Taylor Swift acabou de fazer sua estreia como diretora no novo clipe da quarta faixa do Lover, “The Man”. O vídeo também é estrelado por Swift caracterizada como um homem- e, como os créditos finais do video se esforçam para nos lembrar, o vídeo e a música que o acompanha são de propriedade da Taylor Swift também. Isso é adequado para esta fase da carreira de Swift, que a viu enfaticamente se apropriando de sua voz, sua imagem e sua música, literal e figurativamente. Em um nível literal, Swift garantiu a propriedade dos masters de todas as suas novas músicas a partir de 2018, quando ela trocou de gravadora. Seus antigos masters, anteriores ao Lover, pertencem agora a seu inimigo Scooter Braun, mas Swift deixou claro no ano passado que ela não planeja deixar as coisas assim. Ela regravará todas as músicas antigas para que ela seja a dona novamente.

Em nível mais metafórico, Swift passou os últimos dois anos começando a falar sobre os assuntos em que tradicionalmente ficava quieta. Durante a maior parte de sua carreira, Swift se recusou a falar sobre política, mas durante o meio de 2018, ela quebrou o silêncio para apoiar dois candidatos democratas no Tennessee.

No documentário da Netflix, lançado recentemente, Miss Americana, Swift descreve esse apoio como o clímax de sua longa luta para se apropriar de sua voz. Na maior parte de sua vida, diz Swift, ela se concentrou intensamente em fazer as pessoas gostarem dela e em fazê-las pensar nela como boa. “Eu me tornei a pessoa que todo mundo queria que eu fosse”, diz ela à câmera. Portanto, ela evitou discutir política sempre que possível, porque seus agentes lhe disseram que ela deveria ficar quieta, para que ela não enfrentasse o destino das Dixie Chicks.

Mas em 2018, Swift estava começando a pensar que tinha o dever de usar suas redes sociais para apoiar políticos democratas. Muitos de seus fãs também pensaram assim: ela enfrentou uma reação intensa por nunca ter apoiado Hillary Clinton durante as eleições de 2016. (Swift disse no ano passado que, em 2016, ela se sentia tão impopular que seria um risco para Clinton).

Em Miss Americana, Swift luta amargamente com seu pai e sua equipe enquanto decide que finalmente começará a falar sobre política. Pode ser perigoso, diz o pai. Ela poderá ter uma fama ruim, avisa sua publicitária. “Foda-se”, responde Swift.

O momento vai para quando Swift finalmente começa a parar de tentar agradar as pessoas. Ela está decidindo falar sobre os assuntos que são importantes para ela e fazer o que ela diz.

Swift é uma de nossas grandes contadoras de histórias do pop, e o vídeo de “The Man” é o clímax dessa mini-narrativa que ela constrói desde o final da era Reputation, em 2018. Ela sempre escreveu suas músicas, sozinha ou em colaborações e ela sempre estrelou seus próprios vídeos. Agora ela também está dirigindo-os – e tudo isso pertence a ela.

Matéria publicada pela Vox e traduzida pela Equipe TSBR.





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