Começou na última segunda-feira (7) o julgamento do processo envolvendo Taylor Swift e o radialista David Mueller em Denver, Colorado.
Para quem está por fora do caso, durante um meet & greet antes de um dos shows da RED Tour, em 2013, o radialista assediou a cantora sexualmente colocando a mão por baixo de sua saia e apalpando suas partes íntimas enquanto tiravam uma foto juntos. De início, Taylor e sua equipe reportaram o caso apenas à rádio qual David trabalhava e o mesmo foi demitido, dois anos depois ele entrou com um processo contra a cantora alegando que a mesma havia o difamado, então Taylor resolveu tornar o caso público e entrar com um contra-processo relatando o assédio. Um breve resumo pode ser lido aqui.
O caso se estendeu até os dias atuais, mais especificamente a essa semana, quando Taylor e David tiveram que ficar cara a cara no tribunal para o julgamento. Ambos prestaram depoimento, assim como testemunhas convidadas.
Todo julgamento está recebendo cobertura da imprensa local e internacional, além do que algumas pessoas que tiveram acesso ao tribunal relataram na internet. Por decreto do juiz, não foi permitido o uso de câmeras e aparelhos fotográficos na corte, portanto o canal Denver Channel também contratou um ilustrador para relatar através de desenhos como tudo estava se desenrolando.
Confira abaixo um breve resumo do que aconteceu nesta primeira semana.
Antes, conheça as pessoas envolvidas no julgamento:
Taylor compareceu desde o primeiro dia do júri, que começou na segunda-feira (7). A cantora estava acompanhada de seus pais, irmão, advogado e alguns membros de sua equipe pessoal.
O radialista David Mueller pedia em seu processo contra Taylor, Andrea e Frank Bell, que alegava serem os responsáveis por sua demissão, um valor de 3 milhões de dólares, enquanto Taylor pedia apenas um dólar, pois sua intenção era apenas que o mesmo fosse declarado culpado pelo assédio. Porém, a cantora já havia afirmado que qualquer valor a mais que recebesse no processo por assédio seria doado para instituições de caridade que se dedicam a proteger mulheres de casos semelhantes.
O advogado de Taylor usou em corte o fato que já havia sido divulgado antes mesmo do julgamento começar, que David Mueller destruiu 5 aparelhos eletrônicos diferentes que continham provas, como gravações de conversas com seu ex-chefe que poderiam provar que ele mudou sua versão do ocorrido 7 vezes.
No segundo dia de julgamento, Mueller foi convidado a dar seu depoimento sobre a noite do show, em 2 de junho de 2013. O radialista afirmou que não tinha interesse no show daquela noite, mas que a cantora e sua equipe destruíram sua vida ao ocasionar sua demissão.
Sobre o assédio, ele afirmou que durante a sessão de fotos teria tocado em algo que “parecia ser as costelas” de Taylor, mas que Eddie Haskell, seu ex-colega, havia participado da mesma sessão de fotos e passado a mão na bunda da cantora e que ela estava usando shorts de academia por baixo da saia.
Ele conta que na mesma noite, a equipe de seguranças de Taylor o encontrou no estádio do show e pediu que ele se retirasse, pois ela não o queria lá. Além disso, ele foi banido de qualquer outro show futuro de Taylor.
Dois dias depois, o radialista procurou a rádio que trabalhava para saber do que estava sendo acusado e então foi demitido, no dia 4 de junho de 2013. Então, por isso, David diz que entrou com o processo para “limpar o seu nome”.
O advogado de Taylor afirmou que Eddie Haskell não tem nada a ver com o caso de assédio e que Taylor permanece certa de que o assediador foi apenas David Mueller.
Durante o depoimento do radialista, Andrea Swift começou a chorar e Taylor a abraçou.
