Tem várias coisas que precisam ser notadas no novo álbum de Taylor Swift, “Lover”, que na maior parte parece ser um teaser sem fim de 18 músicas de vários formatos do pop.

Vulnerabilidade é uma virtude rara para as celebridades do pop, que vem ajudando a corrida de Swift pelos 5 álbuns consecutivos com vendas de mais de 1 milhão de álbuns. Os vislumbres da humanidade apareciam com pouca frequência em seu álbum de 2017, “Reputation”, que favoreceu sua habilidade em vez de sua intimidade.

Mas como uma miragem, surge a penúltima música do novo álbum. Com tambores, sinos e um coral ao fundo que lembra um sonho de infância, “It’s Nice to Have a Friend” oferece um toque de doçura e consolo no álbum onde as músicas extra e as melhores batalham pela supremacia.

Outra notícia semi-surpreendente: Taylor se tornou política, ou algo tipo isso. Embora relutante no passado em falar nas suas músicas sobre assuntos mais controversos ou que geravam consequências que seu desentendimento com Kanye e Kim, Swift deu um giro, embora obliquamente, na música “Miss Americana & The Heartbeak Prince”. A música encontra a cantora retornando ao território familiar – os corredores repletos de fofocas do ensino médio-, mas desta vez dando uma reviravolta. Os apertos de mão entre os meninos malvados se tornam sinistros. “Onde estão os homens sábios?” Ela pergunta embaixo de um piano escuro e coberto de nuvens.

O problema começa quando Taylor transforma sua indignação em uma queixa pessoa. Em “The Man”, ela fala sobre discriminação de gênero, através do contexto de sua carreira. “Imaginando se eu conseguiria chegar lá mais rápido se fosse um homem,” ela indaga de dentro de uma bolha de uma celebridade que tem recebido muitas críticas negativas. Celebridades do Pop lamentam o quão difícil é ser quem são, que suas aparências nunca são boas o suficiente, e a petulância de Taylor – sua maior desvantagem em “Reputation” – ressurge em uma combinação de “I Forgot That You Existed” e seus resmungos ás críticas da imprensa nas suas redes sociais, através de “You Need to Calm Down”.

Por outro lado, o álbum é cheio de homenagens ao seu parceiro romântico (Swift está em uma relação com o ator britânico Joe Alwyn há 3 anos). Outro trabalhos: o groove pulsante de St. Vincent em “Cruel Summer”, a romântica “Lover”, a sensualidade transmitida pela “The Archer”. E alguns outros: os clichês turísticos de “London Boy”, a pomposidade de “Me!,” as rimas de “Death by a Thousand Cuts.”

Não é surpresa que esse é o álbum mais longo e abrangente da história da carreira de Taylor. Ela tem certas coisas a provar depois de alguns desentendimentos com sua antiga gravadora Big Machine Records, e após assinar com uma das maiores, a Universal Music Group.

Não é de admirar que muitas das músicas soem como se fossem estratégias de marketing elaborada por uma equipe de produtores de primeira linha, incluindo Jack Antonoff. Quando você é a pop star dominante no mundo, como Taylor é, você não está nos negócios para se arriscar. Até mesmo aqueles indiferentes aos encantos de Swift, desde que ela surgiu como uma adolescente hitmaker em 2006, provavelmente tem conhecimento que ela tem talento para escrever, e há vários exemplos disso em “Lover”.

Os sucessos provavelmente continuarão chegando, mas Swift em sua melhor forma também está envolvida em algo mais: uma transparência emocional que está em “It’s Nice to Have a Friend”.Também está na oração pela mãe doente em “Soon You’ll Get Better”, com harmonias de Dixie Chicks gloriosamente discretas. Essas músicas podem não estar destinadas a se tornarem grandes singles, mas são cruciais para entender a conexão que Taylor construiu com seus fãs mais fervorosos.

Fonte: Chicago Tribune





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