30 coisas que eu aprendi antes dos 30
por Taylor Swift

 

De acordo com a minha certidão de nascimento, faço 30 anos neste ano. É estranho porque uma parte de mim sente que tem 18 anos e parte de mim sente que tem 283, mas minha a idade mesmo é 29. Ouvi falar que os trinta e poucos são “os mais divertidos!”, então definitivamente vou manter vocês informados sobre o que eu descobrir sobre isso. Mas, até lá, achei que deveria compartilhar algumas lições que aprendi antes dos 30, porque é 2019 e amar é compartilhar.

 

1. Aprendi a abafar um pouco do barulho. Redes sociais podem ser ótimas, mas também podem inundar seu cérebro de imagens de coisas que você não é, coisas em que você está falhando, ou quem está em um lugar mais legal em qualquer momento que seja. Uma coisa que eu faço para diminuir esse raio laser esquisito de insegurança é desabilitar os comentários. Sim, eu não permito comentários nos meus posts. Assim, eu mantenho meus amigos e fãs informados sobre a minha vida, mas treino meu cérebro para não precisar da validação de alguém sobre a minha aparência. Também impeço qualquer pessoa que sinta que precisa me mandar “me jogar numa vala e morrer” quando estou tomando meu café às nove da manhã. Acho que é saudável para a sua autoestima precisar de menos validação da internet, especialmente quando, descendo três comentários, você pode, sem querer, ver alguém te dizer que você parece uma fuinha que foi atropelada por um caminhão e precisou levar pontos de um taxidermista bêbado. Esse foi um comentário real que eu recebi uma vez.

 

2. Ser legal com todo mundo o tempo todo pode causar muitos problemas. Por mais que tenha sido devido ao fato de ser criada para ser educada, pode ser que alguns dos maiores arrependimentos da sua vida aconteçam se alguém se aproveitar desse traço em você. Ganhe força, confie nos seus instintos e saiba quando não apanhar calada. Seja como uma cobra: só morda se alguém pisar em você.

 

3. Tentar e não conseguir e tentar de novo e também não conseguir é normal. Pode não parecer normal pra mim, porque todos os meus fracassos são expostos de forma desproporcional como se isso fosse um esporte na cultura dos tabloides (me permitam esse um momento de amargura, por favor). DITO ISSO, é bom fazer besteiras e aprender com elas e se arriscar. É especialmente bom fazer isso nos seus vinte e poucos porque é quando estamos na busca. Isso é BOM. Sempre vamos estar em busca de algo, mas não com tanta intensidade quanto nessa época em que nossos cérebros ainda se desenvolvem em uma velocidade tão alta. Não, isso não é desculpa pra você mandar uma mensagem para o seu ou a sua ex agora. Não foi isso que eu disse. Ou faça isso, tanto faz, talvez te ensine alguma coisa. Depois você provavelmente vai esquecer o que aprendeu e fazer outra vez… Mas tá tudo bem, faça o que for certo pra você, você está na busca.

 

4. Aprendi a parar de odiar cada grama de gordura no meu corpo. Eu trabalhei duro para treinar meu cérebro a aceitar que um pouco de peso a mais significa curvas, cabelo com brilho e mais energia. Acho que muitas de nós exploramos os limites das dietas, mas ir longe demais pode ser perigoso. Não há uma fórmula mágica. Eu trabalho para aceitar meu corpo todos os dias.

 

5. Banir o drama. Você tem um limite de espaço na sua vida e um limite de energia que pode gastar com as pessoas na sua vida. Saiba distinguir. Se alguém que faz parte da sua vida está te machucando, sugando sua energia ou causando dor a você de uma forma que parece impossível de resolver, bloquear o número dessa pessoa não é cruel. É uma configuração bem simples no seu celular que, se você escolher usar, vai eliminar drama.

 

6. Aprendi que a sociedade deixa bem claro para as mulheres que exibir qualquer sinal de envelhecimento é a pior coisa que pode nos acontecer. Isso diz às mulheres que não nos é permitido envelhecer. É um padrão impossível de alcançar e eu adoro a forma sincera de Jameela Jamil falar sobre esse assunto. Ler as palavras dela é como ouvir uma voz da razão entre toda essa cultura que diz que as mulheres devem desafiar a gravidade, o tempo e tudo que é natural para poder cumprir esse objetivo bizarro de juventude eterna que não é nem remotamente exigido dos homens.