Alguns questionamentos de Doug Baldridge, o advogado de Taylor, ao interrogar David:
“A rádio te demitiu, não Taylor. Mas você processou ela, sua mãe e Frank Bell?” […] “A Apple vai nos mostrar os papéis dizendo que você derramou café no computador que destruiu?” […] “Você nunca falou pra Robert Call sobre Eddie Haskell admitir encostar nas nádegas de Taylor, correto?”
Doug ainda revela que na sessão de fotos haviam dois grupos para conhecer Taylor, um para mídia e um para os fãs. O radialista teria ido direto para a dos fãs que era formada, em sua maioria, por garotas e suas mães.
O terceiro dia de julgamento começou com o juiz William Martinez ordenando uma audiência fechada com os advogados de ambas as partes. Mídia e público foram retirados do tribunal.
Após a audiência fechada, todos retornam para corte onde David volta a depor. Então a foto do meet & greet é mostrada (veja aqui). Ele admite que sua mão está abaixo das costelas de Taylor na foto do encontro, diferente do que disse no dia anterior, mas que estava “se ajeitando” para a foto com a mão nas costelas de Taylor, e então sua mão escorregou. “Eu não queria ferir a senhorita Swift.”, afirmou.
Diversas fotos daquele meet & greet foram mostradas na corte como evidência. Todas mostram onde estão as mãos das pessoas.
“Você viu as outras fotos. Ninguém mais tinha as mãos próximas das nádegas de Taylor.Você está vendo um homem nesta foto, certo? Está vendo sua mão muito mais para cima? Não parece mais apropriado? É possível que alguém olhasse para a sua foto com a senhorita Swift e concluísse que ela estava tentando se afastar de você?”, questionou o advogado de Taylor.
“Minha mão estava para baixo, não em suas nádegas”, diz David Mueller para o júri.
Robert Call, o diretor da rádio, testemunha que David foi demitido pelo incidente da foto, por mudar histórias e por Frank Bell ter entrado em contato com a diretoria da KYGO.
O advogado de Taylor questiona sobre empregos anteriores de David Mueller, onde foi demitido tanto em Minneapolis quanto em Kansas City. Além disso, afirma que o radialista conversou com 37 pessoas sobre o incidente depois de sua demissão.
Mueller diz que contou aos amigos das rádios sobre as acusações para pedir ajuda e contar o que aconteceu e que é possível que isso tenha feito com que ele não fosse mais contratado por nenhuma outra estação.
Doug Baldridge pergunta a David Mueller: “É inapropriado uma mulher denunciar quando acredita que foi tocada inapropriadamente?”, então ele responde, “Não, senhor”.
Andrea Swift é convidada a dar seu depoimento e começa a ser interrogada por Gabriel McFarland, advogado do radialista.
“Fiquei chateada de um jeito que senti que queria vomitar e chorar ao mesmo tempo. Isso nunca tinha acontecido antes. Era inconcebível, foi chocante“, disse a mãe de Taylor, que não estava no local da foto durante o incidente, mas que ficou muito chateada ver sua filha relatando que havia acabado de ser violentada. Então, sentiu que era importante para os empregadores do Mueller soubessem o que aconteceu. ”Ele abusou sexualmente da minha filha, queria que eles tirassem uma conclusão própria”.
Quando questionada sobre o motivo de não ter tornado a denúncia pública de imediato e chamado a polícia, ela respondeu: “Eu não queria que este evento definisse a vida da minha filha. Não queria que o público soubesse do assédio e que minha filha tivesse que revivê-lo através de entrevistas. Eu vi o rosto dela, eu poderia dizer que havia algo terrivelmente errado.”
McFarland começa a questionar se Austin Swift, irmão de Taylor, já havia alguma vez tocado uma mulher inapropriadamente. O juiz interrompe e proíbe este tipo de pergunta.
O advogado de Taylor assume e pede que Andrea fale sobre sua familia. Ela diz que eles adoram passar tempo juntos e que são muito próximos. Andrea começa a chorar e dizer que essa situação é muito difícil para ela.
