30 de setembro de 19 Autor: Maria Eloisa
9 Momentos de Taylor Swift que não couberam na matéria de capa

Taylor Swift teve muito o que dizer na nossa mais recente entrevista, traçando sua eventual jornada até o ‘Lover’, suas opiniões políticas e mais outros tópicos na nossa entrevista longa e reveladora. Havia ainda mais na conversa sobre cafeína, em que Swift passou quatro horas dormindo após atender fãs na frente da casa de seus pais em Nashville. Aqui estão alguns destaques:

Sobre lançar “The Archer” depois de “ME!” e “You Need To Calm Down”

Esse é o tipo de mundo em que grande parte do álbum vive. É estranho, porque no pop, eu amo hooks, bops e melodias que ficam na cabeça. E eu também adoro escrever músicas que você precisa chorar para fazê-las. Eu gosto bastante de “You Need To Calm Down” e o drama em “damn, it’s 7 a.m.”, e então a próxima música é sobre como eu me sinto sobre mim mesma nos meus momentos mais baixos… Foi inesperado quando as pessoas gostaram de “The Archer”, aparentemente em unanimidade, eu fiquei meio, Que? Isso não é o que acontece comigo. É estranho e como se fosse outra realidade.

Sobre o lugar de ‘Lover’ no seu catálogo

“Reputation” foi muito fora do que eu geralmente faço e ‘Lover’ é como se eu voltasse aos pilares fundamentais que eu costumo usar para construir minha casa. É honesto; não sou eu interpretando um personagem. É apenas como eu me sinto. E tem muitos reconhecimentos pessoais nele. E também, eu adoro uma metáfora, adoro construir metáforas durante o tempo. Sabe, todo o ‘Reputation’ foi apenas uma metáfora, mas mesmo assim é um álbum muito pessoal. Então foi bem divertido.

Sobre escrever a faixa-título de ‘Lover’

Eu estava sentada no piano no meu loft e eu tinha o refrão. Meio que aconteceu imediatamente. Foi uma daquelas músicas que eu escrevi muito, muito, muito rápido. Eu estava trabalhando no ritmo do primeiro verso e meio que tudo se juntou. Mas demorou um pouco para escrever a ponte porque eu queria subir o nível nela. Para mim, essa seria menos uma ponte retórica e mais uma ponte do tipo fábula da história. Às vezes, gosto de imaginar a ponte como uma espécie de fábula de canção de ninar de contos de fadas, expandindo uma música que não era tão detalhada até aquele momento. “Can I go where you go / Can we always be this close forever and ever” é menos detalhado do que quando você vai à ponte e percebe que, oh, ficou bem pessoal. Expande tudo.

Sobre escrever “Paper Rings”

Nós estávamos à toa e queríamos algo bem, bem divertido. E eu tinha todos esses versos sobre essas memórias engraçadas de como algo pode começar rápido e te surpreender. Como na parte “I hate accidents, except when we went from friends to this.” Então eu queria mostrar a peculiaridade de um relacionamento e como isso é tipo, uau, realmente se encaixa e é muito interessante, engraçado, divertido, fofo. E agora é algo que nós dois gostamos e aconteceu exatamente do jeito que aconteceu.

Sobre sua explosão criativa por volta de 2016

Eu estava constantemente escrevendo. E muito das coisas que eu escrevi acabaram indo para o ‘Reputation’. Depois do 1989, eu não escrevi nada. Depois que eu fiz o 1989 e o lancei, fiz toda a divulgação, saí em turnê… Aconteceu o Grammys, que é uma onda inacreditável de animação, seguido de mim pensando, “Meu Deus, o que eu vou fazer a seguir?” Eu não tinha ideia do que fazer a seguir porque eu estava muito satisfeita. Eu ainda continuo muito orgulhosa do 1989. Mas eu estava tipo, para onde nós vamos a partir daqui? Não faço a mínima ideia do que fazer agora – o que é uma dicotomia estranha de sentir tipo, “uau, isso tudo é estranho, confuso, escuro, dramático, mas não posso parar de escrever.”

Acho que eu acabaria fazendo o ‘Reputation’ mesmo se eu acabasse nem lançando ele ou qualquer outro álbum de novo. O álbum foi um processo real de catarse e eu achei que já tivesse feito isso antes, mas descobri que nunca fiz até esse álbum, pois eu estava criando um estranho mecanismo de defesa. E eu nunca tinha feito isso desse jeito antes. A única coisa que eu fiz que chegou perto disso tudo foi “Blank Space”, que eu escrevi especificamente sobre as críticas que eu sofria sobre supostamente ter namorado muitas pessoas nos meus 20 anos. Eu peguei esse modelo de, OK, é isso que vocês estão falando de mim. Me deixe interpretar isso por um segundo.

