13 de agosto de 20 Autor: Maria Eloisa
A estética cinematográfica de “folklore”

Taylor Swift ama transformar uma estética em uma história, e isso está muito claro na divulgação de folklore, seu primeiro álbum do tipo assombrado, que contou com uma roupa de tricô e choro no meio de árvores. Taylor realmente se esforçou no merchandise e no photoshoot do álbum e no primeiro videoclipe também, que mostram Taylor fazendo todos os tipos de atividades fantasmagóricas na floresta, entre elas: sentada sozinha em um grande campo de trigo, vestindo um casaco da Babadook, arrumando o cabelo como uma boneca antiga, perdendo-se sozinha em uma floresta, fugindo freneticamente de alguém com uma câmera, pisando de forma desajeitada nas pedras e se afogando. Ao postar essas fotos diferentes antes de lançar o álbum, Taylor estava brilhantemente nos alertando de que folklore seria cru, sombrio e inexplicavelmente aterrorizante, diferente do colorido Lover e da energia polêmica e de tons claros do Reputation.

A divulgação de folklore também revela outra coisa sobre Taylor: como todos nós, ela tem assistido a muita coisa no Criterion Channel durante a quarentena, junto com algum filme de terror A24. Cada parte visual do folklore é, de alguma forma, uma homenagem intencional ou acidental a vários filmes cult e de outros gêneros, todos extremamente deprimentes e / ou assustadores. Até nas letras do álbum há referências e paralelos com filmes (“Acho que já vi esse filme antes / e não gostei do final”; “Vou no cinema de domingo na matinê / Sabe, os melhores filmes de todos os tempos nunca foram feitos”), bem como semelhanças com o gênero do terror (uma música chamada“ seven ”; “ Eu venho querendo te dizer/ acho que sua casa é assombrada”; “ Por cavar a cova em outro momento ” ; “Pegue suas bonecas e um suéter”). O que estou tentando dizer é que o folklore é a colaboração que todos queríamos de Ari Aster / Robert Eggers / Ingmar Bergman / Jane Campion / Sofia Coppola, um estranho filme de terror indie em preto e branco sobre uma mulher presa em um estúdio de gravação com Jack Antonoff, apenas com camisolas e cogumelos para sobreviver. Em homenagem a esse novo evento cinematográfico, fiz comparações de filmes com as fotos do folklore, provavelmente bastante similares com o moodboard que Taylor tem em sua assustadora mansão na praia, coberta de linhas vermelhas, tachinhas e fotos de Liv Ulmann gritando.

Sonata de outono (Autumn Sonata), dirigido por Ingmar Bergman

Picnic na Montanha Misteriosa (Picnic at Hanging Rock), dirigido por Peter Weir

A infância de Ivan (Ivan’s Childhood) e O Espelho (The Mirror) dirigidos por Andrei Tarkovsky

As Virgens Suicidas (The Virgin Suicides) dirigido por Sofia Coppola

Midsommar – O Mal Não Espera a Noite, dirigido por Ari Aster

Persona- Quando Duas Mulheres Pecam (Persona), dirigido por Ingmar Bergman

As Pequenas Margaridas (Daisies), dirigido por Věra Chytilová

A Bruxa (The Witch), dirigido por Robert Eggers

O Piano (The Piano), dirigido por Jane Campion

Monika e o Desejo (Summer With Monika), dirigido por Ingmar Bergman

Woodshock, dirigido por Laura e Kate Mulleavy

Martha Marcy May Marlene, dirigido por Sean Durkin

O Labirinto do Fauno (Pan’s Labyrinth), dirigido por Guillermo del Toro

Thelma, dirigido por Joachim Trier

Os Oito Odiados (The Hateful Eight), dirigido por Quentin Tarantino

O Babadook (The Babadook), dirigido por Jennifer Kent

A Bruxa de Blair ( The Blair Witch Project), dirigido por Eduardo Sánchez e Daniel Myrick

FernGully, dirigido por Bill Kroyer

Anticristo (Antichrist), dirigido por Lars von Trier

Amargo Pesadelo (Deliverance), dirigido por John Boorman

As Namoradas do Papai (It Takes Two), dirigido por Andy Tennant

Matéria publicada pela Vulture e traduzida pela Equipe TSBR.





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