início até o “noites sem dormir”. Ela dorme?

  1. Por que outubro?

“Midnights” será lançado no mês mais Swiftie, exatamente dez anos (e um dia) após “Red”, que chegou em 22 de outubro de 2012. É o primeiro outubro Swift desde “1989”. Ela quebrou essa longa tradição quando lançou “Reputation” em 17 de novembro, então é um retorno simbólico. O outono Maple Latte está de volta, querido.

4. O que diabos está acontecendo na capa do álbum?

Taylor está brincando com um isqueiro na frente de uma cortina de chuveiro. Ela está encarando a chama, como se estivesse acendendo uma maldita chama no escuro. Parece que a Tay está passando um final de semana perdido no “Midnights Motel” nos anos setenta, usando um casaco de inverno no banheiro, com uma gola felpuda. Taylor olhando para o isqueiro com sombra azul naturalmente traz a tona sua pergunta em “All Too Well”: “o hematoma da chama gêmea pintou você de azul?”.

Por que a Taylor tem um esqueiro? Ela não fuma e nunca canta sobre cigarros, apesar de, às vezes, inalar fumaça depois de um incêndio emocional, como em “Daylight” ou “cardigan”. Mas ela tem dois cinzeiros na mesa, além de uma foto emoldurada de duas pessoas. Isso é apenas mais uma foto para queimar?

A arte do álbum vem diretamente da série de compilações “Ultra Chilled” do início dos anos 2000. Também tem “Ultra Trance”, “Ultra Electro” e “Ultra Rock Remixed”, mas por alguma razão os CDs “Ultra Chilled” foram os que eu guardei. Isso significa que a Taylor fará uma vibe electro descontraída e de ressaca em Ibiza? Só de olhar para a capa penso “ei, é quarta-feira depois do Coachella, para onde foi todo mundo?”.

A fonte também é incrível – ela se afastou da elegância que marcou a era “Folkmore”. Uma fonte sem serifas que diferencia maiúsculas de minúsculas? Uma escolha ousada para ela.

  1. Essas fotos novas são… bastante, né?

Taylor tem quatro capas para seus vinis: “Blood Moon”, “Jade Green”, “Mahogany”, e “Midnight Blue”. Ela está em um quarto com uma forte energia de motel dos anos 70: painéis de madeira, tapete muito verde, cortinas desgrenhadas. Parece que foi decorado por Carol Brady após algumas bebidas.

Em uma foto, ela coloca uma sombra com glitter para ter uma crise chorosa, algo muito Taylor. Ela descansa com os pés para cima, com um vinil de aparência progressista no chão. Nada de bom jamais aconteceu nesse quarto. Não consigo evitar pensar que esse é o motel caído de “Getaway Car”, ou até mesmo o com o estacionamento de “illicit affairs”.

O teclado no quarto? É o clássico dos anos 1970, um Wurlitzer vintage, famoso por similares a “Supertramp” e “Three Dog Night”. Mas você ouviu desde Ray Charles (“What’d I Say”) até Queen (“You’re My Best Friend”), até Daft Punk (“Digital Love”). Taylor o usou no “folklore” (“betty”) e no “Lover” (“Soon You’ll Get Better”). Será que ele estará no álbum? Ou é apenas um lugar legal para deixar outro cinzeiro?

  1. E o vinil?

E o vinil? É óbvio que ela lançará o vinil no dia 21 de outubro, mesmo dia dos outros formatos (Sim, ela lançará em cassete, e sim, eu amassei aquele link de pré-venda como a Este com os pãezinhos do Olive Garden. Eu juro que “folklore” e “evermore” soam melhor em fita cassete).

É um único vinil, então terá, no máximo, 22 minutos por lado, o que é novo para ela. “folklore”, “evermore” e Lover tiveram uma hora. “reputation” teve 56 minutos. O único álbum que ela já lançou do tamanho de um vinil desde seu Debut foi o “1989”, que tem 48 minutos (Quase o mesmo de “Kinds of Blue”, “Astral Weeks” ou “The Velvet Underground and Nico”). Taylor gosta de lançar uma hora de música por vez – essa é a zona de conforto dela. Mas treze músicas em 48 minutos significa uma média menor que quatro minutos, sendo maior “Folklovermore” do que tamanho “Speak Now”. Para simplificar: imagine que “Midnights” será menor que cinco “All Too Well’s”.

  1. Este álbum envolverá desgosto, turbulência, traição e lágrimas?

Você é novo aqui? É um álbum da Taylor Swift. Quando ela saiu de sua bolha de trabalho para o Tribeca Film Festival, ela fez um comentário revelador, citando a lenda indie John Cassavetes: “eu nunca vi um helicóptero explodindo. Eu nunca vi ninguém explodir a cabeça de alguém. Então, por que eu deveria fazer filmes sobre eles? Mas já vi pessoas se destruírem da menor maneira.” Swift acrescentou: “Eu senti isso”.

Então prepare-se. Se há algo que sabemos com certeza sobre Midnights, é que as pessoas vão se destruir das menores maneiras.

  1. Por que este álbum é sobre meia-noite, não 2 da manhã?

Todo mundo sabe o quanto Taylor adora uma crise às 2 da manhã. Esse é o momento favorito dela para andar pela pista, desejando que você estivesse na porta dela, xingando seu nome, andando em sua caminhonete, sentindo que perdeu um amigo ou apenas sentindo sua falta enquanto os faróis passam pela vidraça. Ela tem alguns de seus melhores colapsos às 2h, embora ela mude em “Last Kiss” ao ver o rosto de seu ex em 1:58. Mas sempre que ela escolhe seu momento, parafraseando Laura Palmer em Twin Peaks: Night time, Tay time.