Sobre a Reputation Tour

É um álbum divertido. Estou orgulhosa de como foi todo o processo, porque eu nunca tive um álbum que fizesse mais sentido para as pessoas depois que elas viessem ao show. As pessoas literalmente ficariam “eu vim para o show e agora amo completamente o álbum. Agora eu entendo o álbum.” Considerando que antes do 1989, eu sentia que eram músicas boas de escutar, mas difíceis de retratá-las ao vivo, porque quando você vê ao vivo, você fica tipo: “Ah, eu adoro essa música e agora está sendo cantada ao vivo”. Mas teve músicas que nunca ganharam vida ao vivo.

Com o ‘Reputation’, eu queria manter minha cabeça baixa, sem dizer nada, mas trabalhar mais do que nunca. Foi realmente motivacional para mim, ter apenas a stadium tour para preparar e provar para mim mesma. Minha carreira estava num lugar estranho, mas ainda tinha vontade em mim para trabalhar mais, praticar mais, pensar em conceitos melhores e maiores para o show ao vivo. Estava pensando, se alguma coisa pode me tirar dessa desilusão estranha que eu tinha naquela época sobre a maneira como as coisas aconteceram na minha carreira, sabia que seria tocando ao vivo. Se eu pudesse me orgulhar do show ao vivo e sentir essa conexão com os fãs, isso me lembraria o motivo pelo qual eu amo isso.

Sobre os desafios da coreografia

Memorizar coreografia é bem difícil para mim. Dançarinos usam a técnica de contagem, mas eu não consigo dessa forma. Eu preciso atribuir o movimento para uma letra exata da música. Tudo no meu cérebro precisa ser atribuído a uma letra. Porque eu tenho que aprender coreografia de um jeito que reverta para composição. Meu pensamento é: eu tenho que ensaiar tantas, tantas vezes por tanto tempo que eu possa fazer a coreografia sem pensar nisso. Porque quando eu penso em coreografia, meu rosto entrega. Você pode ver nos meus olhos. Tem medo ali e, tipo, a morte nos meus olhos se eu estou tentando lembrar da coreografia.

Sobre estar menos envolvida nas batalhas em charts

Agora eu estou um pouco mais tranquila sobre coisas assim. Obviamente, você quer se sair bem e fazer coisas que as pessoas gostem e que elas não tirem sarro de você por isso. Muita da pressão que eu sinto em minha carreira, é pelo fato de me compararem a tudo que eu já fiz antes ou aos novos artistas. Não posso mais morar nessa panela de pressão. Eu realmente, realmente não entendo mais como funcionam os charts. Meu amigo Ed [Sheeran] é um maluco dos charts. Ele é obcecado com o modo como funciona e com a matemática utilizada. Eu nem sei mais como é a matemática que usam, antigamente era mais fácil. Eu nem sei como as pessoas consideram uma grande semana de vendas porque venderam camisetas, ou os ingressos com seus álbuns. É muito confuso. Mas fiquei muito feliz com o videoclipe de “ME!” atingindo aquela marca de visualizações no YouTube. Fiquei tipo, bom, isso é algo para se escrever.

Sobre a longevidade das músicas

Eu acho que geralmente leva muito tempo para as pessoas entenderem como se sentem em relação à música. E eu sei disso agora, pois há uma música do ‘RED’ chamada “All Too Well”, da qual eu me sinto muito orgulhosa e, demorou três anos para as pessoas perceberem que ela era uma das melhores músicas. E eu só vi isso acontecer quando as pessoas foram falar da minha música dois ou três anos depois do lançamento do álbum. Então, é bem reconfortante na música – e eu sei que as pessoas consomem a uma velocidade maluca hoje em dia – que as coisas se acalmem após um longo período de tempo. Minha música se atribui, talvez, a um momento na vida de alguém; é assim que meus fãs costumam descrever. Então quando você lida com a recuperação de uma memória, se uma das minhas músicas está incluída nela, eles vãos, vivem a vida deles e essas memórias se tornam distantes do passado e mais nostálgicas para eles, e a música se torna mais importante.

Matéria publicada pela Rolling Stone e traduzida pela equipe TSBR.





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