“Por que a ensinei a ser tão educada? Não acredito que minha filha ainda agradeceu a Mueller e sua namorada pela foto” […] “A melhor pessoa para gerenciar a carreira da Taylor é ela, pra que não deixasse ninguém se aproveitar dela”.
A mãe de Taylor conta que elas visitaram inúmeras estações de rádio em seu tempo de carreira e nunca haviam sofrido nada semelhante até então.
“Nós fazemos meet & greets de graça. O fãs são tudo, mas hoje em dia Taylor não anda mais pelo público nos shows devido a esse episódio. Isso nos deixou muito assustados. O incidente deixou Taylor assustada e humilhada”, disse.
A foto do incidente é novamente mostrada na corte.
“Eu fiquei enojada. Podia ver o medo nos olhos dela. Estava morrendo de medo daquela foto vazar”, conta a mãe.
O advogado pergunta: “Você reconsiderou se deveria ter chamado a polícia?”, ela responde, “Absolutamente”.
Andrea revela que Taylor nunca pediu para que Mueller fosse demitido.
Alguns repórteres disseram que Taylor chorou um pouco enquanto sua mãe falava e olhou algumas vezes para a equipe de Mueller.
McFarland, advogado de David questiona. “Existe a possibilidade de que foi alguém que não o Sr. Mueller?”, Andrea responde, “Nenhuma.”
Andrea diz que a foto não mostra explicitamente que o vestido de Taylor não estava levantado.
Ao final do dia, Frank Bell, funcionário da 13Management, é convidado a depor.
Ele conta que conhece Taylor desde que ela nasceu e tem uma cópia da certidão de nascimento dela na casa dele.
“Eu estava chocado, horrorizado e incrédulo. Foi uma experiência terrível. Nenhuma dúvida de que Taylor esteja falando a verdade. Sei que ele cometeu assédio. Temos uma foto dele e ele está com a mão na bunda dela. Taylor me contou pessoalmente sobre o que aconteceu”, disse.
Bell diz que nunca disse para o chefe da KYGO o que pensar da foto de Swift e Mueller e que não consegue imaginar nenhuma hipótese em que a equipe de Taylor possa ter feito pressão econômica na estação de rádio. Além disso, ele confirma que o chefe da KYGO ficou sabendo do incidente por um funcionário da rádio e não pela equipe de Taylor.
No quarto dia, todos tiveram que passar por dois detectores de metais e um cão farejador de bombas para entrar tribunal.
Segundo uma repórter, Scott e Austin Swift foram os primeiros a chegar e ficaram sentados na primeira fila.
Taylor estava em um vestido floral preto na altura do joelho e saltos pretos. Sua bolsa de mão marrom estava no chão do salão durante o julgamento. Ela sorriu para os repórteres na corte.
Mueller e Taylor sentavam em mesas paralelas em lados opostos do salão com seus advogados aos seus lados.
Taylor Swift é convidada a depor. Logo sua mãe passa mal e é liberada pelo juiz Martinez.
“Ele tocou em mim, tocou por muito tempo. Foi tempo o suficiente para eu saber que foi intencional. Ele ficou encostando nas minhas nádegas enquanto eu tentava me esquivar dele. Me afastei o máximo que pude. Por um breve momento que eu pensei que aquilo pudesse ter ocorrido por engano, eu me afastei muito rápido, mas ele não tirou a mão de lá. Foi tudo bem assustador, porque nunca tinha acontecido antes. Depois que isso tudo aconteceu, uma luz se apagou em minha personalidade. E eu os agradeci por ter vindo sem algum ânimo. Eu só conseguia olhar para o chão e não fiz contato visual com nenhum deles dois“, relatou Taylor.
O advogado pede para a cantora confirmar um testemunho anterior.
