Acreditem ou não, é cientificamente possível que alguém vá a um show da Speak Now World Tour e se arrependa disso. Sim, também ficamos chocados! Leia abaixo o depoimento de uma mamãe que preferia ter ficado em casa ao levar seus filhos ao show da Taylor Swift:

Uma nota para as mamães: Se você está pensando em levar suas filhas para ver a Taylor Swift, por favor, não faça isso. Se você está pensando que irá ver uma doce canotra e compositora sulista no palco com seu violão, alguns vestidos bonitinhos e tocando músicas simples e sinceras, você não vai.

A mensagem esmagadora do concerto de Swift para o mar de meninas com idades entre 5 e 55 anos foi: ser bonita, ser convencional, ser calma (bem, eu pelo menos não vejo nada de errado em gritar um pouquinho), e definitivamente passar bastante batom.

Quando a minha filha de 10 anos de idade aprendeu a tocar A Place In This World no violão há alguns meses, comecei a sentir alguma afeição por Swift. Música country nunca me atraiu, mas o compromisso de Swift para escrever suas próprias canções e fazer seu próprio caminho no mundo da música foi convincente. E ela ainda manteve alguma dignidade depois de ser publicamente humilhada pelo detestável Kanye West.

Em uma recente viagem a Washington, DC, meu marido e eu compramos os ingressos do concerto de Swift para nós e para as crianças – um menino de 8 anos de idade e duas meninas, com idades entre 10 e 12. Nós pensamos que a cantora seria especialmente inspiradora para nossas filhas que amam sua música tão avidamente.

Nós nos juntamos ao animado público feminino com vestidos H&M de estampa floral e botas de caubói no Verizon DC Center.

A cena era doce até que você notasse os quiosques da CoverGirl (Swift é uma CoverGirl) onde as meninas de todas as idades sentavam-se animadas diante de espelhos para serem maquiadas – provavelmente imitando a maquiagem que Taylor usa.

A mensagem que foi transmitida – você não está realmente bonito até entupir sua carinha de criança com um monte de maquiagem – não foi o que eu tinha imaginado. (Mais tarde eu vi uma garotinha de cinco anos com batom vermelho berrante e choramingando porque o batom tinha saído enquanto ela comia algodão-doce).

OK, pensei, isso é publicidade – não seria culpa de Swift, seria? Na verdade, essas pré-adolescentes cheias de maquiagem por causa da CoverGirl lembram da extravagância da Disney.

Depois de sua abertura com Sparks Fly, que contou com uma enorme quantidade de jogadas de cabelo, Swift ficou parada no palco pelo que pareceram longos e estranhos minutos, apenas ouvindo a gritaria da plateia com os olhos arregalados de espanto fingido. Olhando para os confins da arena onde os fãs pagaram mais de $130 dólares por ingresso, ela olhou para a esquerda. Ela olhou para a direita. Ela sorriu. Ela parou e colocou as mãos em seu coração.

Durante todo o concerto, mesmo durante as melhores músicas – Speak Now e Fifteen – foram acompanhadas por um show muito elaborado e um conjunto implacável de projeções multimídia cheia de imagens ao vivo da Swift no interior de um gigantesco espelho emoldurado. Corações e palavras escritas cheias de voltinhas e floreios brilhavam nas telas. (A imagem projetada na tela mais irônica de todas foi de uma menina segurando um ingresso para um show que custou US$ 10.)

Dançarinos rodopiavam para cima e para baixo de uma escada no meio do conjunto e em torno de Swift de um jeito meio Glee, mas não tão divertido. A música e as letras (que eram para as meninas) foram secundárias em relação a todo aquele brilho e fogos de artifício – literalmente – que vinham do palco.

Para concretizar o tema “princesa”, Swift voou logo acima da multidão em uma varanda flutuante – os olhos aparentemente mirando cada um dos fãs da plateia. Meu marido tinha certeza que ela estava cantando só para ele.

Minha menina de 10 anos, ficou extasiado em sua cadeira, admirando tudo. Como a maioria das meninas (exceto a de 13 anos que estava transando com o namorado na fileira a minha frente), ela cantou em voz alta junto com cada música.

Eu não esperava que Taylor Swift fizesse nenhuma observação feminista radical e cheia de ego, mas eu também não esperava nada tão infantil. Que uma plataforma incrível para Swift dizer algo tão simples como “garotas arrasam!” ou algo ainda mais louco, como “amem a si mesmas!”

Em vez disso, ela terminou cada música olhando de olhos arregalados no meio da multidão e comentando como era “incrível” que tantas pessoas vieram para o show e como “lindos” estavam todos (incrível como ela podia ver as pessoas com todas aquelas luzes na cara).

Os bons momentos foram raros e autênticos com Swift um pouquinho suada, cabelo ligeiramente desgrenhado, dedilhando Mean em um banjo e, posteriormente, tocando Fearless em um ukulele. Isso é o que tinha vindo para ver, mas foi fugaz.

Quando chegamos em casa minha filha mais velha minha filha mais nova estava cansada, mas conseguiu dizer: “Eu adorei.” Meu filho gostou mesmo foi daquela varinha de luz que vendem na entrada.

Espero que os pais mais exigentes do que nós pensassem duas vezes antes de comprar ingressos para ver Swift. Melhor ter que explicar aos seus filhos sobre a sexualidade explícita de alguém como Lady Gaga com sua música Born this Way do que ter que desfazer a mensagem de impotência feminina – especialmente de uma artista que é tão fervorosamente idolatrada por meninas. Se você já tiver comprado os ingressos, talvez você possa preparar seu filho antes.

Spear Now Tour? Está mais para Speak Softly and smile a lot (“fale devagar e sorria bastante”).

Só espero que minha mãe não leia essa bobagem…

via Huffington Post
Tradução: Equipe TSBR





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