Popdust fez uma lista das melhores e piores coisas de 2012 e é claro que Taylor Swift não ficou de fora. Ela foi eleita a Artista do Ano na segunda-feira passada e eles fizeram uma entrevista com ela, que você confere completamente traduzida aqui:

“Eu amo viver uma vida que eu consigo escrever sobre”: Conversando com Taylor Swift, a Artista do Ano.

Taylor Swift vendeu muitos álbuns em 2012, as únicas pessoas que não compraram um provavelmente se chamam Jake e John. O seu quarto CD, Red, é mais um sucesso, vendendo 1.2 milhões de cópias na primeira semana, ultrapassando qualquer outra venda na primeira semana de 2012 (Babel, do Mumford & Sons, ficou distantemente em segundo, com 600.000 cópias). Mas Red é longe de ser um álbum seguro para Swift. Ela esticou seu som co-escrevendo com a máfia dos hits, os suecos Max Martin e Shellback, fazendo duetos com os folks românticos britânicos Ed Sheeran e Gary Lightbody, do Snow Patrol e abordando temas adultos com a mesma precisão que ela anteriormente cantava sobre paixonites do ensino médio. Não deixe os vestidos esbranquiçados e as postagens no Instagram sobre gatos lhe enganarem. Aos 22 anos, Swift claramente não é inocente: Ela está no comando de sua carreira em um nível que poucos artistas tem coragem de estar, e ela é uma compositora excepcional que ainda não atingiu o ponto máximo em sua arte. Nós falamos por telefone com Swift quando ela estava em Los Angeles para uma aparição de TV e uma gravação de vídeo.

Como a Artista do Ano pela Popdust, como você categorizaria seu 2012?
Meu ano foi mais como um processo de dois anos, na verdade, resultando em uma agradável e surpreendente recepção para Red.

Por que surpreendente?
Eu tinha vários medos que as pessoas não iam gostar de mim saindo da minha zona de conforto e permitindo que todas as minhas influências musicais aparecessem. Eu me diverti tanto fazendo esse álbum, mas eu penso com frequência que quando as coisas são muito divertidas, como elas podem acabar bem?

Você normalmente pensa desse modo? Se as coisas vão indo bem deve haver outra coisa a se esperar?
Eu sempre sinto como se deve ter outra coisa a se esperar, que o teto deve estar prestes a desabar, que o chão vai sair dos meus pés. É por isso que eu sou tão agradecida por bons momentos. Eu estava sentada na mesa da cozinha falando com a minha mãe ontem e eu falei “Eu estou tão contente agora. Como eu posso estar tão contente?”. Eu aprendi a valorizar esses momentos onde minha vida está balançada, quando tudo que eu lancei musicalmente foi completamente entendido por meus fãs.

Deve ser ótimo poder falar com a sua mãe dessa maneira.
Ah sim, minha mãe e eu temos uma relação muito, muito próxima. Ela é a razão principal para eu ter encontrado o meu centro emocional. Porque eu lido com um monte de ansiedade -não de um jeito insano, mas eu tenho dúvidas e inseguranças sobre tudo. Eu tento ser o mais autoconsciente possível, o que acaba fazendo-me questionar as coisas. Então, para voltar à sua pergunta inicial, eu acho que o jeito que eu descreveria meu ano é que todos os meus sonhos e esperanças sobre esse CD se concretizaram, para minha surpresa.

Você se descreveria como uma pessoa ansiosa?
Eu não diria isso, não, mas eu assisti a vida e carreira de tantas pessoas e eu li tantas histórias e biografias que me fizeram nunca querer cometer aquele erro crucial que começa a te levar para baixo. Eu sempre quero ser autoconsciente sobre onde eu estou na vida, quero trabalhar duro e fazer a coisa certa. E às vezes quando você está tentando fazer todas essas coisas, isso acaba te deixando meio nervosa. Mas eu também adoro me divertir e sair com meus amigos. Eu amo viver uma vida sobre a qual eu possa escrever. Você precisa ter mágica na sua vida se você vai escrever sobre ela.

Você mostra um enorme controle sob sua carreira para alguém tão jovem. Você decide as coisas facilmente ou você se preocupa com elas?
Eu sou decidida com coisas importantes: sobre minha carreira, meu álbum, sobre qual single vai ser o próximo, qual vai ser a capa do CD, onde nós vamos fazer tours, coisas assim. Eu não sou decidida sobre onde comer o meu jantar hoje ou o que pedir. Eu sempre deixo meus amigos escolherem para onde vamos, porque hoje eu já decidi onde eu vou estar nos próximos dois anos da minha vida.