Taylor continua contando que havia apenas mais alguns fãs para conhecer, e seriam apenas mais alguns minutos até que pudesse falar para alguém o que havia acontecido. Ela ainda diz que se parasse naquele momento estragaria a noite de fãs que passaram horas na fila.
”Isso não era algo que eu queria que soubessem”, disse.
O advogado de David começa a questionar a cantora e pergunta o motivo de não ter reagido na hora do ocorrido. Então ela responde, “Não vou deixar seu cliente tratar de forma alguma isso como se fosse culpa minha, porque não é. O que aconteceu foi produto das decisões dele, não das minhas.”
Mais uma vez a foto do assédio é mostrada na corte.
“Eu não preciso de foto, tenho certeza que foi ele. Tenho a imagem perfeita em minha mente, pois aconteceu comigo. Ele apalpou minha bunda. Eu sei que foi ele”, diz firme. “Ele não tocou minha costela, ele não tocou meu braço, ele agarrou minha bunda.”
McFarland pergunta a Taylor: “Não é estranho que seu segurança não tenha feito nada? Você está irritada com seu segurança?”
A cantora responde: “Eu não o julgo. Foi assustador, chocante e eu nunca tinha passado por isso antes. Estou chateada com seu cliente por colocar a mão por baixo da minha saia e apalpar minha bunda. Foi um ato cruel e calculado. Ele viu seu cliente levantar minha saia. Assim que não tinha mais nenhum fã por perto, eu reportei o ocorrido.”
Taylor revela que sentiu que tanto Mueller quanto sua namorada pareciam ter ingerido bebida alcoólica naquela noite, mesmo que David tenha negado antes.
Ela se negou a estimar quanto tempo demorou até o término do meet & greet, pois não tem total certeza e diz que contou a fotógrafa, que também percebeu e sabia que tinha sido Mueller sem ela mencionar.
”Ele chegou e quis deixar bem claro que estava a convite da rádio. Eu já tive todo tipo de primeiro encontro estranho. Isso não foi acidental. Nós estávamos na posição perfeita para a foto, não era uma cena em movimento”, continuou.
Um repórter disse que Taylor parece bem calma e controlada ao testemunhar. Ela continua dizendo que não houve nenhuma conduta inapropriada por parte de Eddie Haskell, ex-colega que David Mueller tenta culpar, na mesma noite. Taylor afirma que se importa muito com que trabalha em estações de rádio e todo o trabalho que realizam.
Quando questionada se teria algo a ver com a demissão do radialista, ela responde: “Não tive nenhuma reação, só desejava nunca mais vê-lo de novo. Não sinto nada pelo pelo Sr. Mueller, não o conheço”.
O advogado ainda pergunta como a cantora encara ter sido chamada de “fria” por David Mueller. Firme, Taylor responde “Eu tenho uma grande capacidade de receber todo tipo de crítica.”
Quando questionada se não podia ter feito algo na hora do assédio, ela finalizou: “Seu cliente podia ter tirado ter uma foto normal comigo.”
Robert Call, vice-presidente da KYGO, é convidado a depor.
Ele relata que demitiu David Mueller após receber a foto por parte de Frank Bell e o pedido que Eddie Haskell o fez para que o ocorrido fosse investigado.
“Em nossa opinião, David violou nosso contrato e criou uma situação constrangedora para nossa empresa e nossos clientes, por tocar em Taylor”, disse Robert, que alega que o que aconteceu pode ter sido “incidentalmente ou acidentalmente”. “A foto mostra Taylor se movendo claramente para o lado de Shannon Melcher. Existe um espaço entre Taylor e Mueller, e nesse espaço é possível ver sem dúvidas que a mão dele está abaixo de sua parte traseira.”
Robert Call diz que tinha informações muito fortes em mãos que fizeram chegar a decisão de demitir Mueller. Tanto pela foto, quanto por ouvir que o radialista havia mudado sua versão da história de “não aconteceu, não aconteceu” para “foi um acidente”.
