Resenha feita por Stephen Thomas Erlewine
Taylor Swift canta “Se eu fosse um homem, eu seria o homem” numa música presente no Lover, seu sétimo álbum de estúdio, que acaba de ser lançado. A faixa não está se gabando se for verdade. Talvez o Reputation, de 2017, não tenha sido popularmente unânime do jeito que seu álbum pop avançado de 2014, 1989, foi, mas aquilo foi parte de um projeto. Duro como aço, Reputation mostrou a chegada de uma Taylor adulta—uma maturidade consciente que não se importa em disfarçar algo. Lover, em contraste, é um pouco mais bagunçado, quase desafiante. Swift mantém Jack Antonoff, o capitão da antiga diversão que está ao lado dela desde o 1989 de 2014,como seu colaborador chefe, e enquanto a dupla permanece forte com aspectos mais frios do synth pop do final dos anos 80, nem tudo aqui soa elegante e como uma atualização sexy do T’Pau. Certamente, “The Archer” aquece com com o brilho de seus sintetizadores retrô, lembrando tanto “Out of the woods” como “Heart and Soul”, ainda que essa frieza não seja a cor primária em Lover. Swift retorna para essa ocasião frágil, aquecendo seu frio na sua mini epopeia “Miss Americana & The Heartbreak Prince”, mas Lover é brilhante, vívido e sincero, contendo uma gama completa de emoções humanas. Felizmente, isso inclui uma dose pesada de estupidez; esqueça a efervescência de “Paper Rings”, a coisa mais próxima de chiclete que Taylor já gravou, o que inclui a introdução falada de Idris Elba em “London Boy”, completamente pateta. Swift inteligentemente equilibra essas peças de puro pop com músicas extremamente profundas de sentimentos complexos. Ouça mais de perto “The Man” e ficará claro que a música não é um orgulho nem um manifesto, mas sim uma certa raiva do sexismo institucional. “The Man” não é o único lugar onde Swift aborda problemas políticos. Em “You Need to Calm Down”, ela oferece um hino para os aliados, escrevendo um manifesto que talvez seja um pouco excessivo, mas cuja precisão pode ser ativa. O testemunho “Soon You’ll Get Better” é trêmulo e uma oração sincera pela cura, com participação de Dixie Chicks; seus pedidos para seu doente amado melhorar são os mais afetados por serem sem efeito. Os estudiosos de Swift poderiam argumentar que “Soon You’’ll Get Better” é escrita para sua mãe, assim como “I Forgot That You Existed” é uma resposta contra algumas críticas online sem nome, mas adivinhar as inspirações por trás de Lover diminui um álbum tão generoso e colorido. Mais do que 1989 ou Reputation, Lover parece realmente maduro e totalmente realizado: Swift está abraçando todos os aspectos da sua personalidade, da esperançosa sonhadora para a artista friamente controlada, resultando num álbum que é familiar e ao mesmo tempo surpreendente.
4 estrelas
Resenha feita por AllMusic e traduzida pela equipe TSBR.
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