 

7. Meu maior medo. Depois do atentado na Manchester Arena e do tiroteio em um show de Vegas, eu estava com um medo terrível de sair em turnê desta vez porque não sabia como iríamos manter 3 milhões de fãs a salvo ao longo de sete meses. Foram necessários planejamento, gastos e esforço tremendos para manter meus fãs a salvo. Meu medo de violência se estendeu à minha vida pessoal. Eu carrego comigo QuikClot, que são bandagens militares usadas para feridas de tiros e esfaqueamentos. Sites e tabloides acharam certo postar na internet todo endereço de toda casa que eu já tive. São tantos stalkers tentando entrar na sua casa que você meio que começa a se preparar para coisas ruins. Tento me lembrar todos os dias do bem que há no mundo, do amor que eu já presenciei e da fé que tenho na humanidade. Precisamos viver com coragem para que possamos nos sentir vivos de verdade, e isso significa não ser paralisados por nossos maiores medos.

 

8. Aprendi a não deixar opiniões de fora estabelecerem o valor que eu coloco nas minhas próprias escolhas de vida. Por tempo demais, as opiniões projetadas de estranhos afetaram a forma que eu via meus relacionamentos. Fosse o consenso geral da internet sobre quem seria certo pra mim, fosse o que eles consideravam “o melhor casal” com base em uma foto que eu postei no Instagram. Isso não é real. Para alguém como eu, que busca aprovação, foi uma lição importante aprender a ter MEU PRÓPRIO sistema para estabelecer o valor das coisas e saber o que eu de fato quero.

 

9. Aprendi a fazer alguns drinques fáceis como um copo de Pimm’s, Aperol spritz, Old Fashioned e Mojito, porque… 2016.

 

10. Sempre cozinhei MUITO, mas encontrei três receitas que sei que vou preparar para jantar com amigos até o fim da vida: o espaguete com almôndegas de verdade da Ina Garten (compro farinha de rosca pronta mesmo e uso carne moída para as almôndegas), o frango de Mughlai da Nigella Lawson e as fajitas de frango ao molho mole do Jamie Oliver. Comprar um espremedor de alho mudou a minha vida. Também aprendi a converter Celsius para Fahrenheit de cabeça (que é algo que tenho certeza que a internet chamaria de “weird flex but ok” ou “tá, grandes coisa”).

 

11. Descobri recentemente a fita para fixar quadros da Command, e com certeza eu teria menos buracos nas paredes se sempre tivesse pendurado as coisas com ela. Eles não me pagaram pra dizer isso, eu só amo a fita mesmo.

 

12. Pedir desculpas quando você machucou alguém importante pra você não é nenhuma vergonha. Mesmo que não tenha sido sua intenção, é fácil pedir desculpas e seguir em frente. Tente não dizer “sinto muito, mas…” e criar desculpas para si mesmo. Aprenda a se desculpar de forma sincera, e você pode evitar perder a confiança de seus amigos e parceiros.

 

13. Na minha opinião pessoal, em casos de abuso sexual, eu acredito na vítima. É agoniante passar pela experiência de se pronunciar. Eu sei disso porque o meu julgamento de assédio foi uma experiência horrível e desmoralizante. Acredito nas vítimas porque conheço, em primeira mão, a vergonha e o estigma que vêm quando você levanta a mão e diz “isso aconteceu comigo”. É algo que ninguém escolheria para si. Nos pronunciamos porque temos que fazer isso, e porque temos medo do que poderia acontecer com outra pessoa se não fizermos isso.

 

14. Quando alguém que você conhece passa por uma tragédia com a qual você nunca lidou, não tem problema dizer que você não sabe o que dizer. Às vezes, dizer que sente muito é tudo que a pessoa precisa. Não tem problema não ter algum conselho útil para dar, você não tem todas as respostas. Mas não é certo desaparecer da vida da pessoa em seu momento mais sombrio. Seu apoio é tudo que alguém precisa quando está no fundo do poço. Mesmo que você não possa ajudar naquela situação, é bom que a pessoa saiba que você faria isso se pudesse.