“Não fazia sentido pra mim Taylor inventar essa história”, afirmou.
Eddie Haskell é chamado para testemunhar.
O ex-colega de David diz que já está familiarizado com a alegação que é feita contra ele e afirma que é uma absoluta mentira.
“Eu assediei Taylor em uma sala com vinte pessoas, então logo depois sua mãe me leva cordialmente para um passeio nos bastidores?”, disse sarcasticamente. “O fato de que David levou dois anos para trazer essa história à tona mostra que isso é uma mentira”.
Eddie ainda conta que as falsas acusações de David contra ele o prejudicaram em sua carreira.
Stephanie Simbeck, fotógrafa responsável pela foto do assédio é chamada para testemunhar. Ela diz que não viu David colocar a mão por baixo da saia de Taylor, mas que viu que ela havia colocado a mão atrás e a tocado de forma inapropriada.
“Taylor tinha uma expressão facial desconfortável e chocada, então eu percebi que ele havia a tocado. Não preciso da foto para saber disso, pois eu vi acontecer. Taylor estava desconfortável e isso me deixou desconfortável também”, disse Stephanie que percebeu que a cantora estava tentando se afastar de Mueller, enquanto em outras fotos com fãs ela é bem próxima.
A fotógrafa lembra que Taylor não teve a chance de contar o que havia acontecido após Mueller sair, pois outros fãs já estavam na sala, mas que Taylor relatou o que aconteceu logo após o meet & greet acabar. Então, Stephanie lembra de ter dito que tinha a foto e ter ido buscar para mostrar para Taylor, “É ele! Eu sabia!”.
Greg Dent, o guarda-costas de Taylor, é convidado a testemunhar.
O segurança diz que na hora estava atento para a parte de trás dos três presentes na sessão de fotos para garantir que ninguém aparecesse atrás da foto e percebeu quando David Mueller colocou a mão por baixo da saia de Taylor.
“Eu sei que eu vi. Eu não acredito que vi, eu sei que eu vi. Quando ele colocou os braços ao redor dela, sua mão estava embaixo da saia. Ela pulou, abaixou a saia e afastou para o outro lado”, disse.
Greg Dent disse que se moveu um pouco quando percebeu, mas como Taylor não deu a ele nenhum sinal para fazer algo, ele continuou observando enquanto ela continuava o meet & greet. Após Taylor se dirigir ao camarim, ele diz que dois seguranças começaram a observar o radialista e o seguiram, pois estavam com a impressão que ele havia bebido desde que entrou na sala, então chegaram na área que fica o bar na arena do show e lá estava David, porém não fizeram nenhum tipo de contato com o radialista.
O advogado de David questiona se ele viu a mão de Mueller tocar Taylor. Greg responde que não viu ele tocar fisicamente, mas viu que sua mão estava embaixo da saia dela e que ela reagiu abaixando a saia e se moveu pro outro lado.
O guarda-costas ainda afirma que sempre dobra sua atenção quando fãs do sexo masculino entram para encontrar a cantora, que segundo ele é “muito amigável” com os fãs mesmo quando não está em local de trabalho.
Na sexta-feira (11), quinto dia de julgamento, o advogado de Taylor Swift pede ao juiz que a cantora seja removida do caso por falta de evidências que a mesma tenha algo mais a dizer do que o que já tenha dito em depoimento e que não há qualquer evidência que ela seja responsável pela demissão de David Mueller da estação de rádio.
O juiz pede 10 minutos para decidir e ao voltar decreta que Taylor está removida do processo referente à demissão do radialista da KYGO por falta de provas. Porém, o processo movido contra Andrea Swift e Frank Bell seguirão para o júri na próxima semana, além do contra-processo de Taylor relatando o assédio sexual que também seguirá para a próxima segunda-feira (14), quando ambas as partes terão 60 minutos para as considerações finais.
Fonte e créditos: Denver Channel, Blair Miller
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