24 de janeiro de 20 Autor: Julia Cardoso
Miss Americana é emocionante e inspirador

Embora estrear um documentário sobre uma das maiores estrelas pop do mundo no Sundance Film Festival não pareça exatamente algo indie, devo admitir que assistir a um documentário sobre Taylor Swift com uma multidão no Sundance foi uma experiência interessante. Embora houvessem claramente muitos fãs de Swift presentes, notei que homens e mulheres mais velhos, que não tenho certeza se sabiam muito sobre ela antes de assistirem ao filme, compunham a maior parte do público. Dito isso, houve muito envolvimento da multidão, incluindo muitos risos e aplausos. O público, fãs ou não, pareciam estar investidos no filme.

Miss Americana estreou no Sundance porque a cineasta Lana Wilson foi descoberta no festival em 2003. Seu primeiro documentário, After Tiller, estreou aqui e foi muito bem recebido por críticos e membros da platéia. Esse é o terceiro documentário de Wilson e, embora o foco esteja em uma grande estrela como Taylor Swift, a maior parte do filme é muito íntima. Existem várias cenas durante o documentário em que nós, como telespectadores, apenas assistimos Taylor fazer coisas normais, como conversar enquanto compartilha uma taça de vinho com um amigo ou sentada, comendo um burrito com seu produtor.

Há também muitas cenas em que você se sente como uma mosca espiando na parede. Isso dá ao espectador uma visão detalhada de como é ser Taylor Swift por um dia. Além disso, embora existam várias apresentações de concertos reais da Taylor, é refrescante assistir um documentário musical em que você sente que está obtendo informações reais e privilegiadas. Esse não é um documento padrão de música centrado na ascensão de Taylor Swift, mas um documentário de várias camadas que fala sobre vários assuntos em um curto período de tempo. Fiquei realmente chocado com a quantidade de informações reveladas, dado o tempo de execução de 85 minutos.

Como alguém que se considera Swiftie, senti que Wilson encontrou o equilíbrio perfeito para fazer um documentário para os fãs, como também para alguém que realmente não sabe muito sobre Swift como pessoa e possivelmente irá para cass com um novo nível de respeito e apreço por ela. Wilson realmente faz um ótimo trabalho em fazer o público se conectar com Swift em um nível pessoal e sentir empatia por ela. Ela entra na cabeça de Swift e permite que o espectador entenda completamente de onde ela é, como se sente e o que a faz reagir.

Houveram vários momentos durante o filme em que me vi estranhamente emocional, quase a ponto de chorar, embora o filme não gaste muito tempo falando sobre como Swift se tornou um fenômeno mundial ou mostrando suas realizações, porque ele também se concentra em muitas das coisas que aconteceram com ela nos últimos 15 anos. Minha reação emocional ao que foi mostrado me atingiu com força, porque me lembrou de quanta raiva e ódio existem neste mundo.

O filme aborda toda a polêmica do “Taylor Swift is Over Party” que aconteceu há alguns anos atrás, e me fez pensar sobre o quão cruel somos frequentemente com os outros e como agimos quando estamos atrás de nossas telas. Eu me senti muito mal por ela e como deve ter sido acordar uma manhã, ver seu nome publicado em todos os lugares, com milhões de pessoas dizendo o quanto elas te odeiam. Foi algo que realmente me incomodou, mas isso só mostra o quão convincente é esse documentário.

Para aqueles que se perguntam se há grandes revelações ou surpresas no filme, eu diria que há algumas revelações chocantes, incluindo como Swift desenvolveu um distúrbio alimentar e sobre sua forte necessidade de aprovação de estranhos para sentir um senso de propósito. Há outras revelações sobre sua vida mencionadas ao longo do filme também, mas a maior vantagem é quando ele mostra o quanto Swift merece o nível de fama e fortuna que ganhou. Ela trabalhou incansavelmente para chegar onde está, superando enormes obstáculos ao longo de sua carreira. Taylor está sendo sempre criticada por pessoas no mundo inteiro que nem sabem quem ela é ou o que ela representa, e, no entanto, ela continua se esforçando para melhorar todos os dias.

Taylor Swift: Miss Americana pode não mudar o jogo quando se trata de documentário, mas é emocionalmente eficaz, surpreendentemente divertido e incrivelmente inspirador. Embora a música de Swift possa não se conectar com todos, é difícil negar – especialmente depois de assistir a esse filme – que ela é alguém cujo trabalho duro, paixão, dedicação e esperança de tornar o mundo um lugar melhor, devem ser abraçados e comemorados.

Matéria publicada pela We Live e traduzida pela Equipe TSBR.





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