O que Red diz sobre o que você é agora? Que dicas ele dá sobre a pessoa que você se tornou?
Esse álbum é muito ousado e arriscado para mim, especialmente sonoramente.  Ele diz que eu estou muito mais aberta para arriscar nesse ponto da minha vida. Tudo só para viver, para aprender o máximo que eu conseguir e dar uma chance a algo que eu sei que é perigoso.

Isso também é verdade na sua vida pessoal, assim como na profissional?
Absolutamente. Aos 22 anos, eu só estou tentando viver uma vida mágica, e parte disso é a animação. Vinte e dois é uma idade que as pessoas dizem “Vá e cometa seus erros! Viva sua vida! Você é jovem!”. Eu sei que eu não posso viver completamente desse jeito porque tudo que eu faço é documentado e especulado, mas eu ainda quero que minha vida seja espontânea. Eu não quero ter uma vida planejada, eu quero alguma incerteza. Isso é emocionante e amedrontador para mim, e eu gosto de viver nessa posição.

Se sua vida fosse base para uma comédia romântica, teria uma cena onde a cantora famosa sai escondida dos manipuladores e vive aventuras que ela não deveria estar vivenciando, para provar que ela ainda pode fazer esse tipo de coisa. Você sente a necessidade de fazer isso?
A coisa engraçada sobre a minha vida é que eu não tenho babás. Tipo, se eu quisesse ir para uma boate hoje à noite e sair todas as noites até o resto do mês, ninguém me diria para não fazer isso.

Então faça!
Mas eu não tenho vontade!

Você parece ser uma pessoa quase irritantemente bem criada e bem fundamentada.
Eu acho que porque eu assinei com uma gravadora independente (Big Machine) e pude fazer todas as minhas decisões criativas -escrever com quem eu quisesse, escolher as músicas que acabassem no CD, escolher os singles, escolher o que vestir, a que eventos comparecer, onde performar, o que performar e como performar, quando se é dado tanta liberdade não há muito com o que se rebelar contra.

Essa é uma razão interessante. Mas você deve sair com vários jovens musicistas  e atores que tem uma vida profissional completamente diferente da sua, onde cada movimento que eles fazem é planejado para eles. Eles, às vezes, pedem conselhos sobre carreira?
Bom, minhas amigas que estão na indústria, quando nós saímos nós não falamos sobre esse tipo de coisa. Nós apenas conversamos sobre coisas de relacionamentos e nossas vidas. É engraçado, porque eu não faço ideia que filmes minhas amigas estão trabalhando em agora. Eu só sei que quando elas saem do trabalho, elas vem pra cá e nós jantamos e falamos sobre, você sabe, o que fizemos no último final de semana.

Como você acha que você mudou e se desenvolveu como cantora?
Ouvir meus CDs antigos é interessante é para mim. Até mesmo assistir entrevistas antigas é esquisito, porque eu venho lançando álbuns desde que tenho 16 anos. Minha voz ao falar é diferente aos 16 até os 18 até os 20 até os 22 anos. E minha voz ao cantar é muito diferente. Eu acho que de estar em turnês ano após ano faz você desenvolver músculos que você não tinha antes, desenvolver uma confiança que você não tinha antes. Ainda é um esforço para mim não ficar nervosa em premiações. Todos lidam com isso de um certo modo. Mas com o tempo você fica mais e mais confiante como uma artista.

Quando você diz que sua voz ao falar mudou, você perdeu seu sotaque?
Eu acho que eu falo como meus amigos falam. Quando eu me mudei para Nashville eu andava com todas essas pessoas com sotaques do sul, e eu falava “y’all” e coisas assim. E agora, eu não sei, eu viajei pelo mundo e desenvolvi meu próprio jeito de falar.

Tem algum verso em Red que você está especialmente orgulhosa?
O verso que eu estou mais orgulhosa é da canção “All Too Well”: “And you call me up again just to break me like a promise/so casually cruel in the name of being honest” (E você me liga novamente só para me quebrar como uma promessa, tão casualmente cruel em nome de ser honesto). Isso foi algo que eu criei enquanto eu discursava durante uma passagem de som. Eu estava só tocando estes acordes de novo e de novo no palco e minha banda se juntou à mim e eu comecei a discursar retoricamente. Estas foram alguma dos versos que eu pensei.

Sobre quem você estava discursando?
Hmm. Eu estava passando por um momento muito difícil naquela época, e minha banda se juntou-se à mim para tocar, e uma das primeiras coisas que eu criei tipo, rapidamente, foi “And you call me up again just to break me like a promise, so casually cruel in the name of being honest“.