 

15. Vitaminas fazem com que eu me sinta muito melhor! Eu tomo L-teanina, um suplemento natual que ajuda a combater estresse e ansiedade. Também tomo magnésio para manter meus músculos saudáveis e ter energia.

 

16. Antes de você pular de cabeça, talvez, não sei… conheça a pessoa! Nem tudo que reluz é ouro e as primeiras impressões, na verdade, não são tudo. É impressionante como alguém pode encantar as pessoas instantaneamente e ser o dono do pedaço, mas agora eu sei que o que é mais valioso em uma pessoa não é quão encantadora ela é quando você a conhece (eu chamo isso de “os 15 primeiros minutos sólidos”), mas as camadas que você descobre com tempo. Eles são honestos, autoconscientes e maliciosamente engraçados nos momentos em que você menos espera? Eles estão lá quando você precisa deles? Eles ainda te amam depois de te verem machucada? Ou depois de você ter uma conversa completa com seus gatos como se fossem pessoas? Essas são coisas que uma primeira impressão nunca poderia transmitir.

 

17. Depois de dormir com maquiagem durante a adolescência e os vinte e poucos anos e, ocasionalmente, usar hidrocor Sharpie como delineador (NÃO FAÇA ISSO), senti que precisava começar a ser mais gentil com a minha pele. Eu agora hidrato meu rosto toda noite e passo hidratante depois de tomar banho, não apenas no inverno, mas durante todo o ano, porque… por que não posso ter a pele macia em todas as estações?!

 

18. Perceber as cicatrizes da infância e trabalhar para corrigi-las. Por exemplo, não ter sido nada popular quando criança sempre foi uma fonte de insegurança para mim. Mesmo quando adulta, ainda tenho flashbacks recorrentes de sentar à mesa do almoço sozinha, me esconder em um banheiro ou ser ridicularizada ao tentar fazer um novo amigo. Nos meus vinte e poucos anos eu me vi cercada por garotas que queriam ser minhas amigas. Então, eu gritei do topo de prédios, postei fotos e comemorei minha nova aceitação em uma irmandade, sem perceber que outras pessoas ainda poderiam sentir o mesmo que eu sentia antes. É importante resolver nossos problemas de longa data antes de nos transformarmos na própria incorporação deles.

 

19. Joguinhos, só na paquera mesmo. Em um relacionamento ou amizade real, você está dando um tiro no pé se não contar à outra pessoa como está se sentindo e o que pode ser feito para melhorar as coisas. Ninguém lê mentes. Quem realmente se importa vai querer que você verbalize como se sente. Isso é vida real, não xadrez.

 

20. Aprender a diferença entre amizades duradouras e temporárias. Tem algo em “estamos em nossos vinte e poucos anos!” que coloca as pessoas em grupos que podem parecer uma família que você mesmo escolheu. E talvez eles sejam mesmo, para o resto da sua vida. Ou talvez eles sejam apenas seus companheiros para uma fase importante, mas não para sempre. É triste, mas às vezes, quando você cresce, você deixa relacionamentos para trás. Você pode deixar amizades para trás ao longo da vida, mas sempre vai manter as memórias.

 

21. Moda tem tudo a ver com experimentação lúdica. Se você não olhar para fotos antigas de alguns dos seus looks passados e ficar com vergonha, você está fazendo isso errado. Ver: Bleachella.

 

22. Como travar uma luta justa com quem você ama. Provavelmente, você não está tentando ferir a pessoa que ama e ela não está tentando ferir você. Se você pode diminuir a tensão de uma briga até virar uma conversa em que cada um explica seu lado, há mais chances de acabar com a vergonha de perder a briga e o ego de “ganhar” a briga. Conheço um casal que, no meio de uma briga, diz “Ei, mesmo time”. Encontre uma maneira de neutralizar a raiva, porque ela pode sair do controle e fazer você perder de vista as coisas boas que vocês construíram. Não distribuem prêmios por vencer mais brigas em um relacionamento. Só distribuem papéis de divórcio.