  1. O que significa meia-noite no Planeta Taylor?

Ela sempre tem algo especial para a meia-noite. É quando ela é pega em “Style”, quando ela toma café da manhã em “22”. Ela quer suas meias-noites em “New Year’s Day”. Ela tem um tempo ruim à meia-noite em seu aniversário de 21 anos (em “Happiness”, “The Moment I Knew” e “All Too Well”). Quando você pré-encomenda Midnights em sua loja oficial, há uma piada sobre “22”: “Parece uma noite perfeita… para se juntar à nossa lista!”

Mas minha cena favorita da meia-noite de Taylor é a ponte extremamente subestimada de “The Last Great American Dynasty”, o momento em que Rebekah caminha pela praia à noite, “olhando para o mar da meia-noite”. É o único momento da música em que Rebekah está sozinha, e é o momento em que vemos como é terrivelmente solitário ser a viúva da cidade quando seus amigos de bom tempo beberam seu champanhe e a deixaram para trás. Midnights parece pronto para ir mais fundo nesse tipo de solidão.

Nota: Já que “midnight” é a palavra de abertura de “Style”, este pode ser o lugar para mencionar que Midnights sai no mesmo dia em que My Policeman estreia nos cinemas, 21 de outubro. Então você pode começar seu dia com um álbum novo de Taylor e terminar com o novo filme de Harry Styles, se é que isso é uma combinação que você gosta.

  1. E a conexão com Emily Dickinson?

Taylor assina sua missiva com as palavras: “mantenha as lanternas acesas e vá procurar… Vamos nos encontrar”. A conta de Emily Dickinson @emilysorchard aponta que isso evoca uma carta que Dickinson escreveu em 1855, dizendo a um amigo: “estou com lanternas, procurando por mim mesmo”. Mais tarde na mesma carta, Dickinson escreve: “Não posso deixar de rir da minha própria catástrofe”, e que frase estilo Taylor é essa.

As afinidades Tay-Emily são tão profundas. Ela revelou seu fetiche de poesia do século 19 em 2020 com “The Lakes”, cantando sobre Wordsworth e Coleridge. Na época, escrevi: “Tay deveria continuar com a fan-fic – talvez Emily Dickinson ou Gertrude Stein sejam as próximas?” Então, estou obcecado com a esperança de mais conteúdo da Belle of Amherst. Dickinson gostava muito de escrever sobre meia-noite, de “Good Morning—Midnight” a “Dreams—are well—but Waking’s better” a “We grow costume to the Dark”, todos poemas que qualquer fã de Swift adoraria.

  1. Quando é a próxima Taylor’s Version?

Todo mundo achava que ela tinha outra TV chegando este ano. O mistério era: Speak Now ou 1989? Ela começou seu verão em maio lançando “This Love (Taylor’s Version)”, regravando a balada matadora do 1989. No mesmo dia, ela adicionou “The Old Taylor Collection” à sua loja, cheia de produtos do Speak Now e 1989. Ela estava apenas nos armando para nos despistar?

  1. Onde estão Jack Antonoff e Aaron Dessner?

Taylor não disse uma palavra sobre produtores, ou se ela continuará trabalhando com seus dois colaboradores de confiança, a dupla dinâmica de Jaaron Desstonoff. Esta equipe tem química, como podem ver nas suas Long Pond Studio Sessions. É como o trio criativo por trás da Trilogia de Berlin de David Bowie: Jack é seu Brian Eno, Aaron é seu Tony Visconti, com Tay como a mente loira desonesta.

Uma coisa nós sabemos: ela é exigente com os produtores e, quando clica com um, não é o tipo de conexão que ela normalmente abandona.

  1. Taylor está indo para mais cottagecore? Ou ela está voltando para o brilho pop?

Taylor escreveu as melhores músicas de sua vida com “folklore” e “evermore”, onde ela entrou no violão e nas cabines cobertas de musgo. Em junho, ela lançou uma nova e fabulosa balada folclórica: “Carolina”, do filme Where The Crawdads Sing, uma de suas canções noturnas mais assustadoras. O tempo dirá se “Carolina” foi sua despedida da era Folkmore, ou uma ponte para seu próximo álbum de synth-pop.

Mas vamos colocar desta forma: ela já fez três álbuns seguidos com o mesmo tema musical? Mesmo quando é o que as pessoas estão implorando?

Já sabemos pelo bilhete dela que Midnights está cheio de insônias noturnas. (Graças a Deus.) Não vai ser uma audição alegre. Mas lembre-se, seus álbuns cottagecore foram inspirados pela pandemia, o que significava que não havia shows ao vivo. Ela escreveu essas músicas sabendo que não as tocaria em estádios cheios de confetes e dançarinos. A cena será diferente em 2023, e se ela está planejando fazer uma turnê, ela vai escrever alguns hits de estádios pop. A outrora difamada Lover está tendo um grande ano – é seu álbum de maior sucesso e streaming a cada semana, e “Cruel Summer” ficou tão icônica, agora parece ter sido uma jogada brilhante que ela não a tornou um single. . (Ela planeja tudo.) Mas até agora, ela não está falando sobre Midnights.

Taylor adora manter as pessoas adivinhando seu próximo passo, e ela adora quando todos falhamos. Tão casualmente cruel, em nome de nada – apenas para nos infernizar. Ela já está querendo destruir nossas vidas com esse álbum e nós nem ouvimos ainda.

Texto: Rolling Stone

Tradução e adaptação: Equipe TSBR





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