Esse é um verso duro.
[Risos] É bem… aguçado.

Como escrever com outras pessoas se compara à escrever sozinha? Escrever com outros é uma experiência muito íntima?
Todo co-escritor é um caso diferente, mas eles sempre começam a mesma coisa. Eu crio uma ideia musical e eu toco para eles no violão. Mas antes disso, eu lhes falo, por uns 20 minutos, exatamente porque eu quero escrever isso e o que eu estou passando e porque esse cara fez isso e como me fez sentir e quando eu conheci ele e como eu não falo com ele em 13 dias e porque eu sinto isso e aquilo [Risos]. Daí eu toco a ideia para eles e digo “Vocês querem trabalhar nisso?”. Se eles dizem sim nós escrevemos a canção.

Então você tem que se expor um pouco.
Eu gosto de fazer isso. Se eu vou escrever com alguém eu quero que eles saibam que eu confio neles, que eu confio neles a sabedoria do que eu estou passando para que eles possam entrar na minha cabeça e me ajudar a converter meus pensamentos na maneira mais honesta possível. Se eu vou escrever com você, você vai saber os “dentros” e “foras” de como eu venho me sentindo recentemente.

Algumas perguntas relacionadas à 2012: Você votou na eleição presidencial desse ano?
Sim, mas eu tive que assinar uma cédula absentista porque eu estava em Londres.

Você não precisa dizer em que você votou, mas por alguma chance seu nome rima com Shmarack Shmobama?
Eu não falo de política. Tipo, regra rigorosa, eu não falo, porque eu não acho que é a minha posição fazer isso.

Você aprendeu alguma coisa com o resultado das eleições?
Desculpe, eu não falo de política. Política e religião. É tipo como estar em uma festa com jantar. Eu acho que aos 22 anos eu não devo estar proclamando o que eu penso sobre política. Eu sou uma cantora, e eu acho que é o que as pessoas querem que eu continue fazendo. Quando eu for mais velha, sábia e tiver lido mais coisas, talvez eu expresse minhas opiniões políticas.

Você já viu o seriado de TV Nashville?
Só vi o primeiro episódio (Piloto).

Por que apenas um episódio?
Eu tenho andado ocupada!

Justo. Você acompanhou algum outro seriado esse ano?
Bom, as maratonas de Law & Order: SVU estão sempre passando. É nisso que eu encontro meu consolo.

Eles são uma presença constante em nossas vidas.
Olivia Benson está sempre disposta quando você precisa dela.

Último livro que você leu?
Último livro que eu li… o último livro que eu li foi Girls Like Us [O best-seller de Sheila Weller, a biografia de Carole King, Carly Simon e Joni Mitchell; Têm rumores que Swift pode interpretar Mitchell na adaptação para o cinema].

Você leu 50 Tons de Cinza?
[Risos] Não, não li.

Quais foram suas músicas favoritas de 2012?
“Lego House”, do Ed Sheeran, e, hmm, “Anything Could Happen”, da Ellie Goulding.

Ambas são bem melancólicas, para dias de chuvas de britânicos…
Sim, eu gosto desse tipo, com certeza.  Deixe eu pensar, o que mais… Eu estou pensando nas minhas playlists agora, na verdade. Ooh! Madness, do Muse. Essa música é tão boa.

Você cresceu em uma moradia bem estável e financeiramente segura. Quando você conhece artistas que tem passados bem diferentes dos seus -mais difíceis, mais perturbados-, você alguma vez pensa: “Wow, essas pessoas tem um material tão diferente para trabalhar do que eu”?
Eu nunca olhei para minha vida e pensei: “Eu queria poder escrever sob circunstâncias diferentes”. Se eu quero ser um personagem, eu faço algo como minha música para a trilha sonora de Jogos Vorazes. Quando o pessoal de Jogos Vorazes falaram para mim “Queremos que você escreva sob a perspectiva da Katniss”, foi muito louco ler o livro, entrar na pele da Katniss e ter diferentes medos e esperanças na minha frente.

Você gostaria de fazer mais dessa coisa de dramatização na sua composição?
Têm infinitas possibilidades de onde eu posso tirar a narrativa para o que eu faço. Eu ainda não comecei a conceituar como o próximo álbum vai ser, mas eu sempre tenho ideias que ficam soltas. Acho que eu vou tentar cada uma delas até eu achar algo que sirva.

Fonte: Popdust.com
Tradução e Adaptação: Lívia Corrêa – Equipe TSBR





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