 

23. Eu aprendi que tenho amigos e fãs na minha vida que não se importam se eu for #cancelada. Eles estavam lá nos piores momentos e eles estão aqui agora. Os fãs e o quanto se importam comigo, com meu bem-estar e com minha música me deram forças para atravessar a crise. A parte mais emocionante da Reputation Stadium Tour foi saber que estava olhando para os rostos das pessoas que me ajudaram a voltar. Eu nunca esquecerei aqueles que ficaram por perto.

 

24. Eu tive que aprender a lidar com doenças graves na minha família. Meu pai e minha mãe tiveram câncer, e minha mãe agora está lutando contra ele novamente. Isso me ensinou que antes há os problemas reais e depois há todo o resto. O câncer da minha mãe é um problema real. Eu ficava muito ansiosa com os altos e baixos diários. Agora, toda a minha preocupação, estresse e orações vão para problemas reais.

 

25. Me lembro de pessoas me perguntando: “Sobre o que você vai escrever se estiver feliz?”. Há um equívoco comum de que os artistas precisam ser infelizes para fazer boa arte, de que arte e sofrimento andam de mãos dadas. Eu sou muito grata por ter aprendido que isso não é verdade. Encontrar felicidade e inspiração ao mesmo tempo tem sido muito legal.

 

26. Faço contagens regressivas para as coisas pelas quais estou animada. Quando passei por momentos ruins, sempre me deu um pouquinho de alívio e esperança abrir um aplicativo de contagem regressiva (eles são gratuitos) e adicionar coisas pelas quais estou ansiosa. Mesmo que não sejam grandes feriados ou algo assim, é bom olhar para o futuro. Às vezes podemos nos sentir sobrecarregados no agora, e é bom ter uma perspectiva de que a vida sempre continua, para coisas melhores.

 

27. Aprendi que desarmar o bullying de alguém pode ser tão simples quanto aprender a rir. Na minha experiência pessoal, descobri que os agressores querem ser temidos e levados a sério. Há alguns anos, alguém começou uma campanha de ódio online me chamando de cobra na internet. O fato de tantas pessoas terem entrado na onda me levou a me sentir mais pra baixo do que já me senti em toda a minha vida, mas não posso dizer quanto tive que segurar o riso toda vez que minha cobra inflável de quase 20m de altura, Karyn, aparecia no palco na frente de 60.000 fãs que gritavam. É o equivalente em uma turnê de estádio a responder com um “lol” a um comentário odioso de um troll no Instagram. Seria legal se pudéssemos receber um pedido de desculpas das pessoas que nos fazem mal, mas talvez o máximo que eu vá ter é a satisfação de saber que eu posso, apesar disso, sobreviver e prosperar.

 

28. Estou achando minha voz em termos de política. Eu levei muito tempo para me educar sobre o sistema político e os ramos do governo que estão assinando contas que afetam o nosso dia-a-dia. Vi tantos problemas que colocaram nossos cidadãos mais vulneráveis em risco, e senti que tinha que usar minha voz e tentar ajudar a causar uma mudança. Apenas me aproximando dos 30 anos de idade me senti informada o suficiente para falar sobre isso para meus 114 milhões de seguidores. Evocar racismo e provocar medo através de mensagens veladas não é o que eu quero de nossos líderes, e percebi que é minha responsabilidade usar minha influência contra essa retórica nojenta. Vou fazer mais para ajudar. Temos uma longa corrida no próximo ano.

 

29. Eu aprendi que seu cabelo pode mudar completamente de textura. Desde que nasci eu tive o cabelo mais encaracolado, e agora ele é LISO. É o cabelo liso que eu queria todos os dias na pré-adolescência, mas, logo que estava começando a amar meus cachos, eles me abandonaram. Por favor, rezem por seu retorno seguro.

 

30. Minha mãe sempre me diz que, quando eu era criança, ela nunca teve que me punir por me comportar mal, porque eu iria punir a mim mesma ainda mais. Aos cinco anos de idade, eu me trancava no meu quarto e não conseguia me perdoar. Percebi que faço a mesma coisa agora quando sinto que cometi um erro, seja exílio autoimposto ou me silenciando e me isolando. Percebi que preciso ser capaz de me perdoar por ter feito a escolha errada, confiado na pessoa errada ou figurativamente caindo de cara no chão na frente de todo mundo. Saia na luz do dia e se liberte.

 

Fonte: Elle





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